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A Justiça Desde a Filosofia Grega Até a Medieval

Por:   •  12/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.591 Palavras (11 Páginas)  •  148 Visualizações

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    Universidade Salgado de Oliveira-Universo

                     Curso de Direito

                 Paula Rodrigues Mendes

   Justiça desde a filosofia grega até a medieval

                          Goiânia

                            2017

              Paula Rodrigues Mendes

       

         Justiça desde a filosofia grega até a medieval

                 

                                                                          Trabalho apresentado à disciplina

                                                                                   Filosofia jurídica, ministrada pelo

                                                                                   professor José Batista, para nota de vt

                                                                                    no curso de  Direito, da Universo-GO        

        

                                       Goiânia                                                                                                                

                                          2017

Os Pré-socráticos

Pré-Socrático sobre a justiça requer conhecer os valores religiosos e culturais da época. Os Pré-Socráticos tentaram, através de sua filosofia, procurar entender a constituição do universo, natureza, homem e dos deuses, etc. Cabe ressaltar, que estes filósofos não se preocuparam com o tema da justiça, mas, preferiu tentar descobrir a origem de todo o Cosmo. Entretanto, percebe-se que sua filosofia trouxe grandes contribuições para grandes pensadores gregos, como por exemplo, Sócrates e Platão.

Durante a época dos Pré-Socráticos não era fácil à distinção entre o pensamento racional, religião e os valores de cada sociedade.

Sócrates

Sócrates tinha esse conceito de justiça. Ele procurava a verdade, sem medo. Ele pressupunha qualquer coisa, mas respeitava a opinião formada. Ele sabia que a justiça estabelecida, aquela que estava escrita e que regia os seus semelhantes, devia ser respeitada e ouvida. Não importava aqui se estava a favor ou não. Ele talvez pensasse diferente do que os outros pensavam e certamente pensava. Tinha opinião diferente e queria discutir essa diferença. Mas jamais iria desrespeitar o conceito de justiça estabelecido. Quando o acusaram de ser um perverso e de ser um cara diferente, ele no fundo se revoltou, mas era uma acusação grave. Diziam que ele tinha rompido a lei. Ele era justo, mas não via justiça, no sentido pior do termo, nessas acusações. Então Sócrates entendeu que a justiça, o seu conceito pessoal, não era o da sociedade. E respeitou esse sentimento. E se recusou a fugir e assim morreu.

Platão

*Só conhece justiça àquele que é justo, a justiça é a virtude que atribui a cada um a sua parte, mas esse senso de justiça seria exercido tanto no interior dos homens como no seio da cidade-estado, onde os homens se relacionam.           *O justo dentro do individuo e dentro da sociedade                                                    - O individuo: a razão acima dos instintos                                                                                              - A ordenação de cada um a uma função                                                                                   * Platão não visava à igualdade e sim a divisão das funções conforme a quantidade de cada homem. A partir disso buscar um bem comum, um meio justo.                                                                                                                    Ele procura trabalhar o conceito de justiça envolvendo todo o comportamento do ser humano. Ele analisa como seria o comportamento do homem justo e do homem injusto para se chegar a descrever suas virtudes, e a tipologia das almas, afim de determinar uma postura ética que direciona o homem para a conquista da sua felicidade dentro de suas aptidões constituindo por fim um estado justo e perfeito.

Aristóteles

Toda virtude é um justo meio, ou seja, uma condição equilibrada, situada equidistante de dois extremos viciosos ou por excesso, ou por de feito. A justiça é o meio termo entre a injustiça por carência e a injustiça por excesso. É uma exceção, pois os dois extremos constituem um único vício.

A justiça é a virtude das virtudes.

Ser justo é praticar reiteradamente atos voluntários de justiça. A prática da ética é o caminho para a felicidade. A educação ética é o hábito ("ethos") do comportamento ético é o que leva ao comportamento virtuoso e consequentemente a felicidade.

Virtudes e vícios só são adquiridos pelo hábito. A virtude não é natural ao homem e deve ser conquistada pela habitual prática, já que o homem pode se orientar pela razão, suprimindo  instintos em busca da felicidade.

Cícero

 Cícero diz: “se a nossa vida se tornasse presa de qualquer armadilha, da violência e das armas, quer de salteadores quer de inimigos, qualquer processo seria honroso para alcançar a salvação, não se deve concluir que aquele que se servir de uma arma, para se defender, estava armado com intenção de matar…que, com toda a justiça se pode matar a quem arme ciladas                                                                                                       A Justiça deve tratar a todos de forma igual e deve ser equitativa. Deve ainda assentar na boa-fé e na fidelidade aos compromissos assumidos. “Quando há uma injustiça ”convém saber se ela é cometida devido a uma perturbação da mente ou se é produto de deliberação premeditada” mais à frente acrescenta:” A injustiça pode ser cometida de duas maneiras, isto é, pela força ou pela fraude- assemelhando-se a fraude à da raposa e a força à do leão.                 Cícero foi um brilhante orador e um advogado de grande experiência e mérito. Na filosofia escreveu sobre temas relacionados com a moral e a ética. Como político ocupou vários cargos vindos a terminar a sua carreira como procônsul da Cilícia. Teve uma ação importante no combate à corrupção e aos abusos do poder. Nunca teve medo de dizer a verdade e de desmascarar altas figuras da República acabando por ser vítima desse mesmo zelo ao morrer assassinado pelos seus inimigos.

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