As Rotinas Fiscais Na Contabilidade
Por: Alcindo Júnior • 30/3/2020 • Trabalho acadêmico • 1.026 Palavras (5 Páginas) • 179 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
O analista fiscal irá atuar dentro da empresa (fiscal interno/misto) ou em um escritório contábil que é contratado por diversas empresas, que são suas clientes (fiscal terceirizado).
Em qualquer desses dois locais, a atuação do analista fiscal envolve processos que chamamos de rotinas fiscais.
Conforme a estrutura da empresa ou do escritório contábil onde o analista atuará, poderão ser incluídos ou excluídos determinados processos.
Abordaremos as principais rotinas fiscais, divididas em três etapas:
• Pré Escrituração
• Escrituração
• Pós Escrituração
2. PRÉ ESCRITURAÇÃO
A pré escrituração em duas sub-etapas:
• Parametrização
• Mapeamento
2.1. Parametrização
A parametrização consiste na análise de como a empresa ou cliente se constitui; no acompanhamento das suas obrigações; e no monitoramento do cadastro do ERP (sistema de gestão empresarial) e do sistema contábil utilizados.
2.1.1. Regime Tributário
O regime tributário da empresa, interfere diretamente sobre a forma de emitir e escriturar os documentos fiscais, de apurar e recolher tributos, de elaborar e enviar as declarações exigidas pelo fisco.
Uma empresa poderá estar enquadrada em um dos seguintes regimes tributários:
Lucro Real
Lucro Presumido
Lucro Arbitrado
Simples Nacional
Cabe ao analista fiscal antes da escrituração verificar o regime de tributação da empresa.
Os Regimes Tributários são estudados detalhadamente no Módulo Tributário.
2.1.2. Documento Fiscal
O documento fiscal, deve ser emitido pela empresa para acobertar a operação realizada ou prestação de serviço executada ou contratada por esta.
A legislação estabelece diversos modelos de documentos fiscais, entre estes os documentos fiscais eletrônicos (DFe), que são exigidos da empresa conforme a atividade desta ou tipo de operação que esta realiza, exemplos:
NF/CEE – modelo 6: Concessionárias de Energia Elétrica
NFST – modelo 22: Empresas de Telecomunicações
NFe – modelo 55: Indústrias e Atacadistas e Operação Interestadual
CTe – modelo 57 e MDFe – modelo 58: Transportadoras de Cargas
CFe – Modelo 59 ou NFCe – Modelo 65: Varejistas (em operação Interna destinada a Não Contribuinte)
Cabe ao analista fiscal verificar qual ou quais os documentos fiscais são exigidos da empresa/cliente.
2.1.3. Agenda de Obrigações
O acompanhamento da agenda de obrigações fiscais deve ser constante e rigoroso.
Nesta agenda de obrigações constam os prazos para o recolhimento dos tributos e de envio de declarações exigidas pelo fisco.
Cabe ao analista fiscal o acompanhamento da agenda de obrigações fiscais.
www.contabeis.com.br/agenda
2.1.4. Cadastros no Sistema
Costumamos chamar de “sistema” o ERP utilizado na empresa (sistema interno), e sendo está cliente de um escritório, também o sistema contábil do escritório contábil (sistema terceirizado).
O cadastro correto da empresa no sistema interno e se for o caso do terceirizado é essencial para escrituração.
No cadastro do sistema será necessário informa o regime tributário no qual a empresa está enquadrada, e demais dados da empresa como:
CNAE(s)
Dados dos sócios
Forma de Apuração e Alíquotas dos tributos
Operações fiscais
CFOPs e CSTs
Produtos e NCMs
Clientes e Fornecedores
Certificado Digital
Cabe ao analista fiscal verificar manter o cadastro do sistema em ordem e atualizado.
cnae@ibge.gov.br
2.2. Mapeamento
O mapeamento dos processos fiscais é outra sub-etapa da Pré Escrituração, é fundamental que a empresa mapeie os processos que geram informações para área fiscal, pois alguns desses processos são executados por colaboradores leigos na área fiscal.
O mapeamento destes processos tem a finalidade de padronizar, aprimorar ou corrigir, a fim de que as informações cheguem com o mínimo de qualidade possível.
Os principais departamentos que devem ser mapeados são:
Vendas/Faturamento (ex. Emissão de NFes)
Compras (Cadastros)/ Almoxarifado (Consumo e Ativo)
Fiscal Interno (no caso de área fiscal compartilhada com o escritório contábil)
Como especialista na área, o analista fiscal deve executar esse mapeamento.
3. ESCRITURAÇÃO
A escrituração fiscal é a principal etapa pois nesta estão as rotinas que devem ser executadas apenas por especialistas na área fiscal.
Esta etapa se divide em quatro sub-etapas:
• Documentação
• Registros e Apurações
• Conferências
• Guias
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