Analise Viabilidade Contábil
Por: Gabrielacnt • 19/8/2017 • Trabalho acadêmico • 4.566 Palavras (19 Páginas) • 437 Visualizações
ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO CONECTADO À REDE CONVENCIONAL DE ENERGIA: ESTUDO DE CASO NO CENTRO ADMINISTRATIVO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE PAULO LOPES – SC
ECONOMIC AND FINANCIAL VIABILITY STUDY OF THE IMPLEMENTATION OF A PHOTOVOLTAIC SYSTEM CONNECTED TO THE CONVENTIONAL ENERGY NETWORK: A CASE STUDY IN THE ADMINISTRATIVE CENTER OF THE MUNICIPAL CITY OF PAULO LOPES - SC
Gabriela Ribeiro Rosa
Contadora - Pós Graduanda. E-mail: cntgabi@gmail.com
Faculdade Estácio de Sá – Florianópolis –SC
RESUMO:
- INTRODUÇÃO
A matriz energética no Brasil e no mundo continua na dependência de fontes energéticas primárias não renováveis, principalmente os combustíveis fósseis. Sabendo dos grandes prejuízos causados por esses recursos primários e da escassez de fontes renováveis, o tema tem sido amplamente discutido em reuniões nacionais e internacionais, transformando-se em uma das principais preocupações da sociedade mundial.
O crescimento econômico, demográfico e o desenvolvimento tecnológico resultam no aumento do consumo de energia, necessitando a diversificação das matrizes energéticas globais, pensando em um futuro sustentável. No entanto, o alto custo de implantação dos sistemas fotovoltaicos tem dificultando a participação efetiva dos mesmos na matriz energética do país.
Em alguns países, foram concedidos muitos incentivos à geração de energia elétrica, utilizando a energia solar fotovoltaica do tipo Grid-tie, esse tipo de geração poderia ser mais aproveitado no Brasil, tendo em vista que a incidência solar aqui é maior que nos demais países do mundo.
No Brasil de acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN) da Empresa de Pesquisa Energética – EPE (2016), a geração elétrica a partir de fontes renováveis, tais como a eólica, solar e biomassa, representam aproximadamente 11% da capacidade total instalada. As fontes primárias, como gás natural, usinas hidrelétricas, energia nuclear, termelétrica, derivados de petróleo e carvão mineral representam 89%. (EPE, 2016).
As fontes de energia renováveis são as que apresentam menor índice de produção. De acordo com tal afirmativa, tem-se como objetivo principal, analisar a viabilidade econômico-financeira da implantação de um sistema fotovoltaico no edifício do Centro Administrativo da Prefeitura Municipal de Paulo Lopes/SC.
Além de dimensionar os custos e resultados previstos para o projeto, apresentar e determinar os aspectos econômicos e financeiros e justificar a economicidade na geração de energia solar.
O município atualmente conta com o abastecimento de uma Cooperativa, que compra energia da Central Elétrica de Santa Catarina (CELESC), ou seja, o consumidor final paga mais caro. Diante deste fato surgiu o interesse pela pesquisa, pois, este assunto necessita de uma análise econômica estruturada para o futuro desenvolvimento e implantação deste projeto que tende a oferecer fontes rentáveis aos cofres públicos, além de motivar o surgimento de novas mini geradoras de energia solar.
Devido à relevância do assunto em âmbito social, ambiental e econômico, justifica-se o estudo deste trabalho.
- REFERENCIAL TEORICO
2.2 Energia Solar Fotovoltaica e seus Sistemas
A energia solar é abundante podendo ser utilizada de diversas formas. Dentre elas encontra-se o aproveitamento de energia através do estudo fotovoltaico, que recebe este nome por conta da geração de energia realizada através da conversão direta da radiação solar em eletricidade (SCHERER, 2015).
Segundo dados da EPE (2016), a geração de energia elétrica no Brasil atingiu a produção de 581,5 TWh no ano de 2015, composta da seguinte forma: biomassa (8%); carvão e derivados (4,5%); derivados de petróleo (4,8%); eólica (3,5%); gás natural (12,9%); hidráulica (64%); nuclear (2,4%); solar (0,01%).
Tendo em vista que a radiação do sol por ano na superfície da Terra é suficiente para atender milhares de vezes o consumo anual de energia do mundo, ocorre a redução dos impactos ambientais e ainda favorece os países que sofrem com escassez de fontes primárias para geração de energia.
De acordo com IMHOFF (2007), o sistema fotovoltaico é composto de “células” de material semicondutor que converte a luz solar diretamente em energia elétrica. Dentre os materiais semicondutores utilizados, o silício é o mais empregado.
Os sistemas fotovoltaicos podem ser divididos quanto às suas formas de aplicação, em sistemas isolados (off - grid) ou em sistemas conectados à rede elétrica (On grid ou Grid-tie).
Segundo Villalva e Gazoli (2012), o sistema off-grid (isolados) é independente da rede elétrica convencional, sendo sua utilização muito eficiente em locais carentes de distribuição elétrica.
O Sistema Off-Grid como demonstrado na Figura 1, podem usar bancos de baterias como armazenamento da energia gerada, para que essa seja utilizada nos dias onde não houver incidência do sol ou mesmo no período da noite (MARINI; ROSSI, 2005)
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Figura 1 – Sistema isolado (Off-grid) – Fonte: Neosolar, 2017
Diferente dos sistemas isolados, o On- Grid trabalha em paralelo com a rede distribuidora de energia (rede pública). Esse sistema não precisa de baterias, tornando-se mais viável ao consumidor além de contribuir com a redução dos custos mensais nas faturas de energia, tendo em vista os incentivos propostos pela Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012 (PEREIRA; OLIVEIRA, 2013).
A Figura 2 ilustra o sistema do qual será analisado a viabilidade econômica – financeira nessa pesquisa, tendo em vista que o edifício possui acesso a rede elétrica, pretende-se reduzir parcialmente ou totalmente o consumo mensal (SIQUEIRA, 2013).
[pic 2]
Figura 2 – Sistema conectados à rede (On-grid) – Fonte: Neosolar, 2017
Segundo Siqueira (2013), o sistema On Grid é composto pelos seguintes elementos: painéis fotovoltaicos; inversores; cabos, estruturas de fixação para os painéis e proteções elétricas.
O sistema fotovoltaico pode ser formado por um ou mais painéis, seu dimensionamento depende da energia necessária para a estrutura projetada. São os painéis que geram a eletricidade e os inversores transformam a corrente contínua em corrente alternada ajustando a voltagem e sincronizando o sistema com a rede distribuidora (RUTHER, 2004).
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