Curso Ciências Contábeis Resumo: Enron, os mais espertos da sala

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Resumo: Enron, os mais espertos da sala

A Enron, gigante do setor elétrico americano, e sétima maior dos Estados Unidos, segundo a revista Fortune, faliu em meados de 2002, deixando um rombo em torno de US$ 1,5 bilhões nos fundos de pensão de seus funcionários e de outros investidores da mesma categoria, incluindo bancos renomados e uma dívida de mais de US$ 20 bilhões. O método de “marcação a mercado” e “valor futuro hipotético”, criado por seus executivos que movidos a ganância e prepotência, maquiavam os balancetes, enxugando os prejuízos e aumentando os lucros.

Essa ilusão contábil durou cerca de 16 anos até a fraude ser descoberta quando em meio a questionamentos de onde vinha o dinheiro e não tendo uma resposta para tal, a empresa se viu obrigada a revelar que havia escondido débitos de bilhões de dólares que deveriam aparecer em seu balancete, com parcerias de diversas empresas de fachada comandadas por seus altos executivos. A Securities and Exchange Commision, a CVM dos EUA, iniciou uma investigação, obrigando a Enron a refazer seus balancetes dos últimos cinco anos. A Arthur Andersen, empresa de auditoria, foi uma das responsáveis para sustentar a ilusão do sucesso Enron, e como resultado de suas ações antiéticas faliu junto com a Eron, não sem antes destruir um grande arquivo de documentos que poderiam provar toda a fraude inclusive das demais empresas que participavam dos esquemas ilegais.

O mercado financeiro norte americano sofreu grande impacto, o que fez com que os investidores de Wall Street, desconfiados, ficassem mais rígidos e intolerantes em relação as práticas contábeis ilícitas. Como forma de evitar que casos como o da Enron se repitam, algumas medidas importantes foram tomadas como a proibição da mesma empresa realizar consultoria e auditoria na mesma empresa junto a uma fiscalização constante e contundente por parte das autoridades. Muitos foram os erros e seria impossível indicar um único culpado no caso da Enron, mas nos deixa a lição de que nenhum setor, empresa ou país está livre de uma situação como essa, que aliás é mais corriqueira do que imaginamos, mesmo que em empresas de menor porte, a crescente pressão por resultados cada vez mais lucrativos e audaciosos, e a crescente competitividade e expectativa do mercado financeiro, faz com que muitos investidores caiam em golpes como esse.

Todo esse escândalo com a falência da Eron nos deixa a lição do quanto é imprescindível mais seriedade, responsabilidade e ética nas organizações, principalmente nas demonstrações contábeis, onde tudo poderia ter sido evitado se a contabilidade da empresa demonstrasse a realidade das suas operações.

Base: https://www.youtube.com/watch?v=5jORoEE-CEk

Aluno: Derivaldo Pereira da Silva