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AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO

Por:   •  7/5/2015  •  Dissertação  •  1.435 Palavras (6 Páginas)  •  243 Visualizações

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CIVEL DA COMARCA DE SALVADOR/BAHIA.

                 FREDERICO SOBRENOME, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº, inscrito no CPF sob nº, residente e domiciliado na Rua nº, bairro, cidade/Estado, CEP:, vem, por seus advogados abaixo assinados, com escritório na Rua nº, bairro, cidade/Estado, CEP:, para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações, perante Vossa Excelência, através do rito xxxxxxxx, propor a presente

AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO

                                                                                                         em face de GEOVANA SOBRENOME,  nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG nº, inscrito no CPF nº , residente e domiciliada na Rua nº, bairro, Salvador/Bahia, CEP, pelos fatos e fundamentos que serão expostos a seguir:

DA GRATUIDADE

                 Inicialmente, afirma nos termos da Lei nº 1.060/50 com as alterações da Lei 7.510/86, ser pessoa juridicamente pobre, sem condição de arcar com as custas judiciais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento ou de sua família, motivo pelo qual faz jus a gratuidade de justiça e à assistência gratuita integral.

DOS FATOS

                    O Autor, em janeiro de 2014 foi surpreendido com uma ligação exigindo o pagamento de R$300.000,00 (trezentos mil reais) pelo resgate de sua filha, Julia, que havia sido sequestrada. Os seqüestradores lhe enviaram um pedaço da orelha de sua filha e um bilhete afirmando que caso ele não pagasse o resgate sua filha seria morta.

                              Em uma atitude desesperada e somente tendo arrecadado apenas R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil reais), vendeu seu único imóvel situado em Fortaleza, Ceará, pelo valor de R$ 80.000,00 (oitenta e mil reais) para a Ré.

No entanto, o imóvel em questão trata-se de uma casa de 04 (quatro) quartos, com piscina, sauna, duas salas, cozinha, dependência de empregada, em condomínio fechado, tendo como valor venal, a importância de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais).                                                                                                                        

                              O pagamento foi efetuado no ato da celebração do contrato e a Ré desde o início ficou ciente do momento delicado que seu primo estava passando e de sua necessidade em arrecadar o valor exigido como resgate.

                              Após a celebração do contrato e antes do pagamento do resgate, a filha de Frederico foi encontrada pela policia com vida. Diante desta situação, o Autor entrou em contato com Ré desejando desfazer o negócio celebrado, contudo não logrou êxito.

FUNDAMENTOS

                             O Direito do Autor encontra amparo na legislação vigente uma vez que apresenta vícios na celebração do negócio jurídico.

É notável que o negócio jurídico realizado tenha total ligação com o sequestro e a quantia exigida para o resgate. Caso não houvesse esse fatídico acontecimento o autor não se submeteria a tal negócio.

                    O erro substancial da vontade do autor comprova o vício existente, pois a manifestação de vontade do agente foi totalmente contaminada pelo estado de perigo o qual se encontrava.

                              Caracteriza-se como Estado de Perigo quando uma Pessoa adota conduta, que conscientemente não adotaria, em virtude da necessidade imposta por grave risco a ela própria ou a alguém de sua família. Uma vez alegado e provado o estado de perigo, pode-se obter a anulação do acordo ou um ajuste proporcional compatível ao fato.

                     Fica ainda ressalvado que a Ré não agiu de boa fé ao realizar o negócio jurídico visto que estava ciente da situação singular que o Autor estava passando.

                               Está positivado no Código Civil:

Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

                             Consoante dispõe os artigos 138, 171e 178, II do Código Civil a respeito da anulação do Negócio Jurídico realizado:

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