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A ANÁLISE: A POLÍTICA COMO VOCAÇÃO

Por:   •  10/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.174 Palavras (5 Páginas)  •  127 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

DIREITO

MARINA BARROS ROCHA SILVA

ANÁLISE:

A POLÍTICA COMO VOCAÇÃO

MACEIÓ – AL

2019

MARINA BARROS ROCHA SILVA

ANÁLISE:

A POLÍTICA COMO VOCAÇÃO

Trabalho apresentado ao curso de Direito, sob orientação do prof. Me. Sérgio Coutinho dos

Santos, como um dos pré-requisitos para avaliação

da disciplina de Ciência Política.

MACEIÓ – AL

2019

1 INTRODUÇÃO

O vídeo retrata uma comparação moderna entre o livro “Política como vocação”

de Max Weber com o cenário político atual. Fernando Henrique Cardoso dá voz a este

paralelo entre as ideias escritas por Weber e a face da conjuntura da política global capitalista.

FHC ainda se vale de outros autores, como Durkheim e Karl Marx, e livros para encorpar a

analogia da visão caleidoscópica das interações sociais e do processo político de uma

sociedade.

A palestra ministrada por FHC discute sobres os tópicos de fatos e organizações

sociais, e como isso se dá pelas classe sociais, imputações causais e a alteridade entre

dominação e poder. A relação dos príncipes, da barganha entre políticos e o homem político é

posta em pauta juntamente da concepção de ética de convicção e ética de responsabilidade e

do modo como elas estão correlacionadas, as numerosas opções de escolha e as

responsabilidades que elas carregam são analisadas por Fernando e comparada com outros

autores além de Weber.

2 ANÁLISE

Fernando Henrique Cardoso começou relatando sobre a conceituação que

Durkheim traz sobre fato social e como isso implica na organização da sociedade.

Comparando essa sociologia empírica a de orientação marxista, já que a primeira enxergava a

sociedade pelo ângulo da subjetividade do sujeito, enquanto a segunda fundamentou suas

ideias através da objetividade das organizações do sujeito. Estudando as classes sociais e as

estruturas das relações de trabalho, Marx trouxe uma nova visão à sociologia.

Weber surgiu com uma nova preocupação dessas relações sociais, atentando-se à

motivação que impulsiona as pessoas nas suas ações, quais valores elas têm e como se dá as

relações interpessoais. Desenvolvendo um estudo sobre o que ele conceituou como típicos

ideais e de como essas ideias representavam uma forma mais adequada de compreender o

fenômeno social. Além de salientar as imputações causais, ou seja, sobre as causas dos

fenômenos, fazendo uso da sociologia comparada.

FHC também citou outros trabalhos de Weber como “A ética protestante e o

espirito do capitalismo”, onde ele também expressava essa preocupação em analisar as ações

sociais reconhecendo a importância da motivação para a realização da ação, isto é,

valorizando o seu objetivo final. Apresentando um visão enriquecedora quanto a compreensão

da organização e formação da sociedade, afastando-se de uma ideia mecânica que Marx trazia

em suas concepções.

Outros conceitos de Weber, que são ditos no vídeo de forma clara, são de domínio

e poder. Fazendo uma breve distinção cujo primeiro apresenta-se como a aceitação da

legitimidade de quem emite uma ordem e o segundo implica numa ação com coerção e

violência. Paralelamente a isso apresenta-se a ideia moderna da sociedade capitalista da lei, do

que pode e o que não pode, e de como houve a perda de poderes do príncipe através da

formação de partidos, esta imagem é descrita no livro “Política como vocação”. Segundo

Maquiavel em seu livro “O príncipe” (1515) o poder do príncipe ficaria em risco ao ter uma

relação não controlada com o povo.

O pensamento de Weber de que era natural a negociação implícita entre os

partidos e seus representantes e àqueles que detinham voto em busca de algum interesse

lucrativo apresenta-se ainda hoje como uma barganha política atual. Onde essa relação de

poder implica em alguma vantagem, mesmo quando esses vínculos são permeados por alguma

violência implícita – pois esta seria a base do poder de acordo com Weber.

Outro aspecto que conversa com a contemporaneidade é de que o Estado exerce o

monopólio legitimo da violência, visto hoje como a força policial e o poder judicial. No qual

Weber descreve esta situação com o uso da palavra assepsia, caracterizando-a nem como boa,

nem como má, apenas como uma circunstância de que atende aos interesses de quem está no

poder; tal qual, Weber retrata no livro discutido na palestra (1919), a ideia de que os

indivíduos anseia uma participação no poder político e no modo como ele influencia as

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