Análise do uso real de informações de gerenciamento por executivos da empresa

INTRODUÇÃO

Este trabalho analisa a real utilização das informações gerenciais, pelos gestores da empresa, mostrando a necessidade de se ter um intercâmbio bem estruturado entre o gestor e o contador de forma a possibilitar uma administração eficiente.

A contabilidade gerencial tornou-se uma ferramenta fundamental no processo de gestão das empresas, principalmente no planejamento e controle, gerando informações úteis para diversos tipos de usuários.

São definidas como processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras e não financeiras usadas pela gestão para planejar, avaliar e controlar a organização, assegurando o uso apropriado e responsável de seus recursos. Desta forma, as informações disponibilizadas pela contabilidade gerencial são diversas e tem sido um dos principais instrumentos que auxiliam os gestores no processo decisório.

Para suprir as necessidades de informações dos usuários, se faz necessário a integração da contabilidade com os sistemas de informação. Essa integração traz inúmeros benefícios à área contábil, pois as informações prestadas tornam-se mais transparentes e geram maior velocidade, melhorando sua confiabilidade.

A aplicabilidade das informações gerenciais merece maior atenção, tendo em vista as características peculiares da empresa. Os custos diretos devem ser claramente alocados, e as despesas de vendas, administrativas e comerciais estruturadas por departamento, e não através de rateios utilizando médias ou percentuais pré-estabelecidos. Desta maneira a informação será mais fidedigna a sua realização.

O trabalho de campo consistiu na utilização da coleta de dados primários e secundários, e aplicação de questionários informais feitos entre os gestores das áreas operacionais, administrativos, de vendas e comerciais.

Analisando os dados coletados, ficou constatado que a empresa encontra dificuldades em separar os custos e suas despesas por não possuir um sistema informatizado e estruturado para obter esses tipos de dados e atualmente os seus relatórios de apuração de resultado, são extraídos da contabilidade, que não contempla uma classificação adequada entre custo e despesa.

1. RELATÓRIO DA SITUAÇÃO

1.1 A empresa

A empresa Navi Sistemas de Segurança Limitada ( nome fictício ) foi criada em 1.992, e tem por objeto social a prestação de serviços de segurança e vigilância em estabelecimentos privados e de segurança pessoal.

Atua em âmbito nacional, com foco nos seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, e alguns estados da região Norte, Nordeste e Centro-oeste.

Com uma carteira de 250 clientes distribuídos em todo o território nacional, fatura aproximadamente 100 milhões de reais por ano e possui 1.900 colaboradores distribuídos em todas as regiões do Brasil.

A Navi desenvolve projetos personalizados de sistemas de segurança, adequando a melhor relação custo/benefício para a proteção das empresas.

Os projetos são adequados às necessidades dos clientes, a partir dos resultados apontados pela análise de risco. Para implantar estes projetos com sucesso, a Navi disponibiliza todo o seu conhecimento em segurança aliado ao que há de mais moderno em tecnologia na área de segurança patrimonial e pessoal.

As soluções envolvem serviços de vigilância, escolta pessoal, sistemas eletrônicos e uma série de itens, unindo recursos humanos e tecnologia em projetos integrados. Dessa maneira, é possível otimizar os recursos de segurança para todos os tipos e porte de empresas e organizações. Sua missão é ser uma empresa flexível, criativa e ágil, posicionada entre as três melhores empresas do setor de segurança patrimonial e pessoal.

Tem como valores a transparência nos negócios, pontualidade, investimento em alta tecnologia, treinamento continuo, produtividade e alta qualidade.

Na divulgação de informações, utiliza elevados padrões de transparência, buscando estabelecer um clima de confiança, tanto internamente, quando nas relações com terceiros.

O gráfico abaixo mostra a participação do faturamento de cada região:

Gráfico 1 – Distribuição do faturamento por região.

Fonte: Dados da organização

1.2 O problema

O faturamento da empresa sofre constantes reduções, devido à pressão que o mercado tem feito para redução dos preços, alegando estagnação na economia.

Observando esta constante redução de preços, à empresa necessita de um grande numero de informações para tomar a decisão mais coerente possível, não correndo o risco de reduzir seus preços sem conhecer ao menos seu ponto de equilíbrio. As decisões não devem ser tomadas com base no sentimento, ou na maioria das vezes por improvisação.

A contabilidade gerencial não é obrigatória, por este motivo as empresas nem sempre a utiliza, mas é de fundamental importância para que o empresário consiga atingir seus objetivos. A competição está cada vez mais acirrada, exigindo preços baixos das empresas, que precisam estar preparadas para esse novo desafio.

O objetivo da contabilidade gerencial é facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e auxiliar o empresário na tomada de decisões, corrigindo as falhas da empresa, proporcionando um melhor gerenciamento.

A organização precisa implantar um controle gerencial de seus custos tendo em vista a constante solicitação na redução de seus preços, com o intuito de conhecer melhor os resultados e apresentar melhoria em suas margens operacionais.

Dentre essas medidas, destaca-se a reestruturação de toda atividade principal da empresa, em especial a implantação de um sistema de alocação de recursos, que reorganizará os controles das operações e apresentará ganhos sustentados nas atividades, através de melhoria no dimensionamento e otimização do quadro de pessoal, dimensionamento de férias, redução do absenteísmo, além de melhoria nos processos de compra, racionalização dos insumos e outras medidas de caráter operacional.

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