Produto escolhido: Erva-Mate.

ATPS ECONOMIA

ETAPA 1

Produto escolhido: Erva-Mate.

Nos últimos tempos, a erva-mate teve um aumento nos preços, em alguns casos chegou a até 150% a mais do que se estava acostumado, e mesmo no período de safra o produto tem variado muito no preço de acordo com a qualidade e o tipo. Mas ainda assim, o consumo tem se mantido alto.

A falta do produto nos campos, o que acabou ocasionando um record nas cotações, é fruto das técnicas empresariais clássicas, que associam o cultivo da planta à cultura tradicionalista, e não como uma atividade profissional, o que acabou gerando o declínio da atividade.

Segundo alguns presidentes do Grupo Valério, que produz o produto, um dos fatores que contribuíram para o aumento do preço da matéria-prima no mercado interno, foi a política adotada pelo governo argentino. Em 2012, o país da Argentina interferiu nas exportações, para equilibrar a oferta interna e a alta no preço do produto que é consumido em grande escala no país, pois o quilo da erva-mate chegou a custar 20 pesos argentinos ao consumidor, o que equivale a R$ 8,60.

Podemos ressaltar as mudanças de preços, que algumas marcas variaram de R$ 4,00 chegando a até R$ 11,00. E o que gerou esse aumento foi a falta de folhas para a industrialização, Tinha-se a expectativa de que o produto chegasse a até R$ 20,00, porém com a estabilidade da produção, essa expectativa não foi confirmada, pois houve uma boa recuperação na produção.

Na avaliação de alguns dirigentes, o valor entre R$ 12,00 e R$ 13,00 o quilo, é o suficiente para remunerar de forma satisfatória a cadeia formada pelo plantador, indústria e mercadistas.

O mercado de erva-mate passou por grandes mudanças, como consequência da necessidade dos consumidores e das técnicas necessárias para o processo produtivo. Sobretudo, em termos mundiais, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é o responsável por concentrar grande parte da produção da folha verde de erva-mate e erva-mate cancheada (VASCONCELLOS,2012).

O Brasil é um grande exportador de erva-mate, apesar de anos atrás exportar maior quantidade do produto em termos absolutos. Destaca-se que a maior parte das exportações brasileiras é destinada ao mercado inter-regional, principalmente para o Uruguai. Já o Brasil importa grande parte de sua erva-mate cancheada da Argentina (VASCONCELLOS, 2012). E desde 1961 o país demonstra um saldo da balança comercial de erva-mate positiva.

Pelo fato de o Brasil ser um grande produtor, o país importava uma quantidade elevada do produto até a década de 1990. Mas a partir de 1991, as relações comerciais foram sendo estabelecidas, notando-se um maior volume de importações entre os anos  de 1995 e 1998.

Figura a seguir mostra a evolução das exportações e importações em toneladas de erva-mate no Brasil entre 1961 e 2009.

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Segundo pesquisas do IBGE em 2012, no Brasil, o Rio Grande do Sul é considerado como o maior produtor nacional de erva-mate, com uma produção média de 260.866 toneladas por ano. Seguido do Paraná com 180.853, Santa Catarina com 69.064 e Mato Grosso do Sul com 2.473 toneladas por ano. Nota-se que tanto no Brasil como no RS, a produção do produto é desenvolvida em estabelecimentos agropecuários caracterizados como familiares.