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A ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA

Por:   •  29/4/2019  •  Resenha  •  1.964 Palavras (8 Páginas)  •  545 Visualizações

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DIFTERIA

Adriele Galvão de Almeida[1]

Alana Karoline Garreto Rodrigues¹

Ingreane Sinara dos Santos Aguiar¹

Liriane Rodrigues da Fonseca¹

Thiago Lira dos Santos¹

Michela Albuquerque de Almeida¹

Walstaly Martins Souza¹

RESUMO

Realizou-se uma pesquisa bibliográfica a fim de apresentar as causas, os sintomas e os tratamentos da doença Difteria, que é uma doença infecciosa causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae. O reservatório principal é o próprio doente ou o portador e a transmissão ocorre pelo contato direto de pessoa doente ou portadora por meio de gotículas de secreção respiratória. O paciente pode ser diagnosticado com difteria quando apresentar placas com infecção aguda nas amigdalas, traqueia ou laringe, além de febre, miocardite ou até paralisia de nervos periféricos. Verificou -se que a doença pode atingir qualquer pessoa não imunizada e o tratamento específico para a difteria é o soro antidiftérico. Dessa forma, a difteria é uma doença potencialmente grave e necessita de cuidados médicos imediato.

INTRODUÇÃO

        “A Difteria é uma doença infecciosa causada pelo Corynebacterium diphtheriae, caracterizada por quadro agudo grave e toxêmico. Há formação de lesões na porta de entrada e invasão do organismo por uma toxina.” (SAKAE et al., pag. 552, 2010). As bactérias que causam essa doença estão em geral disseminadas em gotas de saliva expelidas no ar quando se tosse, por exemplo. De modo geral, as bactérias se multiplicam próximo à superfície das membranas mucosas da boca e da garganta, surgindo as inflamações.

        O objetivo deste trabalho é apresentar a doença, identificando as causas e as formas de transmissão, especificando os sintomas e destacando os tratamentos. Para isso, este estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa bibliográfica do tipo revisão bibliográficas em bancos de dados online a fim de esclarecer o tema.

O QUE É DIFTERIA?

A difteria é uma doença que começa com dor de garganta e febre, seguidas de insdisposição e edema no pescoço. O organismo responsável pela infecção é o Corynebacterium Diphtheriae, um bastonete gram-positivo não formador de poros. Sua morfologia é pleomórfica. (TORTORA; FUNKE; CASE, 2005).

Há formação de lesões na porta de entrada e invasão do organismo por uma toxina, esta é produzida no foco da infecção e através da corrente sanguínea e linfática atinge órgãos e sistemas à distância, principalmente o miocárdio, sistema nervoso central, suprarrenais, fígado e rins. (VERONESI, 2005).

A principal característica da difteria é uma membrana resistente e cinzenta que se forma na garganta, em resposta à infecção causada pela bactéria Corynebacterium Diphtheriae. Ela contém fibrina, tecidos mortos e células bacterianas e pode bloquear totalmente a passagem de ar para os pulmões do infectado. (TORTORA; FUNKE; CASE, 2005).

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

A doença se inicia com sintomas inespecíficos, como febre baixa, anorexia e mal-estar, em seguida, ocorre formação das pseudomembranas aderentes, que se caracterizam por coloração branco-acinzentada com um halo de palidez ao seu redor, e um aspecto consistente e homogêneo. O odor fétido é característico, relacionado à necrose, a doença típica manifesta-se por comprometimento acentuado do estado geral do paciente, que se mostra prostrado e pálido, a queixa de dor de garganta pode ser discreta, independentemente da localização ou quantidade de placas existentes.

        O Guia de Vigilância em Saúde (2017), define que a doença se manifesta clinicamente por comprometimento do estado geral do paciente, que pode se apresentar prostrado e pálido, assim a dor de garganta é discreta, independentemente da localização ou quantidade de placas existentes, e a febre normalmente não é muito elevada, variando de 37,5 a 38,5°C, embora temperaturas mais altas não afastem o diagnóstico.

O quadro clínico produzido pelo bacilo não toxigênico também determina a formação de placas características, embora não se observem sinais de toxemia ou a ocorrência de complicações, no entanto, as infecções causadas pelos bacilos não toxigênicos têm importância epidemiológica por disseminarem o Corynebacterium Diphtheriae.

        O diagnóstico laboratorial por identificação bacteriana é difícil, requerendo vários meios seletivos e diferenciais. A identificação é complicada pela necessidade de distinguir entre os isolados formadores de toxina e as linhagens que não são toxigênicas; ambos podem ser encontrados no mesmo paciente. (TORTORA; FUNKE; CASE, pag. 679, 2012).

        Segundo o Guia de Vigilância em Saúde (2017), há vários diagnósticos da Difteria, entre eles temos:

  • Faringoamigdaliana ou faringotonsilar (angina diftérica) − é a mais comum entre todas. Nas primeiras horas da doença, observa-se discreto aumento de volume das amígdalas, além da hiperemia de toda a faringe. Em seguida, ocorre a formação das pseudomembranas características, aderentes e invasivas, constituídas por placas esbranquiçadas ou amarelo-acinzentadas, eventualmente de cor cinzento-escura ou negra, que se tornam espessas e com bordas bem definidas.
  • Difteria hipertóxica (difteria maligna) - denominação dada aos casos graves, intensamente tóxicos, que, desde o início, apresentam importante comprometimento do estado geral. Observa-se a presença de placas de aspecto necrótico, que ultrapassam os limites das amígdalas, comprometendo as estruturas vizinhas. Há um aumento importante do volume dos gânglios da cadeia cervical e edema periganglionar, pouco doloroso à palpação, caracterizando o pescoço taurino.
  • Nasal (rinite diftérica) - é mais frequente em lactentes, sendo, na maioria das vezes, concomitante à angina diftérica. Desde o início observa-se secreção nasal serossanguinolenta, geralmente unilateral, podendo ser bilateral, que provoca lesões nas bordas do nariz e no lábio superior.
  • Laríngea (laringite diftérica) - na maioria dos casos, a doença se inicia na região da orofaringe, progredindo até a laringe. Os sintomas iniciais, além dos que são vistos na faringe diftérica, são: tosse, rouquidão, disfonia e dificuldade respiratória progressiva, podendo evoluir para insuficiência respiratória aguda.
  • Cutânea − apresenta-se sob a forma de úlcera arredondada, com exsudato fibrinopurulento e bordas bem demarcadas que, embora profunda, não alcança o tecido celular subcutâneo. Devido à pouca absorção da toxina pela pele, a lesão ulcerada de difteria pode se tornar subaguda ou crônica e raramente é acompanhada de repercussões cutâneas.

TRANSMISSÃO

O organismo Corynebacterium Diphtheriae se adaptou a população imunizada em geral, assim a bactéria pode ser encontrada em muitos portadores, e passa a ser transmitida pelo ar via gotículas de saliva. A doença ocorre principalmente em grupos que não foram imunizados. Antigamente, a difteria se disseminava principalmente em portadores saudáveis por meio de gotículas, porém já foram relatados casos respiratórios pelo contato com a difteria cutânea. (TORTORA; FUNKE; CASE, 2012).

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