Negócios
Por: Paulla Costa • 3/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.322 Palavras (6 Páginas) • 217 Visualizações
TRABALHO EM GRUPO - TG
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2015
Diante dos textos que foram expostos pelo professor Flavio Celso Martin como também das minhas consultas e pesquisas, que foram muito além das disciplinas e conteúdos abordados no curso de Ciência Contábeis, é IMPOSSÍVEL concluir ou afirmar que esses investimentos na China da multinacional WEG S.A possam significar uma possível mudança de estratégia passando a atingir negócios “business to consumer”. Explico abaixo a minha conclusão:
1) Ausência de publicações oficiais:
A WEG S.A é uma das empresas mais valiosas da bolsa de valores, e uma das que mais valorizaram no primeiro trimestre de 2014 a uma taxa de 30% no lucro, conforme dados do site “exame.com”. É de se esperar a divulgação pública de quaisquer novas estratégias no que diz respeito a novos mercados como a B2C. Porém, nem em suas obrigações de governança corporativa, nem em atas de reuniões ou publicações bem como em seu site institucional existem qualquer menção que os recentes investimentos na China têm ligação com um novo mercado de atuação direto no consumidor.
2) Foco em outros investimentos envolvendo B2B:
No início de Abril de 2014, a WEG S.A anunciou a assinatura de contratos de fornecimento de sistema de geração de energia eólica com a empresa ALUPAR INVESTIMENTOS S.A. Os contratos contemplam o fornecimento de aerogeradores. (Publicado pelo diretor de relações com investidores Sérgio Schwartz).
3) Publicações passadas referentes à China e a investimentos:
Em 2013, a WEG S.A, através de vários canais de mídias, anunciou o investimento de US$ 345 milhões nos próximos cinco anos em alguns países, e, dentre esses, estava a China. De acordo com o diretor superintendente de negócios, Siegfried Kreutzfeld, os investimentos eram fundamentais para o crescimento da WEG no futuro e a não dependência de fornecedores, que até então eram grande parte da China. Claramente a WEG não assume em momento nenhum sequer a hipótese de atuar diretamente no mercado B2C, mas sim de continuar com força total expandindo as atividades B2B da empresa em máquinas e motores elétricos industriais.
4) WEG afirma lançar nova estratégia global sem menção com o mercado B2C:
De acordo com a notícia veiculada no jornal Valor Econômico”, o presidente da companhia, Harry Shmelzer Jr, afirma adquirir duas empresas da China, as quais produzem motores e componentes para eletrodomésticos da linha branca, mas não menciona o mercado B2C, pois se refere à linha branca como produtor de motores elétricos para os eletrodomésticos e não com a produção de máquinas, lavadoras e outra dessa mesma linha, utilizando-se da venda direta ao consumidor.
5) Sites oficiais das empresas da China adquiridas pela WEG:
a. Visitando o site oficial da empresa Changzhou Master Machinery Co., Ltd (“CMM”) em www.mastermachine.com é possível confirmar que essa empresa não atende ao mercado B2C diretamente. No link “About Us”, o qual significa “Sobre Nós”, é citado claramente no trecho “the company in engaged in the design, production and sales of high precision machining parts, deep drawing parts and special motor-manufacturing equipments “, sem dúvidas a empresa produz partes e componentes, tais como motores de equipamentos. Portanto, ela não vende diretamente ao consumidor, tratando-se apenas de uma empresa com o segmento parecido com a WEG, o que com certeza levou a compra dela para expansão das atividades na China, confirmando e alinhando ainda mais o foco B2B da WEG.
b. A mesma informação procede no site oficial da empresa Changzhou Regal-Beloit Sinya Motor Co., Ltd. Em www.sinyamotor.com no link “about us”, “sobre nós”, o trecho “specialized in micromotos manufacuturing” afirma mais uma vez que tal empresa é especializada na produção de micromotores para máquinas em geral.
c. Diante do exposto nesse item, a WEG S.A teria feito investimentos errôneos, pois se fosse atuar no mercado B2C seria mais conveniente adquirir empresas que vendem e se relacionam diretamente com os consumidores finais, e não produtores atuantes da mesma forma no Brasil.
6)Unidade da WEG na China:
A unidade de Nantong, na China, tem grande importância na história da WEG, já que, inaugurada em março de 2005, foi a primeira fábrica do grupo no continente asiático. Atualmente conta com mais de 620 colaboradores trabalhando na produção de motores elétricos de alta e baixa tensão. Mais uma vez, não existem indícios desde a entrada na China sobre a WEG atuar no mercado B2C.
7) Gestão muito bem definida e focada:
Em várias pesquisas pude concluir que o sucesso e a internacionalização da WEG se atribuem a sua forte gestão participativa e totalmente FOCADA. Esse estilo de gestão somente reforça que será difícil para WEG pensar em atuar no mercado B2C, visto que há grande dedicação, foco e investimentos no mercado B2B, o que têm dado resultados extraordinários.
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