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O Rompimento da Barragem

Por:   •  28/2/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.935 Palavras (8 Páginas)  •  330 Visualizações

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1.  Indique as partes do parágrafo a seguir: (0.5)

O rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro da Samarco ocorrido em 05/11 pode ser considerado o maior desastre ambiental já causado pelo homem no Brasil. Um número relativamente pequeno de vítimas frente à dimensão do evento, seguido por uma comoção mundial frente aos atentados terroristas em Paris que ocorreram na semana seguinte serviram para desviar as atenções do problema brasileiro. Similar ao que ocorreu quando do assassinato do então prefeito Toninho de Campinas, morto um dia antes do ataque às Torres Gêmeas em Nova Iorque , cuja atenção mundial acabou sombreando a morte do ex-prefeito.( Wilson de Figueiredo Jardim)

Tópico frasal: O rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro da Samarco ocorrido em 05/11 pode ser considerado o maior desastre ambiental já causado pelo homem no Brasil.

Desenvolvimento: . Um número relativamente pequeno de vítimas frente à dimensão do evento, seguido por uma comoção mundial frente aos atentados terroristas em Paris que ocorreram na semana seguinte serviram para desviar as atenções do problema brasileiro.

Conclusão:   . Similar ao que ocorreu quando do assassinato do então prefeito Toninho de Campinas, morto um dia antes do ataque às Torres Gêmeas em Nova Iorque , cuja atenção mundial acabou sombreando a morte do ex-prefeito

2. Elabore um texto dissertativo, de 12 a 15 linhas, sobre o tema proposto na charge abaixo. (2.0)

A disputa

  Nota se que nos últimos anos a política brasileira vem passando por crise, um intenso atrito de poderes partidários, entre os que querem o poder e os que estão no poder.

    Assim partidos, que foram criados para ajudar o desenvolvimento começam a disputar entre si. Causando problemas aos brasileiros, afetando diversas áreas que desenvolvem o país.

    É importante ressaltar que para o crescimento, seja de qualquer órgão, organização, empresa, entre outros, e preciso de uma visão unânime por parte dos colaboradores, desde a parte administrativa ate a parte operária, com um país não muda muito o sentido de gestão, pois um governo que pretende crescer o país tende a unir os partidos para que juntos possam consolidar a economia.

   Nesta disputa de poderes e preciso observar quem será afetado, pois quando a economia e afetada o povo sofre. E necessário que cada partido neste “jogo” analise as consequências de suas ações para o povo que os elegeu.

[pic 1]

Você entendeu o conteúdo da aula 4? Percebeu como é importante conhecer os fatores de textualidade? Faça agora, a leitura de um artigo que contribuirá para sua maior compreensão sobre o assunto

GHILARDI, Maria Inês. A charge jornalística e a questão da informatividade. In: AMARANTE, Maria de Fátima (Org.). Letras. Revista do Instituto de Letras da PUCCAMP. dez. 1996. n. 1 e 2. vol. 15. p. 5-11.

A CHARGE JORNALÍSTICA E A QUESTÃO DA INFORMATIVIDADE
Maria Inês Ghilardi - (Instituto de Letras - PUCCAMP)

A charge jornalística, hoje, faz parte da maioria dos jornais, dos mais conceituados aos menos poderosos, e estudá-la pode ser uma das tantas formas de conhecer esse veículo de comunicação e a sociedade à qual ele se destina.

Complementando uma pesquisa sobre a informatividade nos textos jornalísticos2 , voltamos o olhar à charge com o objetivo de investigar a carga de informações nela contida e o tipo de informação que transmite. Seu caráter informativo difere de outros desenhos, como a história em quadrinhos, pois está sempre ligada às notícias do jornal que a publica. Portanto, sem o contexto criado pelo conteúdo das notícias, não é possível interpretá-la, "ler" sua mensagem, perceber a crítica que há por trás do quadro.

Quanto à informatividade, sabemos que todo texto transmite alguma informação, pois há informações conhecidas e novas para o leitor. O sucesso do ato de comunicação é medido pela quantidade (e/ou qualidade) de informações inusitadas e inesperadas que apresenta. "Há, então, a necessidade de uma certa dose de imprevisibilidade para que um texto seja considerado aceitável pelo seu receptor. Por outro lado, para que possa ser entendido e interpretado, ele deve ter informações conhecidas, que serão o ponto de partida para a compreensão das não conhecidas". (Ghilardi, 1994: 6).

A informatividade, então, deve ser entendida como a capacidade de se acrescentar ao conhecimento do receptor informações novas e, talvez, inesperadas, conforme coloca Val (1991), ou seja, a capacidade que tem um texto de efetivamente informar o seu leitor. Constitui, assim, um dos fatores responsáveis pela intertextualidade (conjunto de características que fazem com que um texto seja um texto), como aponta a Lingüística Textual, ao tomar por base para estudo o texto e não a frase isolada (Koch, 1989).

O critério de informatividade pode ser também examinado com relação à charge, visto que ela transmite alguma informação, ou mais que isso, revela uma crítica a fatos ocorridos na sociedade e relatados nas reportagens.

Como dissemos, todo texto necessita de informações novas e conhecidas; estas para estabelecer um ponto de partida ao entendimento do leitor e aquelas para efetivamente informá-lo. Levando-se em conta as charges analisadas nesta pesquisa, pode-se dizer que as informações conhecidas vêm das notícias publicadas pelo jornal e as novas são constituídas pela crítica dos fatos noticiados. Logo, há uma certa dose de imprevisibilidade necessária à aceitação do texto pelo leitor, se for observado que nem sempre a notícia jornalística vem acompanhada da crítica aos fatos.

A informação nova necessária à aceitação do texto não-verbal - o desenho da charge -, de acordo com o critério de informatividade, é, além da crítica feita aos acontecimentos, o humor gerado pela maneira como os fatos são tratados. Considerando assim, o discurso da charge classifica-se na segunda ordem de informatividade (Beaugrande e Dressler, 1981), aquela em que há um equilíbrio entre o original e o previsível.

Não poderia, por suas características de rapidez de entendimento, espaço reduzido e tipo de linguagem, enquadrar-se entre os textos de alta informatividade e imprevisibilidade, da terceira ordem, o que dificultaria sua própria compreensão.

Naturalmente, pelo aqui exposto, a charge também não se enquadraria na primeira ordem de informatividade, na qual a previsibilidade é grande e, portanto, a informatividade é baixa; nessa categoria encontra-se textos que trazem, em sua maioria, informações conhecidas, óbvias, que não despertam o interesse do leitor justamente por não transmitir, realmente, conhecimento novo.

A charge, apesar de utilizar as informações veiculadas pelas notícias, desperta o interesse pelo humor, pelas idéias implícitas, pela crítica não permitida em outros tipos de textos do próprio jornal, enfim, por revelar, possivelmente, a ideologia subjacente aos discursos sociais.

É imprescindível, ainda, "que o desenho tenha suficiência de dados, fornecidos pelos detalhes. Os estudos semióticos revelam a importância de tudo que produz significação, seja um simples traço, uma linha reta ou curva, um ponto no espaço, a luminosidade e as formas do desenho. A caracterização do ambiente e dos personagens, assim como marcas simbolizando o assunto tratado são suportes necessários à interpretação adequada. São esses os dados explícitos que vão possibilitar a leitura dos implícitos" (Ghilardi, 1995: 20). O desenho, portanto, deve ter "todos os elementos necessários à sua compreensão, explícitos ou inferíveis das informações explícitas" (Val, 1991: 31).

Ilustramos com a charge publicada no jornal O Estado de São Paulo, sobre a viagem do ex-presidente brasileiro, Fernando Henrique Cardoso, à Argentina, onde esteve com o presidente Carlos Menem. As matérias jornalísticas da época enfocaram, dentre outros temas, o da reeleição, quando o nosso governante falou, pela primeira vez (informação nova), como provável candidato às eleições de 1998. Informaram, ainda, que Menem defendeu a reeleição do colega brasileiro, chamando-o de "excelente estadista", que daria ao Brasil "a possibilidade de continuar crescendo até se converter em uma das maiores potências da Terra"3.

Enquanto as reportagens relataram o fato, inclusive com fotografias dos dois governantes, num clima amistoso, a charge (v. fig. 1) indica a intenção, de Fernando Henrique Cardoso, de espelhar-se no colega argentino, reeleito. O quadro mostra Menem colocando "minhocas na cabeça" do governante, transcrita no pessoal, ao contrário da afirmação de nosso governante, transcrita no jornal: "a reeleição deve ser discutida como questão institucional e não 'em função das pessoas, inclusive da minha pessoa'". [pic 2]

Então, as informações novas transmitidas pela charge são quase as mesmas das notícias. O leitor deve conhecê-las pela leitura das reportagens ou ser levado a buscá-las devido à curiosidade levantada pelo desenho caricaturesco. Neste, são acrescentadas a crítica ao fato e a grande dose de humor, que chama a atenção do receptor, num clima de descontração.

O autor do quadro precisa fazer uma imagem do leitor, isto é, ter delineado o perfil do receptor, para poder dosar as informações veiculadas por sua produção discursiva. Com poucos traços, o chargista deve dar conta do conhecido e do inusitado, ainda que este seja apenas o reflexo do pensamento que o leitor gostaria de exprimir. Supõe-se que este perceba as intenções que estão por trás dos desenhos e essa descoberta gera o humor, devido ao modo como as informações são tratadas.

Quem não ler as reportagens, mas se inteirar do assunto ou, pelo menos, "passar os olhos" nos títulos e nas manchetes, certamente encontrará, na charge, informações motivadoras de uma leitura mais atenta. Ela pode ser considerada, então, um ponto de partida para a leitura das notícias e para despertar o interesse pela matéria jornalística.

A charge não contém, é claro, todas as informações das notícias, entretanto critica, com perspicácia e precisão, o conteúdo da matéria publicada. Para interpretar o desenho, o leitor necessita de conhecer o assunto criticado, por meio da leitura prévia ou, quando não informado, ser motivado para tal. A partir disso, o chargista espera provocar o riso, previsto por esse tipo de discurso, ao "ousar" mostrar o que normalmente as reportagens não dizem.

O inusitado, para o leitor, é ver desenhado o que ele gostaria de dizer; sugerido, o que gostaria de explicar; ou exposto, aquilo que muitos tentam esconder.

Ao contrário da notícia, a charge é parcial, pois mostra a opinião do autor - ou do veículo que a publica - e, assim, tenta manipular a opinião do receptor. O chargista, por meio do desenho associado, algumas vezes, à palavra, critica um episódio ou comportamento, entretanto ao leitor não resta um mero trabalho de decodificação da mensagem. Em geral, ele é levado a refletir sobre o tema tratado e a formar sua própria opinião a respeito do assunto. O sucesso de um texto, entretanto, não depende somente do grau de informatividade "escolhido" por seu locutor, e, sim, do conhecimento partilhado entre seus interlocutores, do repertório de conhecimentos de seu receptor, das características determinadas pela tipologia textual, enfim, do contexto em que o discurso é produzido e interpretado, ou seja, das condições de seu funcionamento.

Fazer charge é uma arte, não simplesmente uma maneira de transmitir informações e a arte está justamente na dosagem entre os dois aspectos da informatividade - o conhecido e o inusitado -, associados à precisão e segurança do traço. O humor-crítico traz à tona os episódios do cotidiano, propiciando, ao leitor, um momento de entretenimento e, ao mesmo tempo, de reflexão. O estudo da charge jornalística aponta um dos caminhos para observarmos a forma como a realidade é interpretada pela sociedade.

Referências Bibliográficas

BEAUGRANDE, R. -A. de e DRESSLER, W. V. Introduction to text linguistics. London/New York: Longman, 1981.

GHILARDI, M. I. A informatividade no discurso jornalístico. Letras. Campinas: PUCCAMP, v. 13 (1/2), dezembro de 1994, p. 5-13.

______. A charge jornalística e a leitura do não-verbal. Perspectiva. Erechim, RS: URI, ano 19, n. 67, setembro de 1995, p. 19-25.

KOCH, I. V. A coesão textual. SP: Contexto, 1989.

LAGE, N. Estrutura da notícia. 20 ed. SP: Ática, 1987.

RAPOSO, A. Chico Caruso. Revista de Comunicação, ano 10, n. 35, março de 1994, p. 3-6.

VAL, M. da G. C. Redação e textualidade. SP: Martins Fontes, 1991.

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