A VULNERABILIDADE MENTAL DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS AO RECEBER O DIAGNÓSTICO
Por: John Constantine • 22/7/2019 • Projeto de pesquisa • 1.348 Palavras (6 Páginas) • 180 Visualizações
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS DA VIDA – CAMPUS I
CURSO DE ENFERMAGEM
JULIANA ALMEIDA BRITO DE SANTANA
A VULNERABILIDADE MENTAL DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS AO RECEBER O DIAGNÓSTICO
SALVADOR
2019
JULIANA ALMEIDA BRITO DE SANTANA
A VULNERABILIDADE MENTAL DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS AO RECEBER O DIAGNÓSTICO
Trabalho solicitado como requisito parcial de nota na disciplina Metodologia Científica e do Trabalho Científico, ministrada pela professora Sueli Lago, no Curso de enfermagem da Universidade do Estado da Bahia - UNEB.
SALVADOR
2019
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO .............................................................................................. 6
- JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 8
- OBJETIVOS .................................................................................................. 9
3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...........................................................................9
- METODOLOGIA ............................................................................................ 9
5.REFÊRENCIAS .................................................................................................
1. INTRODUÇÃO
De acordo com o ministério da saúde (1996), câncer é denominado a um conjunto de doenças que tem em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo se espalhar para outras partes do corpo. Atualmente, na leitura médica mundial existem mais de 100 tipos de câncer.
O câncer ele pode ser considerado maligno ou benigno, a diferença entre os dois é que o maligno tem a possibilidade de se infiltrar em outros órgãos é são mais agressivos. Já os benignos eles são células que crescem apenas em um local específico do corpo e não possuem a capacidade de promover metástases.
A palavra câncer vem do Karkínos que quer dizer caranguejo é foi utilizada pela primeira vez pelo o Pai da medicina Hipócrates, que viveu entre 460 a 377 a.C.
O câncer ele não pode ser considerado como uma doença nova, pois há registros antigos de seu aparecimento em múmias egípcias, o que comprova que ele já comprometia o ser humano a cerca de 3 mil anos a.C. Já a característica destruidora da doença foi citada pelo médico grego Galeno, o primeiro pesquisador a classificar os rumores de pele em malignos e benignos e a considerar o câncer como um mal. (Silva, 2005; Trincaus,2005).
Enquanto as causas de seu aparecimento os fatores podem ser hereditários ou adquiridos, por exemplo podem estar relacionados ao meio ambiente, a alimentação ou aos hábitos. De todos os casos de câncer, 80% a 90% estão associados a fatores ambientais, alguns deles são bem conhecidos como: o cigarro que pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva do sol pode causar câncer na pele, irradiação e alguns vírus podem causar leucemia. Os hereditários são raros os casos que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos. Geralmente as causas são internas como os hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas.
Não existe um tratamento satisfatório para combate-la, muitas vezes, tornando-se necessária a combinação de mais de um tipo de tratamento para a doença e oferecer uma melhor qualidade de vida ao paciente. No entanto, independentemente do tipo, todas as formas de tratamento deixam marcas no paciente, principalmente pelo fato do estresse emocional, decorrentes de procedimentos terapêuticos, como a radioterapia, quimioterapia, cirurgia ou transplante de medula óssea (Porto, 2004).
Conforme Silva et al., (2008), o câncer desencadeia reações devastadoras tanto no âmbito orgânico como no emocional, provocando sentimentos, desequilíbrios e conflitos internos, além de causar um sofrimento tão intenso capaz de resultar em desorganização psíquica, consequências estas que, de acordo com Penna (apud SILVA& RODRIGUES et al., 2008), vão depender da localização, do estágio da doença e do tratamento.
A notícia da doença pode provocar uma série de expectativas e reações no paciente, uma das manifestações mais comuns são a ansiedade relacionada ao tratamento, pensamentos negativos a respeito da doença, raiva, culpa, ressentimento, sentimentos de vulnerabilidade e dúvidas existências. Além do momento do diagnóstico, ao longo do tratamento, o paciente vivencia perdas e diversos sintomas que, além de acarretar prejuízos ao organismo, coloca-o diante da incerteza em relação ao futuro, aumentando assim sua ansiedade.
Segundo Penna (2004) estas consequências se devem porque a palavra câncer adquiriu uma conotação de doença terrível, sem cura, e que termina em morte sofrida. Entretanto, apesar das doenças oncológicas serem, na maioria crônicas, nem sempre levam a morte devido a tecnologia e tratamentos inovadores.
Uma outra forma de reação ao diagnóstico é o suicídio. Esta vulnerabilidade é demonstrada amplamente na literatura oncológica (Filibertil & Ripamonti, 2002) como, por exemplo, nos estudos de Hem, Loge, Haldorsen e Ekeberg (2004), que indicaram ser o câncer um fator de risco para o suicídio, logo após o diagnóstico. Já para Akechi, Okamura, Yamawaki e Uchitomi (2001), a depressão aliada a outros fatores, tais como o estado civil e o nível de sofrimento físico, estariam relacionados como a ideação suicida neste tipo de enfermidade.
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