A Escola Institucionalista Norte-Americana
Por: LuizAlex0351 • 15/5/2023 • Trabalho acadêmico • 1.779 Palavras (8 Páginas) • 103 Visualizações
TRABALHO DE ECONOMIA POLÍTICA
1 ° SEMESTRE MATUTINO PROF: MELINA FERRACINI ALUNOS:
ANA PAULA DE SOUZA KARINA HACK DIAS MELISSA TOLEDO LUIZ ALEX L. MARTINS
GABRIELA
TEMA: ESCOLA INSTITUCIONALISTA NORTE-AMERICANA/ ESCOLA KEYNESIANA
OBRA : HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO AUTOR:GENNARI, ADILSON MARQUES.
DIREITO 2023
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
INTRODUÇÃO
A escola institucionalista surgiu no início do século XX nos Estados Unidos, como uma resposta crítica à economia neoclássica. Iniciou sua base com Thorstein Veblen, e teve seus principais pensadores, Wesley Clair Mitchell e John Kenneth Galbraith.
Wesley Clair Mitchell
A escola institucionalista vê a instituição econômica, política e indivíduos interligados, o economista americano Wesley C. Mitchell tinha como objetivo aprofundar os estudos e trazer embasamento as idéias de seu mestre Veblen. Ele considerou, comportamentos, costumes, tradições e hábitos da ação humana fundamentais para a análise econômica. Segundo ele o estudo dependia de uma integração entre várias disciplinas tais como sociologia, direito, política e estatística como instrumento auxiliar.
Seu ponto de partida foi fundamentar as análises de Veblen sobre os ciclos econômicos, com estudos quantitativos e estatísticos, a identificação destes ciclos apesar de não generalizadas seria muito útil para as atividades industriais, podendo indicar a previsão dos movimentos da economia, organizar e criar uma ordem de dados com relação direta ao lucro e falência das empresas.
A primeira fase do ciclo vem após a chamada depressão quando a atividade começa a acelerar-se,os preços estão baixos, a margem de lucro estreita, as empresas não contratam financiamento, o estoque e os níveis de compra são limitados.
Em seguida temos a reativação, um aumento no volume de vendas e nas transações comercias. Se inicia em um setor e lentamente se espalha para os demais, as empresas passam a contratar mão de obra, adquirem financiamentos, aumentam os lucros e trazem uma sensação de otimismo geral.
Num terceiro momento analisou-se a expansão acentuada do volume de produção, em alguns setores os preços dos artigos de consumo aumentam em um nível mais acelerado com relação aos custos de produção, gerando lucros elevados, novos investimentos, ampliação da produção e prosperidade para os setores.
Na última fase do estudo temos o ápice da prosperidade, onde as condições de crise se instauram, nesse período temos a elevação dos custos das atividades econômicas, empresas precisam renovar seus equipamentos e maquinários, renovação de contratos, contratação de mão de obra, tudo isso dentro do novo patamar de preços gerado pela prosperidade. Quanto mais longo e intenso for o ciclo da prosperidade, maiores serão as tensões e desequilíbrios acumulados pelo sistema.
O ponto de inflexão ocorre, quando o ritmo de alta dos preços sustentado pela prosperidade começa afetar o lucro de algumas empresas que não conseguem repassar seus custos. As dificuldades em alguns setores despertam um sinal de alerta, o sistema bancário estará sujeito a uma forte pressão por crédito e movimento de retirada de depósitos, caso os bancos não resistam a
esse ataque simultâneo, o pânico se instala, as falências aumentam, geram desempregos, os estoques caem, a procura e os preços despencam e o mercado se desestabiliza.
Enquanto em plena expansão empresários contraem empréstimos e fazem investimentos, em tempos de crise a desconfiança e a incerteza dos investidores e dos bancos com relação ao pagamento destes empréstimos, desencadeiam uma pressão na execução dos débitos acumulados, dessa forma a crise vai se instaurando e se propagando a partir das condições criadas pela prosperidade.
Ao final do pânico vem a depressão caracterizada pela falência de diversas empresas, muito desemprego, baixa da demanda, baixa de preços. Essa situação de dificuldade extrema da origem a movimentos de reajustes que contribuem para reanimação das atividades produtivas que aos poucos vai se organizando, utiliza-se do estoque herdado da época da prosperidade, alguns empresários compram as empresas falidas, reutilizam seus maquinários, após dois ou três anos com o esgotamentos destes recursos, o crescimento populacional e o aumento da demanda de bens de consumo induzem a uma progressiva reativação das atividades e os investimentos industriais começam a dar os primeiros sinais.
Mitchell destaca as consequências que o acúmulo de capital traz ao bem estar da sociedade, o desemprego desencadeia efeitos devastadores as famílias, causando sofrimento, humilhação, e exploração.
A nova sociedade capitalista de John Kenneth Galbraith
Galbraith empreende uma análise concreta da realidade econômica norte- americana, deixa claro o papel desempenhado pelas grandes corporações, e propõe formas de organização e ação para enfrentar o poder que os monopólios exercem no mercado. Ele critica a concepção neoclássica no ambiente de livre concorrência e sem interferência estatal.
Ele aponta que o desenvolvimento econômico e a concorrência, conduziram um processo de incorporação das empresas menores para as maiores, resultando em inúmeros setores monopolistas onde não havia concorrência, portanto controlavam os preços, e a quantidade de produção, acarretando assim no aumento da desigualdade. Sua idéia era implantar um poder compensador, que consistia em sociedade de defesa do consumidor, sindicatos e cooperativas, a fim de estabelecer limites e frear as grandes corporações monopolistas.
Segundo ele, o sistema industrial surgiu de uma ordem econômica em que a demanda exercia uma grande pressão sobre a esfera produtiva, mas as posições se inverteram, na moderna sociedade industrial o aumento da produção libertou o homem das necessidades básicas, porém as restrições continuariam a existir através dos grandes monopólios, que controlam a oferta e os preços para garantir seus lucros e o imenso potencial de produção de riquezas se volta para atender os setores monopolistas.
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