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A Clínica Escola De Psicologia

Por:   •  2/6/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.662 Palavras (7 Páginas)  •  90 Visualizações

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[pic 1]                                                                  CLÍNICA ESCOLA DE PSICOLOGIA
                                                                 

                                                                   

PRONTUÁRIO – Nº:  4496

  1. IDENTIFICAÇÃO:

Nome: Samuel Sheremann Pedrosa       Sexo: Masculino

RG: 3803310-0       Data de nascimento: 24/10/2002

Nome do pai: Cicero Emanuel de Araujo

Nome da mãe: Tarlane Valessa Pedroza Rocha

Escolaridade: Superior Incompleto       Profissão: Estagiário

Endereço: Rua Ângelo Martins, Ponta da Terra, 394      Cidade: Maceió-AL

Email: samuelsheremann6@gmail.com       Número: (82) 98848-5847      

Número para caso de emergência: (82) 8817-1998

  1. QUEIXA PRINCIPAL: 

Dificuldade em relacionamentos.

  1. HISTÓRIA ATUAL:

O paciente demonstra grande dificuldade em se expressar, possuindo poucas mudanças de expressão durante as sessões e relata constantemente que se sente fraco ao demonstrar o que sente. Tem uma postura retraída e costuma falar muito pouco durante a sessão.

Sua história atual é marcada por situações onde o mesmo relata não sentir nada além de um vazio. Em situações amorosas, compara a situação atual com a se uma ex namorada da qual, para o mesmo, foi a última vez em que se sentiu afetado por algo e o que o motivou a buscar terapia.

O mesmo é funcional, trabalhando como estagiário por um período e estudando no outro, relata por várias vezes que se sente cansado em sua rotina e que não gosta de seu emprego.

Também atua como tatuador, geralmente aos fins de semana. Possui amizades e, apesar de se considerar com problemas de interação social, consegue mantê-las.

Seus problemas de interação social foi um dos motivos para a busca da clínica. O mesmo se mostra ansioso diante de muitas pessoas e prefere situações onde ele mesmo possa “se esconder”; como por exemplo em uma apresentação de trabalho na faculdade, prefere ser quem faz a parte escrita do que a falada, diz se sentir mais confiante.

Sua questão de exposição social piorou desde o término, mas hoje não o impede de interagir como diz impedir antigamente.

Quando perguntado sobre o que o motiva a estar na terapia, o mesmo responde que a buscou em uma época onde estava em um quadro depressivo, devido ao término e que, ao longo do tempo, a questão social, assim como o que ele chama de “pensamentos disfuncionais” (pensamentos constantes em que o mesmo acredita ser incapaz de algo) foi a mais problemática, mas que hoje não sabe mais o porquê de estar em processo.

Ao se relacionar amorosamente, atualmente, se coloca em relacionamentos complicados e fadados ao desgaste, como o mesmo consegue perceber. O mesmo diz que não se importa com isso e costuma criar comparações com a vivência com a ex namorada, onde o sofrimento para ele foi tão grande que agora “não vai ter como ser pior”. Dessa forma, falas como “nada me afeta” ou comparações com a época em que se relacionava com a ex namorada, são frequentes em praticamente todas as sessões.

  1. HISTÓRIA PREGRESSA:

O paciente relata ter começado a buscar terapia por vontade de sua mãe, que sentiu que o mesmo precisava; apenas após alguns meses de atendimento o mesmo veio a dizer que foi devido a mãe ter encontrado o mesmo diante de uma tentativa de suicídio.

A tentativa de suicídio ocorreu alguns dias após o termino com a ex namorada, onde o mesmo amarrou uma corda em seu pescoço e pulou, mas a corda não sustentou e a mãe acabou por ver as marcas em seu pescoço.

O motivo de seu sofrimento, segundo o mesmo, começou diante desse término de relacionamento, do qual o mesmo ainda tem que ver a pessoa devido ao fato de que ambos são da mesma turma de graduação. Seu relacionamento era conturbado, sendo a moça uma pessoa instável e com atitudes ruins, segundo o mesmo.

O paciente se coloca constantemente como omisso diante das atitudes da ex, deixando a mesma “fazer o que bem quisesse” e se anulando em diversas situações. Reconhece ser esse um padrão que aprendeu a utilizar como forma de sobrevivência ao ambiente familiar em que foi inserido e também diz reconhecer a sua questão primitiva à repetição.

É relatado um constante sentimento de abandono, repetido várias vezes em situações vividas no passado, assim como atualmente.

Também é relatada a sensação de que não é capaz e, diante de situações de reprovação dos outros, aparenta se sentir muito abalado, mesmo não expondo essa importância.

  1. HISTÓRIA FAMILIAR: 

Filho de pais separados, o paciente foi criado pela avó materna durante a infância, até os 12 anos de idade. Aos 12, passou a morar com a sua mãe, que mesmo durante a infância o visitava com frequência. O pai o visitava às vezes e o mesmo diz que preferia o pai do que a mãe, pois o mesmo o levava para passear enquanto que a mãe possuía um comportamento instável.

O paciente, ao passar a morar com a mãe, foi impedido de ver o pai. Na época o mesmo não entendia os motivos e diz que se sentia muito magoado com ela, apesar de não demonstrar. Posteriormente foi entender que o pai era usuário de drogas e a mãe tomou a decisão diante da situação em que se encontrava.

Quando passou a morar com a mãe, não queria. Diz que preferia o convívio com a avó pois a avó era mais “doce”. Ao falar da mãe, diz que a mesma nunca fui afetuosa, mas que demonstrava e demonstra afeto de outras formas que não sejam físicas. O paciente diz que a mãe é “uma pessoa boa com atitudes ruins”, frase repetida da mesma forma ao descrever sua ex namorada e outra moça da qual o mesmo veio a se relacionar.

Seus padrões de relacionamento amoroso revelam uma forte tendência à repetição, sendo a relação mãe-filho de fundamental necessidade de investigação.

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