A ética percebida por graduando em Ciencias Contábeis
Por: kezia77 • 27/10/2015 • Resenha • 453 Palavras (2 Páginas) • 245 Visualizações
“A Ética Profissional percebida por graduandos em Contabilidade”, de Graziele Ninbla Scussiato Trentin, Maria José Carvalho de Souza Domingues e Diva Regina Mees Stringari de Castro, FURB, traz um conjunto de ideias auferidas à partir de pesquisa realizada entre os alunos de Ciências Contábeis, na Faculdade Exponencial (FIE), localizada em Santa Catarina. O questionário demandava sobre o tema “Ética Profissional” e seu principal objetivo era captar a compreensão dos graduandos sobre o assunto. Constatou-se que, a maioria dos alunos percebe melhor a importância do decoro e da ética profissional à medida que vai se aproximando do final do curso. O que isso denota? A responsabilidade e o comprometimento que as instituições educacionais precisam ter para com a sociedade, de “construir” bons profissionais em Contabilidade.
Atualmente, o profissional contábil está em voga, não só pelos sucessivos casos de corrupção envolvendo esses profissionais, mas porque são competentes pra auxiliar gestores nas tomadas de decisões resguardando sempre os interesses da empresa e pelo zelo, integridade e sigilo das informações, que é algo inerente da profissão.
O que se espera de um Contador, e o que prevê o código de ética da classe (Resolução CFC nº 803/96), é que respeitem às normas morais e éticas, que ajam com equidade, dignidade, responsabilidade, consciência e vocação e que se mantenham sempre atualizados sobre as leis vigentes e as demais demandas do mercado. Pasmem, embora a maioria dos profissionais considere basilar a atenção e sujeição ao Código de Ética Profissional, uma pequena minoria se sujeitas às suas normas.
O frenesi da competitividade no mercado tem gerado um descompasso ético, e isso é tão preocupante quanto à falta de responsabilidade de levar um gestor a tomar decisões sem uma pré-avaliação dos resultados que aquela decisão poderá gerar. O resultado disso provoca desconfiança em todos os setores, sejam estes públicos (prestação de contas ao governo) ou privados (a sociedade em geral).
Os índices apresentados pela pesquisa, entre os acadêmicos de 1º a 8º semestre de Ciências Contábeis, “qual a sua posição caso o cliente lhe proponha contabilidade criativa?”, revelou que, 91% dos alunos respondeu de acordo com as normas de código de Ética do Profissional Contabilista, o restante, 8%, se arriscou dizendo que agiria de forma fraudulenta.
Uma definição interessante dada por Greick e Vale (2002) preceitua: “o indivíduo capaz de avaliar as suas ações é também capaz de exercer a ética”, portanto, não há escusa para o civilmente capaz. Essa pequena parcela de “burlistas” que se infiltram entre os bons e comprometidos profissionais de contabilidade precisam ser responsabilizados pelos seus atos. Cabe também à faculdade frisar a Ética, não só durante o período da execução da matéria, mas durante todo o curso, pois algo dito repetidas vezes torna-se uma verdade absoluta e incontestável.
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