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TCC PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

Por:   •  28/11/2021  •  Trabalho acadêmico  •  4.968 Palavras (20 Páginas)  •  234 Visualizações

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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA – SOCIESC

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNISOCIESC

SEBASTIÃO BETTA

PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE RELATÓRIOS CONTÁBEIS E FINANCEIROS

JOINVILLE

2015/1

2. IMPORTÂNCIA DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

        

        As informações contábeis estão se tornando cada vez mais importantes, “a informação é um recurso imprescindível para as empresas, podendo verdadeiramente representar uma vantagem competitiva para determinadas organizações” (McGEE e PRUSAK, 1994; BEUREN, 2000 apud STROEHER; FREITAS, 2008), Estas informações são geradas para vários usuários, estes são classificados como externos e internos. Segundo Padoveze (2000, apud SILVA, 2009, p, 15), “No grupo dos usuários externos encontram-se o governo, investidores, fornecedores, acionistas, cliente, sindicatos, organizações não governamentais, sociedade, mercado financeiro entre outros. No grupo dos usuários internos, encontram-se empregados e gestores. ”

Conforme Iudícibus e Marion (2006, p, 54), “Esses relatórios devem atender às necessidades: dos usuários externos (bancos, eventuais investidores etc.) e dos usuários internos à entidade (administradores, funcionários etc.). ”

          Depois da estabilidade econômica criada no Brasil pelo plano real em 1994, as Micros e Pequenas Empresas (MPE’s), estão tomando um lugar de destaque na economia do país, e para manter a continuidade de suas operações a contabilidade tem sua parcela de contribuição. (STROEHER; FREITAS, 2008)

        De acordo com Salati (2014):

[...] “mortalidade das micro e pequenas empresas vem caindo nos últimos anos. Isso tem acontecido porque os empreendedores brasileiros estão elaborando melhorar os seus planos de negócios", diz o professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), José Eduardo Amato Balian.” [...] O professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), Célio Placer, concorda com a análise de Balian e afirma que, atualmente, as pessoas estão tendo maior acesso à informação.

        Está se tornando cada vez mais difícil ignorar que as informações contábeis são imprescindíveis para sobrevivência das MPE’s. No atual contexto empresarial, a informação e uma ferramenta importante para as MPE’s, possibilitando-as uma vantagem competitiva.

MPE’s têm grande importância no desenvolvimento do Brasil com participação na distribuição de renda, sendo um setor gerador de empregos em todos os segmentos da economia. Sendo assim, o gestor necessita de toda informação possível para realizar uma boa gestão e conseguir manter a continuidade de suas operações. (STROEHER; FREITAS, 2008) 

        Segundo Mcgee e Prusak (1994, apud SILVA; MARION, 2013, p.14) “numa economia de informação, a concorrência entre as organizações baseia-se em sua capacidade de adquirir, tratar, interpretar e utilizar a informação de forma eficaz”.  

        Portanto, as informações recebidas pelos administradores são de grande importância para tomada de decisão.

De acordo com Silva e Marion (2013, p. 14):

A informação contábil integrada como informação estratégica fundamental no processo de definição é o cerne da análise financeira, que é um aspecto do processo de avaliação das alternativas estratégicas. Ações táticas especificas são elaboradas para dar apoio à estratégia global, sendo que a analise financeira, baseada nas informações contábeis, figura-se com um dos elementos-chave para decidir que ações táticas serão mais eficazes para conduzir a empresa a alcançar suas metas.

        Os administradores devem entender a importância da contabilidade, não somente tela como um calculador de impostos a pagar, onde a contabilidade é um mal necessário, onde somente serve para cumprir as obrigações fiscais e declarações impostas pelo governo. (STROEHER; FREITAS, 2008)

        Perante isso, Henrique (2013, p. 14) afirma:

 

Os pequenos empresários, frequentemente, não dão o devido valor à contabilidade como instrumento de apoio, mas devido ao excesso de burocracia e obrigações acessórias que suas empresas têm de cumprir, vêem o contador como a pessoa que cuida de tudo isso, mas não como um suporte à administração.

A informação contábil deve ser considerada útil quando pode ser usada para melhorar futuras decisões, e acontecimentos passados onde posso possibilitar ações de melhorias futuras.

        Segundo IUDÍCIBUS (1987, apud PADOVEZE, 2010, p. 58):

Neste particular considere-se que o modelo decisório do administrador leva em conta cursos de ação futuros; informes sobre situações passadas ou presentes somente serão insumos de valor para o modelo decisório à medida que o passado e o presente sejam estimadores válidos daquilo que poderá acontecer no futuro, em situações comparáveis às já ocorridas.

        A contabilidade é um instrumento de apoio à gestão, traduzindo a realidade integral do negócio, para seu controle e para a preparação correta dos impostos. Só assim o empresário poderá, em tempo útil, fazer um correto planejamento estratégico do seu negócio. O profissional contábil sugere para os gestores que toda empresa para ter um bom funcionamento, é preciso que seja dotada de um bom sistema de informações que se relacione bem com os ambientes internos e externos para haver um equilíbrio em seus subsistemas operacionais. A utilização das informações fornecidas pela contabilidade faz as decisões gerenciais serem de extrema importância para a sobrevivência da própria empresa. (PADOVEZE, 2010)

Desta Forma Iudícibus e Marion (2006, p. 53) comentam:

O Objetivo da Contabilidade pode ser estabelecido como sendo o de fornecer informação estruturada de natureza econômica, financeira e, subsidiariamente, física, de produtividade e social, aos usuários internos e externos à entidade objeto da contabilidade.

De acordo com Padoveze (2010), a informação é um bem precioso para empresa, portanto, tem um custo para adquiri-lo, diante disso, fica claro que a informação contábil precisa ser “desejável e útil para as pessoas responsáveis pela administração da entidade”. O fundamento para o custo da informação deve seguir o princípio básico, de que o custo não pode ultrapassar o beneficio, deve ser analisada a relação custo-benefício, o custo não pode ultrapassar o retorno esperado, desta forma, os administradores sempre buscam conseguir essa informação a um preço adequado as suas necessidades.

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