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A História da Contabilidade no Brasil

Por:   •  23/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  874 Palavras (4 Páginas)  •  123 Visualizações

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A rápida mudança do mundo, através do processo de globalização, trouxe novos desafios para a contabilidade em seu contexto geral, fazendo com o que as normas precisassem de atualizações de forma a se estruturarem e atenderem as demandas globais, dando um novo passo para a evolução da contabilidade.

A história da evolução da contabilidade no Brasil se deu desde da época das Caravelas, com o forte crescimento da Europa com a expansão no mercado mercantilista exigindo adequações rápidas para as novas tendências da época, paralelo a isso Dom Joao VI, por estar com tropas francesas invadindo seu território, transferiu a corte portuguesa para o Brasil em 1807 – 1808 trazendo diversas mudanças para o nosso cenário econômico, uma delas foi o uso das partilhas dobradas, criada por Luca Pacioli, em 1494. A Escola Contista, que teve o Luca Pacioli como um dos grandes pensadores, visava as escriturações a partir das partilhas dobradas, tendo forte influência nessa época. Seus seguidores tinham uma ideia básica de funcionamento que era o mecanismo das contas, a preocupação era registrar uma dívida a pagar ou receber que coincidia com a origem dos créditos nas relações comerciais.

Nos meados de 1850 surgi o Código Comercial, importante marco para a evolução da contabilidade, pois com a obrigação da divulgação anual da situação patrimonial das entidades mercantis a atividade contábil ganha destaque inclusive pelo uso de livros e padrões como o registro por ordem cronológica.

Com o passar dos anos e com todas as mudanças acontecendo ao redor do mundo, o Brasil também precisava se atualizar e mudar a forma de pensar, em 1890 agregou-se a Contabilidade na escola de Direito como disciplina, entre 1902 e 1907 surgi a primeira escola de contabilidade, Escola de Comércio Álvares Penteado, que teve seu nome alterado antes desse, e dela saindo grandes pensadores a exemplo do Francisco D’Auria e o Frederico Herrmann.

Logo após a Escola Contista surgi novos pensadores e novas escolas que com o passar dos anos foram atualizadas e influenciaram o Brasil em algum momento entre 1808 até os dias atuais,  destaque para a Escola Administrativa que visava a administração das entidades com o objetivo de juntar diversos conhecimentos econômicos e administrativos não se limitando as escrituração dos fatos contábeis, a Escola Personalista que foi influenciada pela Escola Contista trazendo a ideia de que o administrador era o responsável pelas obrigações e direitos e também devedor dos sócios da empresa, A Escola Veneziana que era focada apenas na administração econômica e seu controle e podemos citar a Escola Patrimonialista que tem o objeto de estudo da contabilidade o patrimônio das entidades, grandes estudiosos acreditam que essa é a escola que tem grande influência até os dias atuais no Brasil , todas essas escolas tiveram seu momento na história da evolução contábil no Brasil a partir do século XIX até o presente momento, onde deixam suas contribuições para a evolução do debate contábil e suas melhorias.

Em 1940 um grande avanço foi dado, nasce o Decreto –lei 2.627 que trazia em seu escopo as características e natureza das Sociedades Anônimas ou Companhias, falava sobre o capital social das S’As ou companhias, Ações, quem eram as partes beneficiarias, constituição das sociedades anônimas dentre outras normas que foram de suma importância para o Brasil naquela época.

Apenas em 1946, em São Paulo, surgi um curso de Ciências Contábeis que teve forte influência na escola Patrimonialista que tem como foco o patrimônio como objetivo da contabilidade que em 1947 ganha força com o Decreto-lei 24.239 que previa a reavaliação de ativos.

Até 1975 o Brasil sofreu forte influência da escola Europeia na contabilidade, porém isso mudou em 1976 com a edição da Lei das S.As a Lei Nº 6.404/76 que teve uma forte influência do pensamento contábil norte-americano.

A falta de segurança nas demonstrações contábeis no Brasil estavam afastando os investidores de outros países, prejudicando a evolução econômica do pais, foram necessárias mudanças para que o Brasil se igualasse ao mundo, daí surgindo as Leis Nº 11.638/07 e Nº 11.941/09 que alteraram partes da Lei Nº 6.404/76 para a nova adequação das normas contábeis brasileiras com as internacionais, criando um sistema uno onde as informações estavam mais transparentes para seus usuários facilitando e aumentando a confiança de novos entrantes no mercado nacional.

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