Escolas Psicologia Analitica

Escolas pós-junguinas e neo-junguianos.

Bruna Romagnani Orasmo

A escola clássica é uma escola que segue os preceitos tradicionais do Jung, valoriza a ideia de totalidade, self e processo de inviduação, com foco no eu e busca do si-mesmo. Seus fundadores são Jung, Von Franz e Edinger.

Há duas escolas pós junguianas voltadas para o processo de desenvolvimento, sendo conhecidas como desenvolvimentistas. Ambas são semelhantes á escola de Londres, focam seu trabalho na compreensão do desenvolvimento de crianças e adolescentes, na transferência e contra-transferência. Há diferenças entre essas escolas, a primeira líderada por Fordham tem influências da psicanálise, na relação de objeto e compreende o Self como arquétipo básico para o processo de desenvolvimento da psique. A segunda escola é líderada pelo Eric Newmann, que  conceituou os ciclos de desenvolvimeno da personalidade pelo agrupamento arquetípico. Newmann utiliza a mitologia para compreender o desenvolvimento da criança, entende que as fases do desenvolvimento tento do ego e da humanidade são representadas através dos mitos,  interliga a relação criança-mãe com o matriarcado e patriarcado. Contribuíu com conceitos como Eixo ego-self, Uroboros, Relação primal, Ciclo matriarcal e Ciclo patriarcal.

A escola arquetípica foca na questão dos arquétipos, na relação com as imagens em que toda e qualquer imagem são arquetípicas, seu lema é ater-se a imagem, não criar associações mas sim aderir, descrever, compreender através de metáforas. Essa escola tem maior enfase na fenomenologia. Utiliza conceitos como de alma, daimon... Há um resgate do neoplatonismo e anima mundi. Seus fundadores são James Hillman, Raphael Lopes-Pedraza e Patrcia Berry.

Os neo-junguianos conectam o trabalho teórico e clínico, é  uma prática internacionalizada, transdisciplinar e pluralista, ou seja, procura incluir e somar as separações feitas até então, se baseiam no trabalho de Jung e dos pós-junguianos, como também no trabalho de outras escolas, tradições e abordagens. Compreende que o indivíduo nasce em um conjunto de contextos sociais e psicológicos, em que um implica na compreensão do outro. Essa prática auxilia na diversa compreensão técnica e teórica das perspectivas metodológicas de investigação, elevando e possibilitando diversas a compreensões dos fenomenos psicológicos.

REFERÊNCIAS

SAMUELS, Andrew. Jung e os pós-junguianos. Rio de Janeiro: Imago, 1989.

SAMUELS, Andrew. Sobreviverão os Pós-Junguianos? Disponível em:

http://www.rubedo.psc.br/Artigos/sobrevi.html. Acesso em: 11 set. 2022, 15 p.

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