A Economia Politica
Por: marianami • 9/9/2016 • Trabalho acadêmico • 1.454 Palavras (6 Páginas) • 341 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Este artigo apresenta a importância das multinacionais, também conhecidas como transnacionais para o Brasil. Com sua metodologia embasada fundamentalmente em pesquisas bibliográficas e de internet, a qual se estruturou em artigo científico. No governo de Juscelino Kubitschek é que o país abriu as portas da economia nacional para o investimento das multinacionais. Com a chegada dessas empresas ao país, obtivemos vários tipos de benefícios na economia, bem como a geração de novos empregos, desenvolvimento industrial e aumento da renda. Mas na contrapartida isso também tem seu aspecto negativo, pois o país torna-se dependente do capital estrangeiro. No entanto, chegamos a conclusão de que o país necessita dos investimentos trazidos por estas multinacionais, para o desenvolvimento da economia nacional.
2. Multinacionais no Brasil.
Empresas multinacionais são organizações que possuem a matriz em um país, e filiais em outros países. A instalação dessas filiais são com o intuito de maior obtenção de lucros, os principais fatores que contribuem com isso são as isenções de impostos, amplo mercado consumidor, infraestrutura, matéria prima e mão de obra barata. Essas empresas possuem características de ampliar suas marcas em diversos países através da exportação de seus produtos. Além disso, agregam benefícios na economia onde se instalam, gerando desenvolvimento industrial, empregos e renda. No entanto, a maior parte dos lucros destas empresas, são destinados, para abertura de novas filiais e para a matriz[1].
Atualmente o termo multinacional esta caindo em desuso, isso por que transmite a ideia de que uma empresa é formada por varias nações, sendo substituído pelo termo transnacional, que se refere a uma empresa que tem sua nacionalidade mas atua em outros países.
A globalização e o desenvolvimento constante de um país, são os principais motivos de atraírem novas empresas multinacionais, pois proporcionam condições de telecomunicação e transporte, fatores de grande importância para atuação dessas empresas a nível global[2].
As empresas estrangeiras passaram a ganhar importância histórica no Brasil durante os anos de 1956 a 1961, no governo de Juscelino Kubitschek, quando o país abriu a economia nacional para empresas estrangeiras investirem no setor industrial[3]. Neste momento, os investimentos das multinacionais, impulsionaram decisivamente determinados seguimentos da indústria, algumas empresas já tinham certo funcionamento no país, o setor automobilístico é um exemplo. O número de multinacionais instaladas no Brasil atualmente é enorme, são empresas de todas as partes do mundo, não seria possível citar todas aqui, mas algumas das mais conhecidas são:
De origem Coreana, a Samsung; de origem Francesa, a Peugeot; de origem Italiana, a Fiat; de origem Suíça, a Nestlé; de origem Americana (EUA), a Coca-Cola, a Dell, a Microsoft, e a Ford; de origem Alemã, a Siemens e a Volkswagen; de origem Finlandesa, a Nokia; de origem Japonesa a Toyota e a Sony; etc.[4] (citação direta)
Com a entrada de tantas multinacionais ouve um aumento na geração de empregos e desenvolvimento industrial, trouxeram novas tecnologias organizacionais e administrativas. Mas na contra mão o país passou a se tornar dependente do capital estrangeiro, isso porque as empresas estrangeiras passaram a ter maior controle dessa esfera industrial no país[5]. E em alguns casos a presença dessas multinacionais, acabam inibindo o crescimento de pequenas, empresas locais, que não possuem os meios financeiros e tecnológicos para competir, e são colocadas fora do mercado ou adquiridas por empresas de grande porte que estão entrando no país[6].
Um exemplo claro sobre esse aspecto são as montadoras de carros, todas as existentes no país até o presente momento são transnacionais. Uma das pioneiras nesse ramo é a Ford.
2.1Ford no Brasil.
A Ford foi uma das primeiras grande multinacional instalada no Brasil. O primeiro carro Ford a ser vendido no país foi o modelo Ford T em 1909, onde o meio de transporte mais utilizado na época era o de tração animal[7]. Carro era artigo de luxo para poucos, devido ao alto valor, apenas uma pequena parcela de fazendeiros com alto poder aquisitivo tinham condições financeiras para comprar.
No ano de 1919, a Ford Americana aprovou a criação da filial brasileira, destinou um capital de 25 mil dólares para isso, que foram transferidos da filial Argentina. A empresa começou com doze funcionários e E.A. Evans e Benjamim kopf, foram os responsáveis enviados ao Brasil para dar inicio as operações que ocorreram em 24/04 de 1919, em um deposito de dois andares, localizado no centro de São Paulo, onde se iniciou a montagem de automóveis. Em 1920, as fábricas foram transferidas para um centro de patinação na Praça da República, também em São Paulo, contava com 124 funcionários e produzia 40 carros por dia, um total de 4.700 por ano e mais 360 tratores[8].
Entre 1921 a 1927, foram inauguradas mais quatro unidades da Ford em outros estados, e o primeiro centro de treinamento especializado na formação de mecânicos no Brasil. Por causa da recessão econômica na década de 30, houve a desativação das unidades de Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro[9].
A partir de 1942 a 1945, apesar da recessão causada pela Segunda Guerra Mundial, a Ford prosseguiu com a sua linha de montagem mesmo em pequena escala. Em 1951, já recuperada a da paralisação é inaugurada uma nova fábrica no Ipiranga-SP, onde eram montados veículos da Ford americana, europeia, tratores e chassis de ônibus. No final da década de 50, no de governo Juscelino Kubitschek encerra-se a montagem de modelos importados e iniciasse a fabricação de veículos totalmente nacionais. Em 1958, o então presidente inaugurou a nova fábrica de motores, localizada dentro do complexo do Ipiranga, e Henri Ford II vem ao Brasil pela primeira vez[10].
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