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Confidencialidade dos consumidores

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Por:   •  6/5/2014  •  Tese  •  1.098 Palavras (5 Páginas)  •  400 Visualizações

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Big Data

Temos hoje um mundo cada vez mais conectado e informatizado, é surpreendente a quantidade de dados digitais armazenados no mundo. Atualmente, estima-se a marca dos 1,8 zettabytes (1 zettabyte equivale a 1 bilhão de gigabytes). O setor de tecnologia da informação prevê um crescimento anual de 40% e, desta forma, chegaremos aos 7,9 zettabytes de informações armazenadas digitalmente até 2015.

A maior parte desses dados é não estruturada e sua análise não pode ser feita com as técnicas tradicionais de bancos de dados relacionais ou multidimensionais. E é disso que se trata o Big Data: a análise de uma quantidade massiva de dados, em geral, não estruturados. Essa análise requer dezenas, centenas ou até mesmo milhares de servidores rodando softwares em paralelo.

O Big Data traz uma série de possibilidades que incluem melhoria nas previsões meteorológicas, previsão de terremotos, uso de fotos de satélite para fornecer informações de vagas de estacionamento livres em grandes cidades, prospecção de petróleo, aplicações de Business Intelligence, Google Dengue Trends (avaliação em tempo real da incidência de dengue baseado em busca de determinado termos de pesquisa no Google) e análise de comportamento e perfil de compra de consumidores.

O lançamento do Google Glass e outros wearable devices que surgirão no mercado traz ainda mais lenha para a fogueira do Big Data. O Google Glass, com sua câmera e mais treze sensores, vai gerar uma quantidade colossal de dados, além de possibilidades infindáveis de informações que pode oferecer ao usuário baseado em sua posição, movimento, hábitos e atividades anteriores.

Mas, junto com as inúmeras possibilidades empolgantes e desejáveis, o Big Data traz uma grande preocupação “a privacidade”.

Notícias sobre o programa de vigilância do governo americano – o PRISM –, a enorme quantidade de informações dos indivíduos que empresas como o Google têm acesso (dados de navegação, agenda, contatos, e-mails, círculos de relacionamentos e muito mais) e o vazamento de informações marcadas como privadas nas principais redes sociais, principalmente o Facebook, são motivo de preocupação às pessoas sensibilizadas com a questão da privacidade.

Também com todos voltados para essa nova tendência temos divergências entre opiniões, quando os CIOs pensam em Big Data, vislumbram de imediato os desafios técnicos e as oportunidades de negocio geradas a partir dos vastos reservatórios de informação que suas empresas estão coletando e analisando. Mas quando alguns políticos contemplam a mesma situação, suas preocupações se voltam para questões de privacidade, e quais os passos que as empresas estão tomando para proteger as informações pessoais dos consumidores.

Privacidade do consumidor

Nos últimos anos, legisladores e reguladores têm manifestado preocupações crescentes sobre o volume de dados que as empresas estão coletando, como essa informação é utilizada, se o dado coletado é vendido, e se os consumidores são avisados sobre as práticas dessas empresas.

No Senado dos Estados Unidos, John Rockefeller (DW.V.), o presidente do Comitê de Comércio, conduz desde outubro uma investigação sobre as práticas de nove corretores de dados. Outros parlamentares trabalham em uma nova legislação para proteger a privacidade do consumidor na era da Internet.

"Nós temos olhado para os corretores de dados e Biga Data - entre aspas - porque é muito claro que estamos nos aproximando da era onde mais e mais a vida dos consumidores será online," explica Erik Jones, vice-conselheiro geral para comissão de Rockefeller.

"Há uma pegada digital que já está disponível. Há certamente vantagens nisso", acrescenta Jones. "Mas também há preocupações levantadas. O que estamos tentando fazer no comitê do Congresso é entender melhor o que isso significa para os consumidores."

Políticas para coleção de dados online

Jones salienta que Rockefeller e outros membros que trabalham em questões de privacidade estão conscientes dos obstáculos que eles enfrentariam na elaboração de uma lei que ofereça proteções significativas para os consumidores sem impedir modelos de negócios emergentes construídos em torno de usos benignos de dados de consumo, incluindo todo o conteúdo e aplicações que as empresas de Internet oferecem.

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