A História da Contabilidade
Por: Aroni Santana • 22/3/2022 • Monografia • 2.740 Palavras (11 Páginas) • 103 Visualizações
História da contabilidade
Introdução
A contabilidade sempre se fez presente na vida do homem, através dela podemos controlar e analisar, dentre outras de suas funções as operações contábeis que são realizadas em uma entidade, ou até mesmo no nosso cotidiano. Através da analise é possível fazer um planejamento das futuras decisões a serem tomadas, minimizando assim possíveis riscos que possam causar prejuízos. A contabilidade tem evoluído junto com o homem desde os tempos primitivos, tendo uma grande evolução no período da renascensa, com o surgimento de varias escolas do pensamento contábil, até chegarmos
Esse trabalho é baseado na pesquisa bibliográfica e tem por objetivo abordar assuntos que fazem parte da contabilidade, desde a teoria da contabilidade, historia, órgãos regulamentadores da contabilidade no Brasil e exterior, escolas, e as normas internacionais de contabilidade
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A contabilidade acompanha o homem desde os tempos primitivos, segundo os autores do livro Teoria da Contabilidade, Claudio Ulysses Ferreira Coelho e Luiz dos Santos Lins, esses autores relatam em sua obra que estudos aqueológicos apontam que em que já existiam formas de controle contábil por volta de 4000a.c, foram encontradas na suméria placas de argila com escriturações que eram utilizadas para controlar os rebanhos de ovelha. Tendo a necessidade de conviver em sociedade o homem primitivo passou a constituir grupos, com o objetivo de produzir alimentos para sua subsistência e suprir suas necessidades, estes grupos eram chamados de tribos, muitas vezes produziam alimentos em excesso, e alguns desses alimentos o tinham que ser consumido rapidamente para não estragar, diante desse problema essas tribos passaram fazer trocas entre si, promovendo assim á forma mais antiga de comércio, uma operação contábil.
Com o passar dos anos essas, as trocas eram cada vez mais comum, e a moeda foi criada para facilitar a realização e o controle dessas operações, com a descoberta do caminho das índias o comercio aumentou entre países distantes e o que antes era comercializado apenas para subsistência passou a ser comercializado com uma visão de lucro, com a utilização dos números e o desenvolvimento dos cálculos os controles contábeis foram impulsionados, assim como as atividades bancárias.
Os comerciantes passaram a entregar os valores das negociações aos banqueiros, que em troca recebiam um tipo de recibo com a quantia entregue, na maioria das vezes esses valores não eram retirados dos bancos, apenas transferiam os recibos de mão em mão, percebendo essa situação os banqueiros começaram a emprestar esses valores a terceiros em troca de juros, só que começaram a emitir recibos mais do que a quantia que havia no banco, e esses recibos passaram a não oferecer mais garantias e não eram mais aceitos, por conta dessa situação o estado mais tarde começara a se responsabilizar criando regras e controle que era feito por um único banco, o banco central de cada país, o primeiro a ser fundado foi na Inglaterra em 1694.
Durante o período da renascensa que teve inicio na Itália, período que marca o fim da idade média, a contabilidade começa a assumir caráter cientifico, o comércio havia se expandido e começou surgir organizações empresariais mais estruturadas, iniciando então um período para a contabilidade de mais estudo, formulação de conceito, teses e teorias, despertando interesse de novos usuários. Um desses usuários foi o governo, vendo que através da contabilidade conseguia obter informações da geração de riquezas, começou a criar mecanismo de tributação.
Mas o fato que marca a contabilidade nesse período, foi a publicação de um livro, escrito pelo teólogo Luca Bartolomeo pacioli em 1494, onde ele apresenta didaticamente um método de controle contábil, o método das partilhas dobradas, onde ele escreve que para cada débito exista um crédito ou mais de mesmo valor, e que não existe débito sem crédito, sistema usado atualmente. Porém não foi Pacioli que criou esse método, ele apenas estudou como os comerciantes da época usavam para ter controle de seus negócios, e colocou na forma didática.
No período da revolução industrial marcado pela substituição das ferramentas manuais por máquinas, a contabilidade ficou mais complexa, os profissionais da época passaram a se preocupar como mensurar e classificar o que era produzido, pois comercio já estava bem sedimentado, e já havia uma inúmera quantidade de produtos e o mercado estava cada vez mais competitivo, as empresas passaram a se preocupar com os custos que teriam para fabricação dos produtos, a manutenção das máquinas, tendo inicio da contabilidade de custos.
Foi no continente europeu que surgiram os principais eventos da contabilidade, porém no sec. Xx a Europa foi perdendo hegemonia para os estados unidos, vários fatores contribuíram para essa perda de hegemonia, os europeus estavam mais preocupados em apresentar a contabilidade como ciência, e acabaram deixando de lado as necessidades informativas dos usuários, e por ser um pais recém descoberto, com alto potencial de crescimento, os estados unidos acabaram por dominar os procedimentos contábeis, por volta de 1930 as empresas industriais americanas já haviam desenvolvido todos os procedimentos contábeis de sistemas gerenciais usados atualmente, os investidores buscavam cada vez vais oportunidades de ganho.
No Brasil o desenvolvimento da contabilidade teve inicio a partir da vinda dos portugueses, conhecimentos contábeis trazidos por eles da Itália, os portugueses usavam tais procedimentos para controlar a entrada e saída de produtos de sua principal colônia e por conseqüência o Brasil acabara herdando esses procedimentos de controle e os conhecimentos contábeis.
Escolas de pensamento contábil
Os autores Claudio Ulysses Ferreira Coelho e Luiz dos Santos Lins relatam também em sua obra o surgimento de varias escolas do pensamento contábil após a publicação do livro de Luca Pacioli, houve então uma disseminação dos conhecimentos pensadores, estudiosos e pesquisadores conhecidos como escolas, estabeleciam conceitos e teses que eram ensinados aos novos estudantes de contabilidade, mas não havia muito consenso, em diversas questões o que causava divergência de opiniões entre essas escolas.
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