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A História Da Riqueza Do Homem

Por:   •  30/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.676 Palavras (11 Páginas)  •  376 Visualizações

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A História da Riqueza do Homem

   O livro “a história da riqueza do homem”, tem o objetivo explicar a teoria econômica pela historia, e a história pela teoria econômica, explicando os assuntos abordados de forma didática, geralmente com exemplos de textos da época acompanhados da análise do autor. 
O livro começa na época do feudalismo, segundo LEO HUBERMAN, os filmes que descrevem esse período da história mostram os cavaleiros e damas em seus castelos, sempre com comida farta, mas não mostram como são feitas ou quem produz todas essas coisas. Com isso, ele inicia sua análise da época descrevendo como eram estruturadas as sociedades feudais: sacerdotes, guerreiros e trabalhadores. Sendo os trabalhadores responsáveis por produzir para as outras classes. Na sociedade feudal os senhores arrendavam suas terras para esse trabalhadores, que ficavam responsáveis por além de cultivar suas terras, trabalhar nas terras do senhor que eram prioridade, além disso, eram responsáveis pela construção de pontes, etc. Uma terra na época dos feudos era totalmente fatiada, um servo tinha um pedaço de terra de um senhor,que arrendou de um outro e assim por diante formando uma enorme cadeia. É destacado também o papel da igreja nesse período. A igreja era a instituição mais forte e a maior proprietária de terra, conseguindo suas terras através de doações feitas na esperança de um lugar no céu, ou dos onerosos dízimos. Um dos motivos para o padre não se casar era justamente o medo de perder suas terras para possíveis herdeiros de seus funcionários.
O capital nesse período era estático. Hoje é pouco comum ver pessoas guardando seu dinheiro de baixo do colchão. Todos querem movimenta-lo procurando um meio lucrativo para investir. Mas naquela época, poucos tinham capital suficiente para empregar em algum investimento e os que tinham não encontravam muito emprego para seu dinheiro. O comércio ainda não estava muito presente na sociedade feudal, cada feudo era autossuficiente. Produziam tudo que lhes eram necessários comida, móveis, etc. A única transação feita nesse período era de troca de mercadorias, sem a presença do capital. O comércio praticado era de tão baixo nível que não era incentivado a produção de grandes excedentes, além da falta de infraestrutura e logística que acabaram deixando o comercio nesse período pouco intenso e sempre local. Quem dará novo ímpeto ao comércio são as cruzadas. Apesar de seu discurso religioso, as cruzadas tinham outros interesses como a busca por novas terras. As cidades comerciais italianas enxergavam nas cruzadasoportunidades comercias. Por esse motivo é que a terceira cruzada teve como objetivo a conquista de vantagens comerciais para as cidades italianas. Começam a surgir na europa as grandes feiras, muito maiores que os mercadinhos que existiam antes das cruzadas as feiras vendiam produtos no atacado vindos de toda a europa. É importante frisar também que essas feiras não eram importantes somente para o comércio, mas também ajudou a desenvolver o sistema financeiro. No ultimo dia da feira eram realizados os negócios em dinheiro, surgindo assim a profissão do banqueiro.
Uma das consequências do desenvolvimento do comércio foi o desenvolvimento das cidades. As pessoas das cidades respiravam um ar de liberdade, diferente dos servos dos feudos até então. Os comerciantes aprenderam a se unir, lutar contra as injustiças praticadas pelos senhores e por sua liberdade. Desde o inicio do período feudal até este momento, a terra era a medida de riqueza de um homem. Com a expansão do comércio surgiu um novo tipo de riqueza, a riqueza em dinheiro. Antes desse momento, também, os sacerdotes, os guerreiros e os proprietários de terra viviam as custas do trabalho executado pelos servos, mas agora surge um novo grupo, a classe média, que vive de um modo diferente, da compra e da venda.
Nos dias atuais é normal pegarmos dinheiro emprestado para fazer negócios e pagarmos juros. Mas, naquela época, cobrar juros é considerado crime. A igreja dizia que emprestar ajuros era usura, pois antigamente o comércio não era tão desenvolvido e não havia grandes possibilidades para investir, portanto se alguém pegava empréstimo, geralmente, era para porque necessitava dele para viver, não para investir. Hoje os empréstimos são feitos de forma impessoal, por instituições financeiras, separando bem a vida normal e a profissional. O discurso da igreja, porém, era bastante hipócrita, já que era comum ver bispos e reis, que combatiam essa prática, serem os primeiros a fazer empréstimos a juros. Emprestar dinheiro tornou-se cada vez mais necessário a medida que crescia a classe média e se desenvolvia o comercio. A igreja foi cedendo aos poucos, abrindo exceções, até que aos poucos foi desaparecendo a doutrina da usura.
O desenvolvimento das cidades e do comércio, o surgimento de uma economia monetária, deram ao camponês a oportunidade de melhorar sua condição de vida. Essa ascensão social era praticamente impossível numa sociedade feudal. Houve nesse momento uma certa separação entre a população que morava nas cidades, dedicadas ao comércio, e os camponeses que eram os responsáveis pelos alimentos. Os camponeses começaram a abrir os olhos paraserem mais produtivos, além disso buscaram ampliar o número de terras cultivadas. Os excedentes até então pouco valorizados e, geralmente, tomados pelos senhores, agora os camponeses tinham muitos incentivos para produzir o máximo possível. Os camponeses tiveram, enfim,consciência do tamanho do seu poder e buscaram maior espaço na sociedade. A terra passou a ser vendida, comprada e trocada como qualquer outra mercadoria, isso representou uma marco para o fim do antigo mundo feudal.
O desenvolvimento das cidades e o uso do dinheiro deram aos artesãos a oportunidade de deixar a agricultura e viver do seu ofício. Então, se dirigiram a cidade com a finalidade de criar uma loja e vender seu trabalho. Para expandir contratavam então alguns auxiliares: ajudantes ou jornaleiros. Os aprendizes viviam ou trabalhavam com o artesão para aprenderem a trabalhar quando concluíam seu aprendizado, que poderia durar 1 ano ou se estender até 12 anos, eles podiam abrir sua própria loja ou, se não pudesse abrir uma, poderiam se tornar jornaleiro e continuar trabalhando para o mestre. Nesta época, não era grande o capital necessário para se abrir um negócio próprio. A unidade industrial comum na idade média era composta de um mestre e seus ajudantes. O artesão produzia e também era o responsável pelas vendas. As corporações tinham regulamentos que mantinham um espírito de fraternidade e não de concorrência entre seus membros. Para cálculo do preço era usado apenas o custo real do objeto produzido, buscando sempre o “justo preço”. Esse termo era utilizado para as transações da época já que, em uma relação comercial, nenhum dos dois, comprador e vendedor, esperavam tirar vantagem maior um do outro. Apenas praticavam o queconsideravam justo. Havia muita repressão pelo que era de fora, os estrangeiros enfrentavam muitas barreiras na hora de comercializar. Vale lembrar que ainda não havia ainda um sentimento nacionalista, portanto, um mercador da cidade ao lado também era considerado estrangeiro.
Para libertar a cidade dos senhores feudais todos se uniram, mas as classes superiores foram as que colheram os frutos. As classes mais baixas começaram a perceber que apenas trocaram de governantes. Antes estavam nas mãos de senhores feudais e agora dominados pelos burgueses mais ricos. Depois desse período, as corporações perderam força e as cidades livres enfraqueceram. Passaram a serem controladas por um duque, príncipe ou rei mais forte, e que estivesse unificando um estado nacional. Essas regiões que até este momento estavam desorganizadas vão passar a fazer parte de uma nação.
A autoridade central não retomou seu poder máximo numa escala gradual. A transição foi lenta e irregular, com idas e vindas, levando séculos para concretizar-se plenamente. Para isso houveram várias razões, sociais políticas, religiosas e econômicas. A monarquia era completamente dependente, financeiramente, da burguesia. A burguesia, então, esperava sempre obter mais e mais vantagens. O surgimento do nacionalismo, a ideia de que o homem deveria servir a nação se espalhou e criou choques da monarquia até com a igreja.
Os reis, para enriquecer, usavam de um artificio dedesvalorização da moeda, isso era muito prejudicial principalmente para as pessoas que recebiam renda fixa. A inflação estava descontrolada. Nesta mesma época intensificaram-se as navegações e como consequência disso o comércio. As viagens apresentavam lucros espetaculares e os banqueiros ganharam muito dinheiro financiando estas expedições.
Na europa dos séculos xvi e xvii havia uma enorme população de mendigos. Esse número tinha como causa principalmente o elevado número de guerras. Inglaterra, holanda e frança faziam fortunas com o comércio, mas a espanha havia achado um modo mais simples de aumentar sua soma de dinheiro. Na américa do norte e do sul havia minas de prata e ouro a serem exploradas. A enorme quantidade de metais preciosos entrando na espanha fez os preços dispararem. Os maiores beneficiados foram os mercadores, pois mesmo tendo aumentado os seus custos poderiam vender ainda mais caros os seus produtos. Os trabalhadores que recebiam por renda fixa foram prejudicados, juntamente com os governos que tinham, cada vez mais dificuldade para equilibrar suas contas. Para os arrendatários conseguirem estabilizar sua renda diante do aumento geral dos preços eles acabaram por fechar suas terras e aumentar os preços dos arrendamentos. Foi nesse período que teve inicio os cercamentos.
O que deu origem a indústria capitalista nos moldes atuais foi a expansão de mercado. As corporações se tornaram obsoletas, pois podiam suprir apenas ummercado local e estável e não um mercado que ultrapassou as barreiras da cidade e foi para um alcance nacional. Antes de serem extintas, as corporações sofreram modificações afim de acompanhar a evolução do mercado. A produção de uma mercadoria, que antes era de responsabilidade de uma só pessoa em todas as fazes do processo, passou a ser dividida. Surgiram também os intermediários. Eles eram os responsáveis por fazer a mercadoria chegar ao consumidor, mesmo que estivesse a vários quilômetros de distância. Os intermediários tinham, geralmente, o interesse em lutar contra o velho monopólio das corporações, com isso trabalhavam dentro das corporações, aparentemente aceitando-as, mas na verdade procurava sempre enfraquece-las. As corporações resistiram ao seu fim, porém em vão. No sistema de corporações o capitalista tinha um pequeno papel, mas com o sistema de produção doméstica surgido com a economia nacional, o capital passou a ter papel importante.
Começa, então, a análise em torno da pergunta: o que torna um país rico? As teorias mercantilistas, as leis baixadas foram classificadas por historiadores como um “sistema mercantil”, porém não pode considerar o mercantilismo como um sistema. Era um conjunto de teorias plicadas pelo estado em determinadas situações afim de conseguir maximizar suas riquezas. A espanha foi o pais mais rico e poderoso do século xvi, quando se investigava a razão disto chegava-se a conclusão de que a riquezadeveria ser medida pela quantidade de ouro e prata acumulados. Com isso, foram tomadas medidas como impedir a saídas de metais do país, a busca pela balança comercial favorável, etc. As colônias eram vistas pelos estados apenas como mais uma forma de ganhar dinheiro, mas não queriam competição com elas, por isso frequentemente, impediam os colonos de iniciar qualquer indústria que pudesse de alguma forma prejudicar a metrópole. Os mercantilistas acreditavam que o lucro de um país significava o prejuízo de outro, não consideravam o comércio como algo que pudesse beneficiar a todos, mas sim como uma quantidade fixa que todos buscavam ficar com a maior parte. Era de enorme importância, para eles, que um estado rival perdesse espaço no comércio, isso levou a um expressivo número de guerras. Algumas batalhas foram travadas abertamente como guerras comerciais outras foram disfarçadas com nomes pomposos, mas tinham a mesma finalidade, a busca pelo maior fatia desse comércio internacional.
Crescia o número de pessoas que não concordava com a teoria nem com a prática mercantilista. Os comerciantes queriam uma parte dos enormes lucros das companhias monopolizadoras privilegiadas. Ele queriam um comércio mais livre, com menos regulamentações, taxações, etc. “laissez-faire” que significa algo como “deixe-nos em paz” foi o lema dos fisiocratas franceses. Os fisiocratas formaram a primeira “escola” de economia. Mesmo os economistas de hoje discordem de muitos aspectos da teoria fisiocrata, atribuem-lhe o mérito de mostrar que a riqueza de um país não deve ser estima como uma soma fixa de mercadorias acumuladas, mas sim pela sua renda, não como um estoque, mas como um fluxo. Leo huberman fala um pouco obre smith e suas ideias, explicando, segundo smith, um pouco sobre o comércio livre o aumento na produtividade está diretamente ligado a divisão do trabalho. Maior ou menor divisão do trabalho está atrelada ao tamanho do mercado. E o mercado se amplia ao máximo possível com o comércio livre, portanto, a produtividade está ligada ao comércio livre.
Leo huberman discute um pouco sobre o dinheiro. O dinheiro só se torna capital quando é usado para adquirir mercadorias ou trabalho com a finalidade de vendê-los novamente com lucro. O lucro é conseguido pelo capitalista vendendo o produto por um valor acima do que o trabalhador custa para produzi-lo, essa diferença é chamada de mais-valia. 
No século xix havia muita pobreza espalhada pela inglaterra. Os ricos ficavam cada vez mais ricos e os pobres mais pobres. Os artesãos que ganhavam o suficiente para uma vida normal, agora tendo que competir com as maquinas, se encontravam na miséria. Salário baixo, condições precárias, grandes jornadas de trabalho, trabalho infantil, etc, tudo isso era realidade na inglaterra desse período. O mau tratamento dado aos trabalhadores fez surgir várias revoltas, não somente na inglaterra, mas em todaeuropa. 
Os economistas da época elaboraram uma série de teoria nesse período industrial, algumas delas são citadas por leo huberman. Como a famosa teoria de malthus que dizia que em um certo período de tempo a quantidade de alimentos, que crescia em uma progressão aritimética, não seria suficiente para alimentar a população, que crescia em uma progressão geométrica. É citada também por leo huberman as teorias socialistas de marx e sua importância no contexto da época. Marx se contrapôs de forma veemente contra o capitalismo. Segundo ele o capitalismo se baseia na exploração do trabalho. Marx criou a expressão mais-valia, já citada anteriormente, essa era a fonte de exploração do capitalista para com o trabalhador. Ele defendia, para o calculo do preço, apenas o tempo de trabalho social gasto para produzir determinado produto. Marx foi grande defensor dos sindicatos. Segundo ele os trabalhadores deveriam se organizar, não somente para lutar por melhores salários, menos dias de trabalho, e principalmente, para abolição da propriedade privada. Pois, segundo ele, são dos males da propriedade privada que surgem a exploração do capitalismo, e é contra esse tipo de propriedade a principal luta de marx.
Após uma longa explicação sobre as teorias de marx e suas consequências, o autor da uma definição importante a cerca do capitalismo, segundo ele, no sistema capitalista, as mercadorias não são produzidas para uso próprio, apenaspara troca, obviamente visando o lucro. Na nossa sociedade os investimentos são feitos apenas quando os donos dos meios de produção enxergam o a possibilidade de obter lucro. Nenhum deles faz por honra, patriotismo ou esperando qualquer outro tipo de sentimento. Somente se tiverem oportunidade de ganhar dinheiro.
No fim do livro é contado um pouco da revolução russa e como as ideias de marx influenciaram este processo. Por meio de lenin as ideias de marx formaram a base da economia russa. Foram abolidas as propriedades privadas, apenas 1,5% das indústrias não-socializadas continuavam no território da união soviética, estas permaneciam somente por não serem capitalistas, os produtores nelas apenas trabalhavam para eles mesmos. Procuraram acabar com a distinção de classes. 
O último capitulo trata de comparar a urss e sua experiência socialista com o capitalismo espalhado pelo resto do mundo, passando por diversas situações especificas de vários países.

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