REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS
Por: Oliver Alves de Lima • 21/10/2017 • Trabalho acadêmico • 1.210 Palavras (5 Páginas) • 335 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DISCIPLINA DE ÉTICA
PROFESSOR GUTEMBERGUE
Trabalho sobre a Seção 27, da NBC TG 1000
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS
Aluno:
Oliver Alves de Lima
Agradecimento:
A Liliane Araujo Santos, pelas perguntas e discussão do tema.
Recife, Junho de 2016
Trabalho sobre a Seção 27 da NBC TG 1000
Redução ao Valor Recuperável de Ativos
Para entender o conceito da redução ao valor recuperável de ativos, vale a pena reforçarmos o conceito de ativos e passivos. O balanço patrimonial de uma empresa representa o conjunto dos direitos e obrigações da companhia. Ainda, o ativo representa o conjunto de direitos e bens que se espera trarão benefícios futuros para a companhia na forma de fluxos de caixa.
A perda por desvalorização, neste contexto, servirá para a companhia equiparar o valor registrado do ativo ao ‘valor recuperável’, isto quando o valor contábil do ativo for superior. Tendo em mente que o balanço patrimonial é uma foto da situação patrimonial da entidade numa data específica, o ‘valor recuperável’ tende a ser o valor de liquidação desse ativo no mercado.
No entanto, em alguns casos, não há liquidez para esses ativos ou não é possível avaliar o seu valor de forma isolada. Nestes casos, as empresas devem recorrer à projeção de fluxos de caixa das unidades geradores de caixa e, trazendo estes fluxos a valor presente, compará-los com o valor contábil desses mesmos ativos para identificar se há a necessidade de reconhecer a perda por redução ao valor recuperável.
Do tratamento aos Estoques
No caso dos estoques, a NBC TG 1000 prevê que o valor dos estoques deve ser ‘testado’ a cada publicação. A entidade deve fazer essa análise para cada item do estoque. O teste é relativamente simples. Deve-se comparar o valor estimado de venda de cada item de estoque com o seu valor contábil após a adição dos custos necessários para tornar esse estoque disponível para venda (quando se tratar de estoque para produção). Se o valor de venda for inferior a esse total haverá reconhecimento da perda por redução ao valor recuperável.
Haverá casos, no entanto, em que é inviável fazer essa análise item a item, seja pelo custo do levantamento quanto pela dificuldade em se conseguir estimar esses preços de venda. Nestes casos, a empresa poderá agrupar os itens de estoque que tiverem finalidades semelhantes e fazer a análise do grupo de itens.
Veja este exemplo,[pic 1]
Item | Descrição | Valor |
A | Preço estimado de venda | R$ 100,00 |
B | Estoque (valor contábil) | R$ 50,00 |
C | Custo para disponibilizar estoque para venda | R$ 80,00 |
No exemplo em questão, a empresa precisaria reconhecer R$ 30,00 de redução ao valor recuperável do estoque. Este valor é o resultado líquido de A – (B+C), conforme descrição da tabela acima.
Da Possibilidade de Reversão
A norma prevê que, a cada publicação, a companhia deve reavaliar seus itens de estoque. Imagine, por exemplo, que em publicação posterior, a empresa se depare com o quadro abaixo para o mesmo item.
Item | Descrição | Valor |
A | Preço estimado de venda | R$ 120,00 |
B | Estoque (valor contábil) | R$ 20,00 |
C | Custo para disponibilizar estoque para venda | R$ 80,00 |
Cabe destacar, que a composição do valor de B, decorrente do ajuste feito na publicação anterior, e assumindo que não houve movimentações nessa conta específica do estoque, é como segue:
Item | Descrição | Valor |
B | Valor contábil do estoque | R$ 50,00 |
B | Ajuste por redução ao valor recuperável | (R$ 30,00) |
Neste caso, o valor líquido de realização do estoque está R$ 20,00 acima do que está registrado no ativo. Assim, a empresa deve reconhecer uma reversão no resultado gerando, em contrapartida, um débito no ativo.
Do Limite de Reversão
É importante destacar que há um limite para a reversão de perda. No Brasil, com a convergência para as normas internacionais, não há mais possibilidade de ajustarmos (para cima) o valor do ativo.
Foi levantada anteriormente a necessidade de, no caso de redução do estoque por perda ao valor recuperável, do lançamento contábil item a item. O lançamento desta forma se faz necessário para poder apurar, em caso de reversão, o limite superior para lançamento da reversão.
Imagine, por exemplo, que a mesma empresa que lançou os R$ 30,00 de perda por redução ao valor recuperável se deparasse com a seguinte análise no ano seguinte.[pic 2]
Item | Descrição | Valor |
A | Preço estimado de venda | R$ 200,00 |
B | Estoque (valor contábil) | R$ 20,00 |
C | Custo para disponibilizar estoque para venda | R$ 80,00 |
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