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OS MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

Por:   •  17/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.652 Palavras (15 Páginas)  •  167 Visualizações

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CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E TECNOLÓGICAS

CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DISCIPLINA: 320027 - MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

Nome: Nathalia Ribeiro Martins                Curso: Ciências Contábeis

Chave: 201618840                   Data: 30/11/2016

ATIVIDADE: 7 – Resumo dos capitulos

Capítulo número 8 – Estilo da redação científica.

            Este capítulo destaca os principais erros encontrados na redação científica de baixa qualidade, descrevendo 16 equívocos, que devem ser evitados pelos pesquisadores iniciantes.

        1 – Vocabulário Rebuscado ( uso de erudição): A norma culta de linguagem empregada na comunicação científica recomenda a redação simples, objetiva e direta, de uma forma que todos os interessados possam compreender. O emprego de palavras eruditas em textos científicos é avaliado negativamente pela comunidade científica. O leitor pode compreender essa atitude do pesquisador-escritor como insegurança, pois ele se utiliza desse recurso como mecanismo para demonstrar cultura, na tentativa de valorizar o seu texto e causar uma boa impressão. Um exemplo onde há uso excessivo de termos eruditos empregados desnecessariamente é na área jurídica.

        2 – Frase introdutória supérflua: A prática da academia é pela otimização do texto, a fim de facilitar e agilizar a leitura e o processo de transferência de informação.  A exclusão da introdução em nada prejudica o conteúdo da informação transmitida, apenas facilita a vida do leitor que passa a lidar com menor quantidade de palavra

        3 – Vocabulário popular (uso de vernáculo):  Sentido conotativo da palavra,  usado no dia a dia da palavra pela população, ela pode ser empregada de forma mais geral, com significados distintos. Exemplo: “a frieza do olhar”. Obviamente, o olhar não tem temperatura, mas empregou-se no sentido de “desinteresse de quem observa”. O problema do emprego de metáforas ou introdução da linguagem coloquial (conotações) no texto científico é denominado, genericamente, de “emprego do vernáculo”. Temos que lembrar que é muito comum o texto científico ser lido e traduzido para diferentes idiomas. Coloque-se na posição de um leitor de outra cultura e de língua-mãe distinta do português, e agora responda: o quão difícil não seria para esse leitor compreender o emprego dessas palavras dentro das sentenças?

        4 – Redundância (Tautoligia ou circularidade):  O autor da redação científica deve ater-se a não criar frases repetitivas que empregam várias palavras diferentes cujo significado é o mesmo (circularidade). A forma mais comum é a utilização de elementos do termo que está sendo definido em sua própria definição, por exemplo: “líder transformacional” definido como o “líder que transforma organizações”. Outros exemplos são: “certeza absoluta”, “em anexo a esta carta”, “acaba- mento final”, entre outros.

        5 – Voz passiva (Discurso indireto): A voz ativa é a recomendada para textos científicos, pois sua estrutura é mais logica e fácil de entender: sujeito + verbo + complementos e/ou adjuntos.  Exemplos: “o pai beijou o filho”, “o filho foi beijado pelo pai”. O primeiro exemplo, redigido na voz ativa, é mais claro, direto e objetivo. Essa é a melhor estrutura para a redação científica.  Uma outra observação é referente ao sujeito do texto científico, quando este é o próprio pesquisador e autor do texto, a redação deve permanecer na voz ativa, porém com sujeito indeterminado.

        6 – Linguagem pessoal (Tempo verbal distinto da terceira pessoa do singular): A lógica da redação científica é o desenvolvimento da ciência, e o foco sempre é o novo, aquilo que deve ser informado para a comunidade científica. Não há espaço na redação científica para valo- rização e enaltecimento do pesquisador, do grupo de pesquisa ou dos grupos que financiaram a pesquisa. Os financiadores podem receber uma menção de agradecimento, normalmente uma nota atrelada ao texto, informada extra-artigo, quando os pesquisadores encaminham o texto para análise.

        A redação na terceira pessoa do singular dá a neutralidade necessária – exemplos: observa-se, identificou-se, codificou-se. O estilo de redação mais conhecido e praticado é a narração.  

        Para a seleção da revista científica, os autores devem ler os temas que estão sendo discutidos na revista e na pauta de interesse dos editores, criar ganchos narrativos com artigos recentes da revista e outras atividades, que exigem dos pesquisadores a leitura dos artigos recentes da revista. Assim, dificilmente um grupo de pesquisa que segue as boas práticas científicas elaborará um artigo fora dos padrões de redação da revista científica pretendida.

        7 – Excesso de palavras (circunlóquio ou verbosidade): O habito de falar excessivamente, porém aqui se aplica ao excesso de palavras escritas. Ao não se utilizar de muitas palavras, emprega-se a palavra mais apropriada e significativa para o contexto, e também ajuda a deixar o texto mais coeso. Quanto maior a extensão do texto, maiores são as probabilidades da ocorrência de erros de incoerência (contradição), erro de ortografia, erro gramatical e demais problemas.

        8 – Construção negativa: O emprego de construções negativas apresenta o risco de má interpretação, exemplo: A expressão “em caso de incêndio não use os elevado- res” acaba por lembrar as pessoas do elevador, aumentando a chance de erro. O ideal seria escrever uma redação afirmativa do que se pretende: “em caso de in- cêndio utilize as escadas”. Assim, o texto científico deve privilegiar sempre que possível as construções afirmativas.

        9 -  Personificação de coisas (expressão teleológica): O texto científico não deve, atribuir ações humanas a objetos inanimados, a entidades (organizações ou grupos de pessoas) ou a animais irracionais. Tecnicamente, denominamos esse vício de linguagem de expressão teleológica.  Exemplos: “a pesquisa nos diz [...]”, “os dados apontam para [...]”, “o relatório sugere [..].”, e “do ponto de vista dos dados [...]”.

        10 - Período de tempo mal especificado (Atrelado ao momento da redação):  Vícios de linguagem de intervalo de tempo mal definido, associados ao momento da redação final do agente transmissor, não devem ocorrer nos textos científicos. Sempre deve trabalhar com períodos de tempo bem definidos, para que o leitor não tenha dúvida sobre o período de tempo referido pelo autor.

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