O estudo da economia pode ser dividido em duas grandes áreas
Por: Denise Fischer • 20/5/2019 • Projeto de pesquisa • 2.197 Palavras (9 Páginas) • 371 Visualizações
O estudo da economia pode ser dividido em duas grandes áreas: a microeconomia e a macroeconomia. A microeconomia estuda o comportamento dos consumidores e dos produtores no mercado, bem como os tipos de mercados em que há a interação destes agentes econômicos. A macroeconomia, por sua vez, preocupa-se com o comportamento da economia como um todo. Envolve um número bastante reduzido de variáveis, mas com uma amplitude muito grande. São variáveis que impactam o conjunto do sistema econômico. Entre elas podemos citar o crescimento da economia, o nível de renda, de produção, de preços, o emprego, a taxa de juros, a taxa de câmbio, o comércio exterior, entre outras. Fluxo real e monetário: Para entender o fluxo, deve-se imaginar, inicialmente, um sistema econômico bem simples, em que existem apenas dois agentes, os indivíduos e as empresas. Os indivíduos são detentores de um fator produtivo chamado mão de obra e oferecem este fator para as empresas, para que possam produzir bens e serviços, que são oferecidos para os indivíduos. Assim, está formado o fluxo real da economia. De outro lado, ao fornecer seu fator produtivo, os indivíduos recebem uma remuneração, os salários, que permitem adquirir os bens e serviços produzidos pelas empresas. É o fluxo monetário. Estes dois fluxos juntos formam o fluxo circular. A identidade básica da Contabilidade Nacional, ou seja, das três óticas de medição do nível de atividade econômica de um país, dá-se da seguinte forma: primeiramente, os indivíduos são detentores de fatores de produção, tais como: mão de obra, terras, máquinas, equipamentos, construções etc. Para produzir, as empresas, direta ou indiretamente, utilizam esses fatores produtivos e remuneram os indivíduos. Tal remuneração é chamada de Renda (salários, juros, lucros, aluguéis) e, o somatório de toda a renda recebida pelos indivíduos, em determinado período de tempo, é chamada de Renda Nacional. De outro lado, ao utilizar os fatores de produção, as empresas produzirão bens e serviços, e o valor total resultante da produção é denominado de Produto Nacional (Oferta Agregada). Se nessa mesma economia os indivíduos destinarem toda a sua renda para o consumo, adquirindo os bens e serviços produzidos pelas empresas, então o somatório de todos os pagamentos realizados na aquisição destes bens e serviços é chamado de Despesa Nacional (Demanda Agregada). Em relação aos gastos do governo, são considerados nas contas nacionais os gastos com serviços públicos como educação, saúde, justiça, defesa nacional, entre outros. Podem ser despesas correntes ou de custeio, como salários e manutenção da máquina administrativa, por exemplo, ou despesas de capital, como aquisição de equipamentos, construção de estradas, escolas etc. Não são computados como gastos do governo as despesas das empresas públicas e sociedades de economia mista, como Petrobras e Banco do Brasil, por exemplo. Isso se dá porque elas atuam como uma empresa privada e, portanto, seus gastos são cobertos por receita advinda da venda de produtos no mercado. Na equação da Despesa Nacional há ainda o setor externo, composto por exportações e importações. As exportações representam as vendas de produtos por empresas brasileiras para outros países. Já as importações representam as despesas do país com aquisições de produtos estrangeiros. Contabilidade Nacional: uma empresa que tem sua contabilidade e nela registra todas as suas transações, quanto foi produzido; quanto foi consumido; de quanto foi o investimento; quanto foi o valor das transações com outros países. O produto nominal ou a preços correntes mede o valor da produção tomando como referência os preços dos bens do próprio ano em que foram produzidos. Já o produto real mede o valor da produção para um período qualquer, tomando como referência os preços de um determinado ano, que servirá como base. Função Consumo: Aumenta a renda, aumenta o consumo, assim temos uma relação direta entre renda e consumo. Agora se alguém perder o emprego e necessitar consumir, este consumo necessariamente será feito pela utilização de uma poupança feita previamente ou via endividamento. Assim, independentemente de ter renda ou não, haverá consumo. Função Poupança: Quando não houver renda, haverá uma despoupança no exato valor do consumo autônomo, consumo autônomo é aquele que independente do nível de renda, pois é o valor mínimo necessário para a sobrevivência, logo os indivíduos estarão gastando poupança prévias para manter o consumo. Função Investimento: Para economia, investimento é a aquisição de máquinas e equipamentos para a produção de novos produtos e serviços. Sendo assim, as compras de ações ou de um título público é uma aplicação financeira e não um investimento. Quais as variáveis macroeconômicas que afetam a decisão de investimento? Verificamos que duas variáveis são determinantes, que são o nível de renda e a taxa de juros. Quando a renda aumenta, os investimentos também aumentam, e quando a renda diminui, os investimentos diminuem. Já se a taxa de juros diminuir, investimentos que antes não eram rentáveis passam a ser rentáveis, e, portanto, os empresários ampliarão os investimentos, já se a taxa de juros aumentar, ocorre o contrário. Política Fiscal: A política fiscal tem como base os gastos públicos ou a tributação. A redução de gastos tem impacto negativo, ou seja, de queda da renda e do produto, porque em determinadas situações, a demanda está crescendo acima da capacidade de expansão da economia e o resultado será inflação. Para frear a inflação, os governos podem lançar mão da redução de gastos. Os mesmos resultados podem ser obtidos por meio da variação na taxa dos impostos ou criação/extinção de tributos. A diferença básica entre estes, do ponto de vista econômico, refere-se ao fato de que os tributos agem sobre o consumo e este sobre a demanda. Já os gastos públicos não, eles entram diretamente na demanda agregada. O governo pode agir através dos gastos públicos e dos tributos com a finalidade de, no curto prazo, alterar a demanda agregada e com isso minimizar os efeitos de crises econômicas ou reduzir processos inflacionários que sejam causados por excesso de demanda agregada. Política Monetária: Na política fiscal a oferta e a demanda referiam-se a produtos e serviços, já na política monetária busca-se estabelecer as relações para que haja equilíbrio entre oferta e demanda de moeda. Ou seja, o governo, via Banco Central, busca estabelecer um controle da oferta e da demanda de moeda, controlando, assim, a liquidez da economia e estabilizando as taxas de juros da mesma. Os instrumentos de política monetária são: Depósito Compulsório; Redesconto ou Empréstimo de Liquidez; Operações de Mercado Aberto; e Controle e Seleção de Crédito. Inflação: A inflação ocorre quando há um aumento sustentado do nível geral de preços de bens e de serviços dentro da economia. Os principais efeitos da inflação ocorrem sobre a distribuição de renda, o balanço de pagamentos e o mercado de capitais. Na primeira situação, a inflação provoca a redução relativa do poder aquisitivo dos trabalhadores que dependem de rendimentos fixos e que enfrentam períodos legais de reajuste de seus rendimentos. No caso dos proprietários de imóveis, há uma perda de rendimento real em relação aos aluguéis, contudo, os imóveis sofrem uma valorização nos períodos inflacionários, havendo uma compensação. Uma solução para o déficit, adotada pelas autoridades monetárias, é a desvalorização cambial, pois resulta na depreciação da moeda, estimulando as exportações e desestimulando as importações. Causas: A inflação de demanda, por exemplo, ocorre quando há um excesso de demanda agregada em relação ao volume de produto disponível de bens e de serviços. (Os principais instrumentos adotados pelo governo têm o objetivo de reduzir a demanda agregada por bens e serviços, como: redução dos gastos do governo e aumento dos impostos (política fiscal), redução da quantidade de moeda e do volume de crédito (política monetária)).
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