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Por:   •  23/6/2015  •  Relatório de pesquisa  •  5.249 Palavras (21 Páginas)  •  197 Visualizações

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Capítulo I
Welcome to Localyington

Julie

Fevereiro, 1990

Atrás da Serra de Petrópolis, bem ao pé da serra, existia o Condado de Localyington. Um lugar tanto de admiração quanto para desdenha de muitos. Com sua beleza exótica e os mistérios a certa de sua história e existência, chamava atenção tanto boa quanto ruim.

Toda essa atenção se dava quando quem quer que ainda não conhecia o condado descobria que em meio ao Rio de Janeiro, um estado do Brasil, existia uma circunferência de terra de 20.000 quilômetros que não estava sobre o poder da nação vizinha. Isso se dava por que ali fora descoberto por ingleses que vieram ao Brasil na expedição feita por Portugal para reconhecer àquelas terras. Os ingleses enfrentaram meses e mais meses de caminhada da Bahia até ali para, enfim, chegar até onde hoje seria Localyington.

Muito se especula sobre o mistério acerca do interesse dos ingleses naquelas terras. Se nem mesmo os portugueses sabiam como era o território nacional naquela época, como os ingleses sabiam exatamente aonde ir? Explicações à parte, o condado continuava vivendo normalmente isolado do resto da nação vizinha, e ainda era subordinado ao Reino Unido, que sustentava o condado com alguns de seus custos.

Não era apenas o mistério sobre a descoberta do condado que ficava na mente do povo. O que muitas pessoas, principalmente os dendrologistas, arboristas, biólogos e botânicos se perguntavam era como a floresta de pinheiros do tipo Pinus Cembra, que circundava todo o condado, podia existir num lugar de clima tropical como o Rio de Janeiro? E se acha que os mistérios arboristas acerca do condado acabaram é melhor voltar atrás de tal pensamento. No meio do condado tinha um Carvalho Azinheira de mais de quinhentos anos no meio da Praça Central que era chamada de Grande Árvore. Mas não era o fato da idade de tal carvalho vir a ser curiosidade, mas sim o tamanho que ele tomara. Ele tinha mais de tinta metros de altura quando a árvore dificilmente alcançava os vinte.

Os índios-localiences diziam que aquela árvore fazia parte de sua cultura e estava ali desde que Localyington era apenas uma tribo indígena. Eles também diziam que aquele carvalho era a ligação deles com lugar onde seus Deuses moravam: Tupã. Que diferente da cultura Tupi Guarani não era o Deus do Trovão e criador de tudo, e sim o lugar da morada dos Deuses indígena-localiense que uma divindade própria e viva.

Essas curiosidades emplacavam um pouco quando percebiam que, apesar do clima do Rio de Janeiro ser de extremo calor, Localyington era bem mais fresco do que a cidade vizinha. Por ser ao pé da serra, por sua floresta de pinheiros servir como isolante térmico, e receber boa parte do clima frio de Petrópolis, Localyington tinha um clima bem mais fresco durante o ano inteiro. Por toda essa junção de fatores, o condado era quase sempre tomado por névoa o que fazia com que o clima ficasse ainda mais frio.

Localyington era rico com sua própria cultura e totalmente independente por si só. No início do século XX houve uma reformulação em suas leis e o condado passou poder a tomar decisões sem interferências do Reino Unido, sobretudo da nação vizinha.

E isso foi motivo de muito reboliço quando houve o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart do poder. Os militares achavam que um lugar como Localyington não poderia existir no território nacional sem estar subordinado a eles também. No entanto, depois de uma forte repreensão do Reino Unido e de um acordo feito entre eles e o condado, deixaram o lugar de mão.

A população localiense tem mesmo como idioma oficial o inglês britânico. No passado, todos eles só falavam aquela língua e dispensavam o português por ser um idioma difícil de se aprender, com muitas regras a serem seguidas. Tudo isso mudou no final do século XIX quando Localyington fizeram o Pacto Brasil que estipulava que o condado teria que receber uma parcela da população jovem brasileira para estudar em suas terras e aprenderem sua cultura. E isso implicou aos localienses terem que aprender o português mesmo à contra gosto. Toda a população passou a aprender falar sua Língua Mãe, o inglês no caso, em casa com suas famílias e aprendiam a falar o português assim que ingressavam na escola primaria. Com o tempo, o português passou a ser mais comumente usados entre os localienses, mas não deixaram de aprender o inglês.

Tudo por que o ensino médio localiense era o melhor de toda a América Latina, e isso se dava por que todos os professores que lecionava no ensino médio eram, obrigatoriamente, formados nas faculdades britânicas. Localyington não provinha de faculdades pelo fato do Reino Unido querer manter suas tradições e costumes vivos naquelas terras através do ensino.

E não existia lugar mais tradicional onde a escola de ensino médio localiense residia: a Orion. No passado, assim que o Conde Arthur Localy, de onde proveio o nome que batizou o condado, declarou àquelas terras sendo o condado fora construído um castelo de pedra bruta com quatro torres e cinco andares para o Conde residir com sua família. Conde após Conde morava no castelo até o sistema monárquico ser substituído pelo democrático sendo Charles II o último Conde de Localyington. Depois disso, o castelo passou a ser feito de escola decretado pelo novo sistema político-localiense: o Sindicato.

Esse Sindicato era composto por 13 administradores de uma área especifica do condado como os Recursos Financeiros, Educação, Segurança, Saúde... Enfim, cada área da sociedade localiense era muito bem representada por esses 12 administradores e um para tomar as decisões finais.

Era um costume muito comum em Localyington nomear algo de extrema importância em inglês. Logo, um professor era chamado de professor, o delegado era delegate, médicos eram doctors, os administradores do Sindicatos eram managers (assim como aquele dentre os managers que decidia por todos era chamado de Axim), e até os anciãos eram chamados de Mr. e Mrs. por terem servido ao condado durante toda sua vida. Alguns locais e serviços também tinham sua nomenclatura em inglês como os veículos de informação e a ruas.

Localyington era a menina dos olhos de ouro de seus colonizadores e por isso era muito procurada por turistas europeus. O condado era cortado em quatro partes pelas vias expressas North-South Highway e West-East Boulevard e cada parte dessa era um simbolismo a uma das quatro nações que compunha a Grã-Bretanha. A arquitetura das casas e prédios de uma das quatro partes se referia a um país em si. Logo, Noroeste, Sudeste, Sudoeste e Nordeste eram, respectivamente, construído em estilo arquitetônico de Escócia, País de Gales, Irlanda e Inglaterra.

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