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A ECONOMIA BRASILEIRA

Por:   •  3/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.029 Palavras (13 Páginas)  •  226 Visualizações

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO – CAMPUS BRAGANÇA PAULISTA

CURSO DE DIREITO

ECONOMIA

A ECONOMIA BRASILEIRA

Prof: Mauro Conti

Aluno: Eliézer Claiton Bueno – RA 001200300949

Aluno: Celso Frateschi Soutello - RA 001200300967

Aluno: Carlos Richter – RA

Aluno: Carlos – RA

Aluno: Duda – RA

Paulínia – SP

31/10/2003

SUMÁRIO

1.0 – INTRODUÇÃO.........................................................................

2.0 – O PLANO REAL...............................................................................

3.0 – CRESCIMENTO ECONÔMICO..........................................................

4.0 – EVOLUÇÃO RECENTE DO EMPREGO...........................................

5.0 – A RETOMADA DO CRESIMENTO ECONÔMICO.......................

6.0 – A RECUPERAÇÃO DO INVESTIMENTO...................................

7.0 – CONCLUSÃO .................................................................................

8.0 – BIBLIOGRAFIA ...........................................................................................

1. Introdução

Após mais de uma década de crescimento modesto, inflação elevada e taxa de investimento declinante, a economia brasileira iniciou, em 1993, um novo ciclo de crescimento, associado com a gradativa recuperação da taxa de investimento. Essa tendência foi reforçada, a partir de 1994, pelo sucesso do Plano Real na estabilização da inflação. Entre 1993 e 1997, o PIB cresceu à taxa média anual de 4,2%, contra 1,4% entre 1981 e 1992. A taxa de investimento (a preços constantes de 1980) aumentou de 14,4% do PIB em 1993 para 16,1% entre 1994 e 1996 e 18% em 1997. Já a inflação caiu de um nível superior a 40% a.m. em junho de 1994 para praticamente zero nos últimos meses de 1998. Infelizmente, os efeitos das crises financeiras internacionais de 1997 e 1998 interromperam, temporariamente, as tendências de crescimento do PIB e de aumento do investimento. Em 1998, o crescimento econômico foi nulo e, em 1999, é provável que a atividade econômica permaneça estagnada. Em 1998, a taxa de investimento caiu pela primeira vez desde 1993. É possível que a combinação de desvalorização real do câmbio com estagnação do nível de atividade produza nova queda do investimento em 1999. Por outro lado, a crise também foi acompanhada por aspectos positivos. Como a política monetária não acomodou os efeitos da desvalorização cambial nos preços, a inflação permanecerá baixa. Medidas voltadas para o equilíbrio das contas públicas foram rapidamente aprovadas pelo Congresso, e superávits primários significativos provavelmente serão obtidos nos próximos anos. No setor externo, a desvalorização cambial será seguida por superávits comerciais. Déficits em conta corrente menores serão financiados em grande parte pelo ingresso de investimentos diretos, ao mesmo tempo em que o governo e o setor privado já voltaram a captar nos mercados financeiros internacionais.Finalmente, o novo regime cambial e o simultâneo avanço do ajuste fiscal permitirão uma redução substancial da taxa de juros real, o que terá impactos positivos no investimento, no crescimento econômico, no emprego e nas finanças públicas, reforçando o círculo virtuoso de estabilidade dos preços e crescimento econômico sustentado. O objetivo deste artigo é apresentar uma visão panorâmica da situação atual da economia brasileira, com foco nas perspectivas de retomada do crescimento econômico sustentado após as recentes mudanças nos regimes cambial, monetário e fiscal. A Seção 2 descreve o período 1981/92, caracterizado por instabilidade macroeconômica e baixo crescimento. Na Seção 3, a busca da estabilidade macroeconômica é enfatizada. O Plano Real é apresentado como a tentativa mais bem-sucedida, até o momento, de estabilizar a inflação e lançar as bases para a retomada do crescimento sustentado da economia brasileira. A importância da âncora cambial para o sucesso da desinflação, os efeitos iniciais da transição para o regime de câmbio flutuante e os impactos do Plano Real no crescimento econômico e no emprego são discutidos nesta Seção. A Seção 4 é uma tentativa de apresentar e discutir sucintamente, da perspectiva de junho de 1999, os principais requisitos para a retomada do crescimento econômico sustentado no Brasil. A Seção 5 reúne as principais conclusões.

2.0. O Plano Real

O Plano Real foi um programa de estabilização pré-anunciado em dezembro de 1993 e implementado em três etapas seqüenciais: a) o ajuste fiscal de emergência; b) a eliminação da inércia inflacionária, através da conversão de preços e salários a uma unidade de conta estável, a Unidade Real de Valor (URV); e c) a reforma monetária, pela transformação da URV na nova moeda, o real. Na primeira etapa, o Congresso aprovou um orçamento federal caracterizado pelo equilíbrio operacional ex ante. Os cortes de despesas requeridos foram possibilitados pela criação do Fundo Social de Emergência, que desvinculava 20% das despesas da União em 1994 e 1995 e aumentava, dessa forma, a flexibilidade da execução orçamentária. Durante quatro meses, os salários e a maioria dos preços foram convertidos em URVs, cujo valor em cruzeiros reais (a antiga moeda) era reajustado diariamente com base na variação média de três índices de inflação. A indexação diária praticamente eliminava a inércia derivada da justaposição dos contratos e abria espaço para a redução súbita da inflação, sem custos recessivos, no momento em que a unidade de conta fosse transformada na nova moeda.

O real foi então introduzido em julho de 1994. Apesar da elevada incerteza que naturalmente cercava a nova tentativa de estabilização, o seu sucesso inicial na estabilização da inflação foi inequívoco. Esta despencou de um nível superior a 40% a.m. em junho de 1994 para menos de 2% a.m. no final do ano. Evidentemente, a consolidação da estabilidade dos preços e a remoção das restrições ao crescimento econômico ainda dependiam do cumprimento de uma série de requisitos, que serão analisados mais adiante.

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