APS Evolução do pensamento administrativo
Por: lovecatci • 10/11/2015 • Seminário • 1.933 Palavras (8 Páginas) • 547 Visualizações
Os Desafios da Administração
No cenário atual, em que vivemos momentos de números exponenciais, um momento da gestão empresarial em que fórmulas de sucesso do passado não garantem mais o sucesso do presente, e muito menos no futuro, isso não é novidade. As organizações precisam se reciclar, reinventar novos métodos para gerir o seu próprio negócio, o que também não é nenhuma novidade. A questão em foco é a seguinte: Como fazer isso sem parar a empresa?
Às vezes o gestor tem a consciência de que há algo errado, mas não compreende o motivo, percebe os lucros caindo, mas desconhece a razão, identifica perdas de funcionários importantes, mas não as impede, vê claramente a qualidade indo embora, mas não consegue reagir, ele não consegue identificar a fonte dos problemas. Estes são sinais de que o ambiente está mudando, mas os métodos de gestão não conseguem acompanhar esse processo de mudança.
O modelo de administração atual foi lançado por indivíduos como Henry Ford, Daniel MacCallum, e Frederick Taylor, todos nascidos antes do término da Guerra Civil Americana, em 1865. A administração é uma tecnologia madura que precisa hoje, ser reinventada para uma nova era.
Uma questão central é a mudança de comportamento dos donos, diretores, e profissionais que trabalham nessas mesmas empresas. Não cabe mais um modelo de administração muito piramidal, onde todas as decisões são tomadas pela parte mais alta da hierarquia, é importante que o meio da pirâmide hierárquica tenha poderes para decidir, mas também tenham competência para tal. Os líderes superiores precisam formar líderes intermediários, precisam alinhar valores para poder cobrar resultados, precisam valorizar todas as partes da hierarquia da organização.
É importante que vários aspectos sejam analisados para que os métodos de administração possam ser eficazes e eficientes:
• Garantir que a gestão seja um propósito maior. A administração, tanto na teoria como na prática, precisa ter metas nobres, socialmente relevantes: é importante ter orgulho do trabalho.
• Reconstruir as bases filosóficas da administração: eficiência é importante, mas deve-se considerar campos distintos, como a biologia, a antropologia, a tecnologia, a ciência politica e a teologia.
• Valorizar novas ideias sem excluir a experiência: fazendo novos talentos aparecerem.
• Redefinir o papel da liderança: o líder deve ser visto como arquiteto de sistemas sociais, um viabilizador da inovação e da colaboração.
• Explorar a diversidade: é preciso criar um sistema de gestão que preze a diversidade, o desacordo e a divergência tanto quanto a conformidade, o consenso e coesão, entendendo que talentos diferentes fazem uma empresa melhor, culturas distintas juntas agregam mais valor.
• Ampliar o horizonte de tempo e perspectivas de executivos: descobrir alternativas a sistemas de incentivo e remuneração que incentivem o gerente a sacrificar metas de longo prazo em prol de ganhos imediatos. A estabilização no longo prazo deve ser mais importante que o imediatismo.
• Criar uma democracia da informação: é preciso sistemas de informação que equipem funcionários para agirem com o interesse da empresa. A transparência da informação é relevante para a eficácia operacional.
• Explorar mais a imaginação humana.
• Humanizar linguagem e pratica dos negócios: sistemas de gesto do futuro terão de dar mais importância a valores humanos eternos como honra, verdade, amor, beleza, justiça e comunidade quanto dão a metas tradicionais como a eficiência, vantagem, foco e lucro, pois essas metas não conseguem tocar o coração humano.
• Recapacitar mentes gestoras: o foco no treinamento de gerentes sempre foi direcionado a ajudar o líder a desenvolver um artesanal especifico de atividades cognitivas, o uso do lado esquerdo do cérebro, o raciocínio dedutível, a solução analítica de problemas e a engenharia de soluções. Os gestores do amanha precisarão desenvolver novas habilidades, entre elas o aprendizado reflexivo, o raciocínio baseado em sistemas, a resolução criativa de problemas e o raciocínio movido a valores. É necessário reformular programas de administração para ajudar na aplicação desses novos métodos de administração.
Desta forma podemos observar que as empresas possuem um grande desafio pela frente. O fato é que temos que refletir até que ponto estamos nos adaptando ao mundo da gestão dos negócios. Todos os processos de mudanças são complexos, geram inseguranças, trazem duvidas e incertezas, e desta forma é fundamental enxergar as oportunidades que aparecerão nesse novo cenário.
A Escola Comportamental
O surgimento da teoria comportamental
Com o começo da sociedade industrial, ficou em evidencia que o desempenho e a produtividade das empresas dependiam muito do comportamento das pessoas que dela participavam, e não apenas da eficiência de recursos e sistemas técnicos. Com o passar do tempo, o enfoque da Escola Clássica E da Administração Cientifica ganharam grande destaque nas organizações, o que ocorreu da mesma maneira com a Teoria Comportamental, que consolidou seu espaço no mundo corporativo no inicio do século XX. A Teoria Comportamental da administração (ou Teoria Behaviorista) trouxe consigo um novo conceito a ser analisado, esse conceito era a abordagem da ciência do comportamento.
Autores como Chester Barnard, Kurt Lewin e Mary Parker Follet, foram muito importantes para o desenvolvimento da Teoria Comportamental, porem seu inicio é creditado a Herbert Alexander Simon e seus trabalhos sobre o processo decisório e os limites da racionalidade. Mas alguns doutrinadores alegam que as experiências que deram base a Teoria Comportamental surgiram ainda na Teoria das Relações Humanas, com Lewin e Barnard. É importante saber que os estudos do comportamento se encontram no fator humano, levando em consideração também o contexto organizacional e as perspectivas das pessoas que fazem parte deste cenário.
A Teoria Comportamental e a psicologia industrial
Para a Teoria Comportamental, o mais importante é o seu sistema social, ou seja, os indivíduos que integram a organização, assim como as suas necessidades, sentimentos, atitudes e comportamentos. Atualmente o enfoque comportamental se baseia nas características individuais do ser humano e no comportamento coletivo dos indivíduos. A abordagem comportamental apresenta-se como ápice da psicologia organizacional na teoria administrativa
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