A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA COMO FATOR VARIÁVEL AOS NEGÓCIOS
Por: Daniel1997M • 30/9/2018 • Trabalho acadêmico • 6.212 Palavras (25 Páginas) • 168 Visualizações
Centro De Ensino Superior De Vale Do Paraíba - CESVALE
Curso: Ciências Contábeis
Disciplina: ECONÔMIA
Prof. Marcílio
Alunos: Roseany Barros Nascimento
Francisco Daniel Marques de Abreu Lira
Kelciane Pinho Sousa
Fernanda Raquel Carvalho Oliveira
Maria de Deus de Carvalho Costa
Sidalia de Oliveira Carvalho
Lígia Maria Gonçalves Oliveira
Rhavenna Silva de Sousa
Luis Eduardo Ramalho e Silva Ribeiro
Vanda Ribeiro
A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA COMO FATOR VARIÁVEL AOS NEGÓCIOS.
Teresina-PI, 2017
A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA COMO FATOR VARIÁVEL AOS NEGÓCIOS.
TRABALHO APRESENTADO AO CESVALE COMO REQUISITO PARA OBTENÇÃO DE NOTA NA DISCIPLINA DE ECONÕMIA.
Teresina –PI
2017
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
Dentro da literatura econômica, a discussão sobre a distribuição de renda tem sido um tema básico. Na teoria Marxista, a distribuição da renda nunca deixou de ser tema central, tema esse retratado em sua obra “Doutrina da Miséria Crescente”. A escola de pensamento neoclássico relegou a um segundo plano a discussão sobre a distribuição de renda no começo do século XX. Esse tema volta a ganhar importância após a grande depressão iniciada em 1929 e o surgimento da teoria Keynesiana na corrente neoclássica. Segundo Hoffmann (2001), a explicação da desigualdade da distribuição da renda, para os países latinos americanos, encontra inicialmente explicação na sua formação econômico-social, decorrente de sua origem como antigas colônias de Portugal e Espanha. Nesse sentido, um dos aspectos fundamentais foi a elevada concentração da posse da terra, especialmente quando a economia desses países tinha como núcleo a produção e exportação de produtos primários. No caso do Brasil, Furtado (1967) destaca a extrema concentração da renda na economia açucareira colonial. Ainda segundo Furtado (1968), ao discutir a elevada desigualdade da distribuição da renda no país, mostra-se como a tendência estrutural para a concentração da renda favorece o subemprego de fatores característico das economias subdesenvolvidas. Também, segundo esse mesmo autor, a concentração da renda causa uma grande diversificação das formas de consumo de grupos privilegiados. Recentemente, ao analisar a distribuição de rendimento domiciliar per capita de 1977 a 1999, Barros, Henriques e Mendonça (2000) mostram uma estabilização da desigualdade de renda no Brasil. Quando se consideram as características da desigualdade de renda no Brasil, são acrescidos às explicações tradicionais elementos que procuram contemplar as especificidades da desigualdade de renda no país. Dessa forma, a partir dos primeiros estudos empíricos nas décadas de 60 e 70 até recentemente, quando a temática sobre distribuição de renda e pobreza retornou com grande espaço na agenda de pesquisa, as evidências apontam que essas explicações precisam ser levadas em conta, para se poder auferir os fatores determinantes da desigualdade de renda no Brasil (DINIZ e ARRAES, 2010).
FATORES DETERMINANTES DA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
Dentre os vários fatores explicativos da desigualdade, Diniz e Arraes (2010) destacam que muitos estudos empíricos têm evidenciado os seguintes pontos: a influência do mercado de trabalho, através de algumas de suas características como discriminação e segmentação; a influência do comércio externo atuando indiretamente sobre o mercado de trabalho, concernente a remuneração da mão-de-obra qualificada relativa a mão-de-obra nãoqualificada; o efeito da educação, especialmente quanto a sua distribuição desigual a diferentes níveis de renda e divisão espacial; a existência de imperfeições no mercado de fatores e sua remuneração, particularmente o mercado de crédito (para financiamento do capital), que traz em si problemas de incentivo e moral hazard. Diante desses fatores apontados, algumas variáveis podem ser importantes para a explicação distribuição da riqueza. Com relação aos aspectos associados ao mercado de trabalho, uma medida pode ser a taxa de desemprego. Dedecca et al. (2004) aponta que o declínio do indicador de concentração de renda no Brasil nos últimos anos esteve associado a uma queda dos níveis de renda conjugada com um aumento do desemprego. Os autores destacam que existem evidências claras que as condições desfavoráveis de funcionamento do mercado de trabalho brasileiro nos anos 90, determinadas pelo baixo desempenho econômico do país durante o período, provocaram, após a queda da inflação e estabilidade relativa dos preços, um movimento positivo da desigualdade associado a uma deterioração dos níveis de rendimentos, a qual foi mais acentuada para as famílias, em razão do desemprego. No que se refere ao comércio externo, uma variável a ser considerada é a Balança Comercial. Elevados índices da Balança Comercial são indícios de maior geração de riqueza no país. Para a remuneração da mão-de-obra, uma variável representativa é o salário mínimo. O crescimento econômico, ainda que não seja condição suficiente, é condição necessária para viabilizar uma política efetiva de distribuição de renda. E, ao reverso, a efetivação de uma política consistente de aumento do valor real do salário mínimo é um importante indutor do crescimento econômico sustentado, na medida em que amplia o mercado interno e garante um processo mais efetivo de estabilidade econômica. Sendo assim, uma das maneiras de se obter melhor distribuição de renda é a incorporação ao salário mínimo de aumentos superiores ao incremento da produtividade da economia. Isto porque aumentos de salários na mesma proporção do aumento da produtividade mantêm a distribuição de renda do período anterior (DIEESE, 2005). Variáveis econômicas, como o PIB (Produto Interno Bruto), que se refere a uma medida de riqueza, e a taxa de juros também podem contribuir na explicação da concentração da riqueza de um país. A inflação também é uma variável importante quando se analisa a concentração de renda. Em seu estudo sobre o e feito da inflação na distribuição de renda, Sabaddini (2010) pode notar a existência de um efeito positivo da inflação sobre o índice de Gini. Os resultados do estudo mostram que inflações altas têm impactos negativos e não desprezíveis sobre a distribuição de renda. Quanto aos aspectos ligados à educação, tempo de estudo e analfabetismo são variáveis relevantes.
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