Diferença De Lucro Contábil E Lucro Econômico
Por: MAISA CASTANHEIRA FEITOSA • 26/6/2023 • Artigo • 708 Palavras (3 Páginas) • 70 Visualizações
DIFERENÇA DE LUCRO CONTÁBIL E LUCRO ECONÔMICO
1Nathália de Souza Silva
2José Luiz Borsatto Junior
Introdução: O lucro é um resultado essencial para o bom andamento e fortalecimento de uma empresa, visto que, é o responsável por remunerar o capital investido num empreendimento. De acordo com Solomons (1961 apud MARTINS et al., 2017), o conceito de lucro é utilizado para três situações, sendo elas o cálculo do tributo, a determinação da política de dividendos e o guia para a política de investimentos. Nesse contexto, para defini-lo de forma mais precisa, pode-se dividi-lo em lucro contábil e lucro econômico. Objetivo: diferenciar o lucro contábil e lucro econômico visando a importância de ambos para a organização
Metodologia: quanto a metodologia descritiva, quanto aos procedimentos é bibliográfica, com abordagem qualitativa.
Desenvolvimento: Segundo Adam Smith (1766 apud MARTINS et al., 2017), responsável pela primeira definição de lucro, em “A Riqueza das Nações”, o lucro é o montante que poderia ser consumido sem reduzir o capital. Hicks (1946 apud MARTINS et al., 2017) especificou o lucro como uma quantia que a pessoa pode consumir durante um período, e ainda pode estar tão bem ao final dele quanto no início, levando em consideração, nessa definição, os gastos de uma pessoa. Nesse contexto, para definir melhor o conceito ideal de lucro, foram criados os conceitos de lucro contábil e lucro econômico. Desse modo, o lucro contábil trata-se da receita total menos custos explícitos, explicando o resultado da empresa de maneira estritamente matemática, observando resultados passados e presentes e tendo como principal função, fornecer informações a públicos externos, ou seja, é a margem da receita sobre a despesa (MARTINS et al., 2017). Já o lucro econômico visa questões relacionadas às escolhas que precisam ser feitas, ao tipo de negócio, entre outras, analisando o presente e oferecendo uma visão de futuro dos números, fornecendo informações essenciais ao público externo e, principalmente, ao interno (MARTINS et al., 2017). Isso significa que este lucro calcula em qual investimento se obtém maior retorno econômico, aplicando um recurso e avaliando se esse investimento vai trazer melhor resultado em relação a outro, comparando o resultado previsto entre dois investimentos ou mais. O lucro econômico atua com o custo de oportunidade, que é o que você ganha ou perde ao fazer determinadas escolhas. Do ponto de vista econômico, a receita total deve cobrir todos esses custos de oportunidade, explícitos e implícitos. De acordo com Reinaldo Guerreiro (1989 apud MARTINS et al., 2017), no lucro contábil, os ativos são avaliados na base dos custos originais, o patrimônio aumenta pelo lucro, há ênfase nos custos, utiliza-se regras e critérios dogmáticos. Já no lucro econômico, os ativos são avaliados pelo valor presente do fluxo de benefícios futuros, o lucro deriva do aumento do patrimônio líquido da entidade, há ênfase em valores e utiliza-se regras e critérios econômicos. Assim, “o lucro contábil, apurado nos moldes da estrutura contábil tradicional, visa, basicamente, ao usuário externo, não constituindo uma ferramenta rica e adequada para a tomada de decisões econômicas dos usuários das informações contábeis. O lucro econômico, cuja essência reside no incremento do valor presente do patrimônio líquido, é o conceito que realmente atende às necessidades e aos interesses dos agentes econômicos, principalmente no que tange à predição de eventos e tendências futuras” (FUJI, 2004, p. 75).
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