INCREMENTO DA RENDA DE TRABALHADORES AUTÔNOMOS DE LAVA JATO EM SALVADOR-BA (2012)
Por: ademarsqjr • 30/10/2017 • Trabalho acadêmico • 3.487 Palavras (14 Páginas) • 337 Visualizações
O objetivo do artigo é analisar o incremento da renda dos trabalhadores autônomos
de lava jato em Salvador-Ba., no ano de 2012. Um trabalhador autônomo não
mantém relação de subordinação no que diz respeito a procedimentos, horários e
métodos de trabalho. No caso dos trabalhadores autônomos de lava-jato, eles
podem exercer suas funções livremente ou estarem ligados a algum
empreendimento. Não necessita de especialização ou experiência profissional, nível
de qualificação, mas, na maioria das vezes, é o dono dos instrumentos de produção,
os quais não representam alto investimento de capital. Um lava-jato é um tipo de
empreendimento que vem crescendo muito nos últimos anos, em paralelo ao
crescimento da frota de automóveis. Para se garantir o sucesso de um lava-jato é
preciso se ficar atento a questões como preço praticado, qualidade do atendimento,
localização do estabelecimento, etc. O procedimento metodológico utilizado no
desenvolvimento do trabalho foi a pesquisa de campo, realizada com trabalhadores
da cidade de Salvador-Ba. Utilizou-se como instrumentos de coleta de dados
questionário estruturado e entrevista não estruturada. Evidenciou-se com a pesquisa
que o perfil dos trabalhadores de lava-jato é formado de jovens, solteiros, baixa
escolaridade, rendimento mensal de aproximadamente um salário mínimo e meio.
Palavras-chave: Renda; Mercado Informal; Trabalho Autônomo; Pleno Emprego.
1 Graduando em Ciências Econômicas pela Universidade Católica do Salvado – UCSAL.
negreiros79@hotmail.com
2 Mestre em Economia na Universidade Federal da Bahia – UFBA.
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1. INTRODUÇÃO
O artigo tem como finalidade analisar o incremento da renda dos trabalhadores
autônomos de lava jato em Salvador-Ba., no ano de 2012. Para se desenvolver a
temática proposta, inicialmente se torna necessário discutir o significado de mercado
informal. Na literatura especializada, esse conceito é delimitado a partir de diferentes
metodologias, gerando assim perspectivas distintas de discussões. Para efeito
desse trabalho, partiu-se da definição que relaciona mercado informal com trabalho
autônomo.
Entende-se por trabalhador autônomo o profissional que desempenha suas
atividades laborais de forma completamente livre, ou seja, não mantém relação de
subordinação no que diz respeito a procedimentos, horários e métodos de trabalho.
Dessa forma, não precisa cumprir uma jornada de trabalho pré-estabelecida e pode
adequá-la de acordo com as suas necessidades.
Nesse tipo de atividade, o trabalhador não, necessariamente, precisa prestar serviço
a outra pessoa específica, como no caso dos trabalhadores de lava jato, os quais,
normalmente, atendem a uma clientela diversa. Mas, os riscos relativos às
atividades que desempenham são de sua inteira responsabilidade. Não recebem um
salário e seu pró-labore corresponde à renda adquirida com a atividade
desempenhada. Essa condição pode significar um grande risco para o trabalhador,
pois sua renda não está assegurada.
O trabalhador por conta própria ou autônomo é aquele que exerce suas atividades
laborais de forma independente, é responsável pelo controle do processo de
produção e pelo capital empregado na produção. Em decorrência de ser o
responsável pelo capital empregado na produção, o trabalhador não recebe salário,
sua renda é proveniente da diferença entre gastos e receitas. Por isso, não é fixa,
nem determinada anteriormente, vária mês a mês, condição essa que está
diretamente ligada à qualidade e quantidade do trabalho oferecido e também da
demanda direta do mercado no período.
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A pesquisa tem referencial em Keynes, um defensor da teoria do pleno emprego. De
acordo com essa teoria, a competitividade não é o caminho para o pleno emprego e
sim o estado de equilíbrio. E, para se atingir o equilíbrio, o desemprego seria
voluntário, o que não ocorre na atual momento levando a muitos trabalhadores a
trabalhar por conta própria devido à necessidade de renda, como é o caso dos
trabalhadores de lava-jato.
Por isso, é possível se afirmar que os trabalhadores de lava-jato não podem fazer
parte das estatísticas dos economistas que consideram que o Brasil está perto do
pleno emprego. Isso porque, esses trabalhadores além de não realizam as
atividades que se consideram aptos a realizar, desempenham essas funções por
não ter tido outra oportunidade.
O percurso metodológico para se desenvolver as discussões propostas foi a
pesquisa de campo, a qual tem como princípio a realização da observação direta
dos
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