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Capital Intelectual

Por:   •  22/7/2016  •  Artigo  •  3.585 Palavras (15 Páginas)  •  367 Visualizações

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Centro Universitário UNA

Adelaine Domingos

Inácia Izabel Soares dos Santos

Mércia Marilaine Avelino Alves

Paula Cristina Rezende de Barros Cunha

Thales Vernier Vilas Ribeiro

Wagner Machado Fernandes Filho

CAPITAL INTELECTUAL

Belo Horizonte

2016


RESUMO

O Capital Intelectual é de grande importância e o seu estudo é necessário em qualquer organização, pois no mercado atual e competitivo o diferencial entre as empresas está no conhecimento.

Este artigo tem como objetivo apresentar o conceito de capital intelectual, seu surgimento e sua importância no desenvolvimento das organizações.

Para contextualizar o tema e o seu progresso no mercado empresarial, serão apresentadas duas empresas de grande porte previamente selecionadas: CSN e USIMINAS, e como cada uma compõe estrategicamente e mensura seu capital intelectual.

INTRODUÇÃO

Com o avanço tecnológico e o fenômeno da globalização, as empresas necessitam adequar-se e investir em uma nova realidade, para terem condições de enfrentar a competitividade.  Uma estratégia que passou a ser tratada com maior interesse nos meios empresariais é a figura do Capital Intelectual de forma que o conhecimento se torne um pilar para a empresa, trazendo progresso e inovação.

         Stewart, um dos grandes especialistas do assunto do Capital Intelectual afirma:

Capital Intelectual é a soma do conhecimento de todos em uma empresa, o que lhe proporciona vantagem competitiva. Ao contrário dos ativos, com os quais os empresários e os contabilistas estão familiarizados- propriedade, fábricas, equipamento, dinheiro- o capital intelectual é intangível. Constitui a matéria intelectual: conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência, que pode ser utilizada para gerar riqueza. “(STEWART, 1998, p.13)

O mesmo autor acredita que quando o mercado de ações avalia empresas em três, quatro ou dez vezes o valor contábil de seus ativos, está contando uma verdade simples, ou seja, os ativos físicos contribuem muito menos para o valor de seu produto ou serviço final do que os ativos intangíveis. Ainda afirma que ao procurar o capital intelectual de uma empresa ela só pode estar em um destes três lugares: nas pessoas, estruturas e clientes, que são pontos estrategicamente importantes.

O propósito deste artigo é identificar dentro das empresas o capital intelectual apresentando conceitos e técnicas utilizados por elas para identificá-los.  

Para melhor entendimento do assunto foram escolhidas as empresas: A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que é um dos maiores grupos industrial do Brasil com atuação destacada nos setores de siderurgia, mineração, cimento, logística e energia.

E a USIMINAS, que é um dos maiores grupos siderúrgicos brasileiros com atuação em diversos segmentos da cadeia de valor do aço, como mineração e logística, bens de capital, centros de serviços e distribuição e soluções customizadas para a indústria.

METODOLOGIA

Para composição deste trabalho foram consultados artigos científicos, obras bibliográficas relacionadas ao assunto, artigos retirados de sites disponíveis na internet.

A figura da interdisciplinaridade entre as disciplinas cursadas neste módulo também será de suma importância para compressão dos dados a serem analisados, sendo que para tal, contamos com suporte da matéria de Métodos Quantitativos no que diz a respeito à interpretação dos gráficos, Direito Social Trabalhista orientou na inserção social de cada entidade abordada nos estudos de casos e Contabilidade Comercial exemplificou de qual forma deveria evidenciar o capital humano e o balanço patrimonial.

Um dos conceitos de Capital Intelectual mais encontrado é a diferença entre o valor de mercado e o valor dos seus ativos apresentados em suas demonstrações.

Os dados para esboçar o capital intelectual das empresas foram obtidos de pesquisas documentais, análises de informações prestadas pelas empresas no mercado de capitais, balanços sociais e relatórios financeiros anuais de 2015.

REFERENCIAL TEÓRICO

Para melhor compreendermos o assunto discutido neste artigo e compondo assim o referencial teórico, dividimos a abordagem em sua trajetória inicial até a atualidade, conceituamos o tema sob a perspectiva de diferentes autores e o classificamos em três grandes capitais conforme Stewart. Fizemos referência da teoria com a pratica observando como as empresas pesquisadas utilizam o capital intelectual e por fim descrevemos os requisitos de divulgação desse capital intelectual.  

História do Capital Intelectual

Capital Intelectual tem sido um dos assuntos mais discutidos e estudados nas últimas décadas, devido à forte influência de revolução tecnológica e da informação, revoluções estas que se tornaram realidade por meio de novas ideias e conhecimentos, ou seja, o capital intelectual surgiu com a Sociedade do Conhecimento, através de diversas mudanças e transformações.

Para aprofundarmos este assunto, se faz necessário saber um pouco sobre o conceito de Ativo Intangível, que foi definido pelo Merriam  Webster’s International Dictionary, conforme Pacheco (2005, p.12) como “[...] algo ou aquilo incapaz de ser definido ou determinado com certeza ou precisão”.

Stewart (1998) faz referência do conhecimento com o capital intangível e apontam três aspectos que os diferenciam, o primeiro é a sua existência independente do espaço, ou seja, um bem material pode ser possuído somente por uma pessoa, ao passo que o conhecimento pode ser compartilhado simultaneamente por um infinito número de pessoas sem diminuir seu valor, o segundo está relacionado à sua abundância, enquanto os bens econômicos convencionais aumentam seu valor à medida que ficam mais raros, o conhecimento percorre o caminho inverso. E o terceiro ao custo, o custo do conhecimento está concentrado na produção e não na multiplicação.

Segundo Sullivan (1998), o primeiro passo para relacionar capital intelectual e sua repercussão nos ativos intangíveis das organizações, foi dado por Karl E. Sveiby, consultor sueco, que em 1986 publicou um texto intitulado The Know-How Company, sobre a gestão dos ativos intangíveis. A partir da década de 90 a discussão sobre o Capital intelectual ganha corpo, passando a ser tema de diversos estudos e pesquisas e tem em Stewart um dos principais estudiosos do assunto, escrevendo diversas matérias sobre o tema, culminando com a publicação de seu livro Capital intelectual em 1998.

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