Resenha de seminário
Por: Luiz Paulo Sousa • 30/8/2016 • Resenha • 556 Palavras (3 Páginas) • 1.786 Visualizações
Aluno: Luiz Paulo Pereira de Sousa Matrícula: 2014100557
Resenha do artigo “Governança em ONGs: um ensaio teórico”, exposto na Revista do Centro Interdisciplinar de Desenvolvimento e Gestão Social - CIAGS & Rede de Pesquisadores em Gestão Social – RGS.
No artigo Governança em ONGs: um ensaio teórico, feito por Ivan Barreto de Lima Rocha (UFPE) e Marcos Gilson Gomes Feitosa (UFPE), trata de um assunto muito interessante que é a aplicação de termos da Governança Corporativa em entidades sem fins lucrativos (ONGs).
As empresas com fins lucrativos visam a excelência, de forma a conseguir a maior margem de lucro. Sendo assim, essas empresas e organizações que visam o lucro criaram, ao longo do tempo, maneiras e praticas, bem como termos, a fim de facilitar e/ou simplificar processos.
Torna-se natural que as organizações sem fins lucrativos, então, tomem para si, ou seja, englobem tais praticas, a fim de também ter excelência em seus processos mas não buscando o lucro, e sim buscando atingir os objetivos com uma forma correta de aplicar os investimentos, doações, entre outros, dos interessados.
O termo em si, “Governança Corporativa”, trás certa discussão no sentido da finalidade para que é usado. Mas depois de estudos e pesquisas foi averiguado por diversos estudiosos do assunto, como Kester e Nietzsche, que não há mal algum que as organizações sem fins lucrativos utilizem termos e praticas dessa Governança pois é mais do que natural essas organizações buscarem excelência pois mesmo não tendo como objetivo a lucratividade, ela também visa atingir objetivos em prol dos beneficiários.
Assim como citou CARLEZZO e foi exposto no artigo, Embora se tratem de pessoas jurídicas de natureza privada, os interesses das ONGs transcendem os limites dos seus muros, e, por isso, carecem de utilizar boas práticas de governança.
Contudo, mesmo com o crescimento desse tipo de organização pelo mundo existem poucos estudos sobre a Governança nessas ONGs. Portanto, é necessário que se discuta a complexa relação entre as pessoas que se juntam em associação ou as razões que levam uma pessoa física ou jurídica a constituir uma fundação, definindo a sua forma de governança, considerando que essas entidades possuem legalmente um sistema de gestão por processos decisórios de caráter coletivo.
Em outro âmbito, existem críticas que se fazem a respeito de usar nomenclaturas e praticas de mercado em organizações sem fins lucrativos, uma delas seria nas empresas com finalidade lucrativa, tudo girar em torno do capital e do lucro, enquanto que nas organizações da sociedade civil, em tese, as organizações não buscam o lucro financeiro. Com objetivos tão distintos, seria um equívoco comparar e adaptar práticas, importar nomenclaturas e métodos.
Contudo, não é verdade que as organizações comunitárias, ONGs, não tenham finalidade lucrativa. A questão, apenas, é que o lucro que buscam não é de natureza financeira, mas sim, social, cultural etc..
Não se desconhecem os riscos inerentes ao uso dessas práticas e nomenclaturas. É que, ao importar alguns construtos de mercado, as ONGs correm o risco de ser influenciadas com a cosmovisão do mercado, e isso tem o poder (negativo) de influenciar os valores da organização.
Sendo assim, é melhor insistir em pesquisas e praticas de governança corporativa em clubes, organizações comunitárias, ONGs, etc., pois ainda que essas praticas estejam ligadas fortemente ao mercado, as causas nobres dessas organizações, independente da sua visão sobre o lucro, merecem contar com instrumentos que garantam a correta aplicação dos recursos.
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