A ÉTICA COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO NAS EMPRESAS

A ÉTICA COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO NAS EMPRESAS

1. INTRODUÇÃO

No mercado globalizado composto pela inserção recorrente de novas tecnologias, o consumidor é cada vez mais exigente. A competitividade é assim, mais acirrada entre as empresas. No entanto, muitas empresas passaram a utilizar estratégias consideradas antiéticas para desqualificar seus concorrentes.

 

Em um mundo globalizado no qual a competição resvala muitas vezes para a concorrência desleal e no qual a pressão dos clientes ganha dimensão, adotar um posicionamento eticamente orientado reduz a vulnerabilidade das empresas, assume o papel de diferencial competitivo e serve de nervura para a perpetuidade do negócio (SROUR, 2002, P. 5). 

Cabe salientar, que a conduta antiética praticada por algumas empresas pode incorrer na perda do verdadeiro foco do negócio. Neste âmbito, é preciso estabelecer uma relação de equilíbrio entre lucro, relacionamentos interpessoais e valores.

O estudo aplicado da ética nas empresas proporciona a discussão dos problemas e inconvenientes enfrentados em momentos distintos. A ética, segundo Srour (2002, p. 5), pode até mesmo proporcionar consistência organizacional na tomada de decisão.

 O conhecimento ético tem a virtude de oferecer um quadro de referência para as ações corporativas, porque exige análise de conjunto, mapeia o peso desigual dos “públicos de interesse” e traça cenários consistentes para a tomada de decisão.

Segundo Murgel, Silva e Neves (2006) para a conduta ética tornar-se primordial no ramo dos negócios é preciso, antes de tudo, estar repleta de valores, devido a consciência, a competência e o envolvimento não serem conceitos preestabelecidos, mas, sobretudo, da relação entre pensar, sentir e agir.

Ao apresentar responsabilidade social a empresa motiva seus funcionários, fornecedores e clientes. Nesse cenário, Bertoncello e Júnior (2007) enfatizam que com uma imagem reforçada a empresa ganha maior visibilidade, aceitação e potencialidade. Os clientes passam a ter orgulho do produto produzido por uma empresa dessa natureza, os fornecedores se tornam mais incentivados em trabalhar em parceria com a mesma e o governo faz-se aliado em seus empreendimentos sociais. Por fim, os concorrentes reconhecem o ganho de valor dessa organização.

1. PROBLEMA DE PESQUISA

Atualmente, muitas empresas perdem seus negócios ou deixam de fechar novos contratos por apresentar comportamentos antiéticos, como falta de cuidados com o meio ambiente, utilização de trabalho infantil, contratação de novos funcionários com infração às leis trabalhistas, discriminação de mão de obra por raça, religião ou opção sexual, entre outros. A maioria desses comportamentos reprováveis se dá pela pressão desempenhada aos servidores, onde os principais objetivos são alcance de metas ou desejo de bônus, sempre visando o lucro e vantagem em relação à sua concorrência.

Nesse âmbito, entrou em vigor no mercado uma imposição muito forte dos consumidores e fornecedores, exigindo mais transparência, disciplina e competência por parte das empresas. Sendo assim, muitas corporações têm empregado em sua conduta o código de ética empresarial, o qual irá demonstrar seus princípios, sua visão e sua missão. A partir desse instrumento, é possível avaliar a função da empresa no mercado, como é sua conduta social e suas contribuições para a sociedade e com o governo.

Porém, muitas organizações que implantaram o código de ética nas suas normas não cumprem devidamente o que está descrito, utilizando-se do mesmo apenas como vitrine. A consequência disso serão resultados de prazo muito curto, somente empresas que fazem questão de mostrar algo bem feito conseguem alcançar resultados positivos.