Os homens e uma sentença
Por: Arnaldo Júnior • 27/4/2019 • Resenha • 461 Palavras (2 Páginas) • 132 Visualizações
O filme “12 homens e uma sentença” se passa na cidade de Nova Iorque na década de 50, onde um julgamento sobre um caso de assassinato está ocorrendo. O juiz começa explicando a todos os presentes que após a apresentação das provas e das testemunhas, os 12 homens que compõem o júri vão se reunir em uma sala isolada para decidir se o réu é culpado ou não de matar seu próprio pai. Devido as leis da época, o júri deve ser unanime em sua decisão pois caso seja declarado culpado, o réu será executado.
A sala do júri é desconfortável, possuindo apenas uma mesa com 12 cadeiras e uma porta que leva até um banheiro. O ventilador não liga, o que piora ainda mais a situação de calor e aumenta a sensação de desconforto.
Inicialmente uma votação ocorre para determinar qual a posição atual do júri sobre o caso, e dos 12 jurados presentes, apenas um não vota o réu como culpado. Questionado o porque de seu voto, o jurado de número 8 diz que não pode decidir tão rapidamente já que tem dúvidas e que sua decisão acabaria com a vida de um jovem. Após a votação inicial os jurados pedem para que o jurado de número 8 explique suas dúvidas, pois para 11 deles as provas são mais que suficiente.
Os questionamentos abordados pelo jurado 8 vão dissolvendo a certeza antes existente nos outros jurados, que vão mudando seu voto lentamente a medida que novas votações vão sendo feitas. Quando o júri se encontra divido, 6 jurados consideram o réu culpado e 6 jurados consideram o réu inocente, a mudança no ambiente se torna perceptível com o inicio da chuva e o ventilador finalmente funcionando. Após mais questionamentos, os 6 jurados que acreditavam que o réu era culpado vão tendo seus argumentos rebatidos, o que ocasiona no fim do filme em uma votação unânime pela inocência do réu.
No começo das votações, fica claro que alguns dos jurados tomaram suas decisões baseadas no Juízo de Valor, pois há a crença de que o garoto por ser porto-riquenho e ter crescido em um cortiço, é culpado, já que todos os do mesmo “tipo” dele são. A utilização da faca de mola também surge como mais um juízo de Valor, pois se o jovem sabia manejar uma faca daquele tipo e tinha recentemente compro uma, logo ele é o culpado pelo esfaqueamento do seu pai.
O fato do jurado 8 encontrar problemas nas provas apresentadas as configuram como indícios, pois dentre os atributos de uma prova está o de ser clara e não incerta, obscura ou duvidosa. Então os outros jurados, que acreditavam se basear em um conjunto de provas concretas, se baseavam em indícios na hora de formar os seus juízos.
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