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Atividade Individual Matriz de Tarefa

Por:   •  4/10/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.452 Palavras (6 Páginas)  •  115 Visualizações

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Atividade individual

Matriz de tarefa

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Aluno:

Turma:

Tarefa:

Introdução

A Alpargatas é uma grande empresa brasileira do setor calçadista na América Latina, detentora de algumas marcas renomadas como Havaianas, Dupé, Osklen, Topper da Argentina, SeteLéguas e Megashop, e é autorizada pela Mizuno no Brasil.

A empresa oferece produtos inovadores, com tecnologias e designs diferenciados, e é competitiva na construção e gestão de marcas globais, estabelecendo uma relação de admiração e confiança com os consumidores. Atualmente, a Alpargatas possui fábricas no Brasil e na Argentina, com 698 lojas ao redor do mundo, e seus produtos são comercializados em mais de 100 países.

Em 2015, a Alpargatas, controlada nesse período pela construtora Camargo Correa, anunciou, sua venda para a JBS (por intermédio da J&F Investimentos). Com a compra da empresa pela JBS, esperava-se que, dada a história da JBS no exterior, a empresa pudesse acelerar seu processo de internacionalização.

No entanto, devido a uma curta administração da empresa (2015 a 2017), não houve o impacto esperado, justamente pela falta de tempo para ajustes estruturais a empresa. Antes mesmo da venda do controle, a empresa iniciou esforços para migrar para um novo mercado (maior nível de governança corporativa) a uma taxa de conversão de 1,3 ações com direito a voto (ON) em ação preferencial de dividendos (PN).

O motivo da troca foi visto como prejudicial pelos acionistas minoritários, gerando briga com a CVM e outros membros.  Diante desse cenário, o controlador retirou o pedido de migração e vendeu o controle. Por fim, em meados de 2017, a Itaúsa anunciou a aquisição da Alpargatas por cerca de R $ 11,80 por ação, em uma aquisição rápida e, para muitos, desvalorizada por se acreditar que o valor da própria empresa era superior ao valor. pago.

Análise

  1. Gestão de Lucro

O objetivo principal de uma empresa é a geração de lucro, logo é primordial analisar se o investimento gera um retorno ao longo do tempo. Um dos indicadores utilizado é o ROE (Returno n Equility ou retorno sobre o patrimônio Líquido), tal indicador apresenta o retorno percentual dos recursos investidos. A Figura (1) apresenta a evolução do ROE da empresa Alpargatas S.A.

Figura (1) – Retorno sobre o Patrimônio Líquido.

[pic 2]

Fonte: Elaboração própria.

Como podemos observar o gráfico mostra que o retorno sobre o Patrimônio vem decrescendo ao longo do tempo; a média temporal de retorno é de 14,60%, no entanto o ROE da empresa apresentou seu menor patamar em 2020 com 4,64%. A figura 2 apresenta o retorno sobre o ativo (ROA) da empresa.

Figura 2 – Retorno sobre o ativo (ROA)

[pic 3]

Fonte: Elaboração própria.

O comportamento do retorno sobre o ativo é similar ao retorno sobre o patrimônio líquido. Tendo uma média histórica de 8,30% a empresa a partir de 2018 operou em patamares inferiores à média, com seu menor resultado em 2020 com apenas 2,91% de retorno sobre o ativo.

Figura 2 – Retorno sobre o capital investido (ROIC)

[pic 4]

Fonte: Elaboração própria

É possível observar que que o retor sobre o capital investido também vem demostrando performance abaixo da média histórico, dentro do período de estudo a em 2015 e 2016 a empresa performou acima da média enquanto nos demais anos, performou abaixo dessa média, com o valor inferior encontrado em 2020, performando em 8,16% de retorno.

  1. Alavancagem e Risco

A tabela 1 apresenta a demonstração de resultado do exercício, de forma resumida (Gerencial), abrangendo os períodos entre 2016 a 2020. É possível identificar alguns pontos. O lucro líquido da empresa decaiu significativamente ao longo do tempo, principalmente devido ao aumento dos gastos operacionais da empresa, o que gerou um decaimento no resultado da empresa.

Tabela 1 – DRE Gerencial

Descrição

2020

2019

2018

2017

2016

Receita Total

3364,28

3279,75

3380,22

3721,86

3643,485

Custos de Receitas, total

1587,33

1544,29

1726,38

2082,26

1992,875

Lucro Bruto

1776,94

1735,47

1653,84

1639,6

1650,611

Total de Despesas Operacionais

3089,99

2853,19

2838,98

3342,45

3243,177

Receitas Operacionais

274,29

426,56

541,23

379,42

400,315

Receita de Juros (Despesas)

-54,31

18,05

16,03

-30,89

-21,304

Ganho (perda) na Venda de Ativos

-

-

-

-

-

Outros, líquido

-19,53

-18,53

-23,41

-42,73

-38,378

Lucro Antes dos Impostos

200,44

426,08

533,85

305,8

340,633

Provisão para Imposto de Renda

-8,1

111,3

60,87

-46,44

-19,935

Lucro Líquido depois Despesas com Imposto

208,54

314,78

472,98

352,24

360,568

Participação dos Acionistas Minoritários

13,31

14,77

7,46

11,73

11,607

Lucro Líquido Antes de Itens Extraordinários

221,85

329,55

480,44

363,96

372,167

Itens extraordinários

-81,66

-55,44

-148,94

-1,67

-21,774

Lucro Líquido

140,19

274,11

331,5

362,29

350,393

Fonte: Elaboração própria com base nos dados da B3.

A partir do DRE Gerencial é possível analisar o nível de alavancagem da empresa portanto o seu risco, a figura 3, apresenta o grau de alavancagem financeira da empresa.

Figura 3 – Grau de Alavancagem Financeira

[pic 5]

Fonte: Elaboração própria.

Como é possível observar o grau de alavancagem da empresa é inferior a 1, ou seja, a alavancagem financeira é desfavorável, logo o capital de terceiros está consumindo o patrimônio líquido da empresa, graficamente podemos perceber que apenas em 2019 houve uma alavancagem financeira nula e nos demais anos o grau de alavancagem ficou abaixo de 1.

  1. Criação de valor

Na perspectiva financeira tradicional, a criação de valor é o resultado do lucro obtido com a venda de produtos/serviços pela empresa e é a base para a empresa desenvolver as suas atividades e continuar a operar e gerar lucros corporativos para os seus acionistas.

Nessa linha, a criação de valor deve ser um resultado econômico-financeiro positivo para que a empresa continue existindo e crescendo. Dois indicadores são de grande importância para avaliar essa geração de valor. O Economic Value Added que consiste em um indicador que demonstra a criação ou destruição de valor. Isso representa o custo de oportunidade do capital utilizado por credores e acionistas para compensar o risco assumido no negócio.

E o Market Value Added que é um indicador que mostra o valor que a empresa gerou para os seus investidores. Ao contrário do EVA, o MVA não é uma medida de desempenho, mas de riqueza, pois mede o nível de valor que uma empresa acumulou ao longo do tempo.

Figura 4 – Economic Value Added e Market Value Added.

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Fonte: Elaboração própria.

É possível observa na figura 4 que o após seu pico em 2017, o valor econômico adicional como o valor de mercado adicional vem decaindo, o que é preocupante para a empresa pois objetivo principal de qualquer empresa é geração de lucro e está vem cada vez mais reduzindo.

  1. Capital de giro

Capital de giro (ou ativo circulante) é o valor que a empresa deve cobrir e manter suas despesas operacionais diárias, valor que resulta da diferença entre o os ativos de liquidez rápida e as despesas.

É uma reserva de recursos de rápida renovação, orientada para atender às necessidades da gestão financeira da empresa ao longo do tempo. Esses recursos estão concentrados em créditos, em estoque, em dinheiro ou em conta bancária e influenciam no cálculo dos ativos. A figura 5 apresenta os indicadores, Capital de Giro Líquido (CGL) e Necessidade de Capital de Giro (NCG).

Figura 5 – Indicadores de Capital de Giro – R$ milhões.

[pic 7]

Fonte: Elaboração própria.

É possível observa que o Capital de giro líquido da empresa ao longo do tempo sempre esteve superior a necessidade de capital de giro, logo a empresa ao longo do tempo, sempre teve a capacidade de manter as despesas operacionais.

  1. Crescimento

A taxa de crescimento anual composta ou Compound Annual Growth Rate (CAGR), demostra a taxa de retorno necessário para um determinado investimento, partindo de um valor inicial ate um determinado saldo final, o gráfico (1) e (2) apresenta a evolução do CAGR das receitas e do lucro nos últimos 5 anos respectivamente.

Figura - CAGR – Receita 5 anos.

[pic 8]

Fonte: Elaboração própria.

É possível observar que a taxa de crescimento composta das receitas ao longo do tempo vem decrescendo ao longo do tempo, chegando a patamares negativos em 2020, tal condição mostra uma redução do poder de captação de receita por parte da empresa.

Figura - CAGR – Lucro 5 anos.

[pic 9]

Fonte: Elaboração própria.

Já a taxa de crescimento do lucro composto demostra resultados preocupantes, com uma média de -0,71%, a empresa não vem conseguindo converter suas receitas em lucro, vale salientar ao resulta de 2020 um decréscimo de -13,58% o menor resultado da série histórica.

Considerações finais

A compra da Alpargatas pela JBS demostrou-se desvantajoso, pois após a compra, a mesma não conseguiu manter os resultados anteriores tendo uma piora significativamente na capacidade de gerar retorno, principalmente devido ao aumento do custo operacionais, logo a JBS em 2017 realizou a venda da Alpargatas para Itaúsa. O que se demostrou uma grande decisão pois a partir desse período a performance da empresa caiu drasticamente.

Referências bibliográficas

ALPARGATAS S.A. Alpargatas S.A. apresentação APIMEC 2017. Alpargatas S.A website, s.d. Disponível em :< https://ri.alpargatas.com.br/> Acesso em: 12/01/2019.

Formulário de Referência 2018. São Paulo: Alpargatas S.A, 30/05/ 2018. Disponível em :< https://ri.alpargatas.com.br/> Acesso em: 23 fev.2021.

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 10.ed. – São Paulo: Atlas, 2012.

ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003.

BLATT, Adriano. Análise de balanços. São Paulo: Makron Books, 2001.

B3; Alpargatas S. A., Disponível em:< http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=10456&idioma=pt-br>. Acesso em: 23 fev.2021. 

Ação da Alpargatas na bolsa tem maior queda desde 2008. G1, São Paulo, nov. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2015/11/acao-da-alpargatas-na-bolsa-tem-maior-queda-desde-2008.html>. Acesso em: 23 fev.2021. 

Anuário de governança corporativa das companhias abertas. Capital Aberto, 2011. Disponível em: <https://capitalaberto.com.br/wp-content/uploads/2011/10/CA_20-10-2011_Alpargatas.pdf>. Acesso em: Acesso em: 23 fev.2021. 

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