A META-INTERDISCIPLINARIDADE
Por: luiza.aziul • 28/10/2019 • Resenha • 1.178 Palavras (5 Páginas) • 118 Visualizações
A META-INTERDISCIPLINARIDADE
Metaciência
“É signo utilizado para se referir às ciências se sobrenível”. A metaciência é utilizada para todos os ramos científicos que se postem em patamar excelso e não à exclusivamente um, explicando portanto o sobrenível. De acordo com a Teoria da Linguagem, cada linguagem se manifesta através de outra, podendo inclusive, ser divididas em patamares. Em relação a metaciência ela é manifestada pela metalinguagem, ou seja, uma linguagem objeto, surgindo portanto, o nível superior. Surge patamares quando é necessário usar uma outra linguagem para tratar daquela que se é estudada. Se entende que a Linguagem Filosófica é o nível máximo, utilizando a Linguagem da Filosofia consegue-se manifestar a respeito de qualquer outro tipo de Linguagem. Paulo de Barros Carvalho estuda a Teoria da Linguagem a partir de uma hierarquia, onde, A Linguagem da Lógica Jurídica tem um caráter unívoco; a Teoria Geral do Direito e a Ciência do Direito apresentam uma natureza eminentemente científica e por último, no final da hierarquia, a Linguagem do Direito Positivo, apresentado um caráter técnico. Para Paulo de Barros Carvalho o objetivo a priore era apenas mostrar a formalização e a desformalização da linguagem, mas a partir disso, foi possível analisar a sobreposição. A hierarquização das Linguagens no mundo do direito se dá da seguinte forma: FILOSOFIA (ciência primeira; célula do saber) - META INTERDISCIPLINARIDADE (Lógica, semiótica, teoria dos valores, teoria dos sistemas, teoria do caos, teoria da comunicação…) - Teoria Geral do Direito (Lógica Jurídica, Filosofia do Direito, Teoria das Normas Jurídicas...) - Ciência do Direito (Ciência do direito Tributário, Ciência do Direito Penal, Ciência do Direito Civil...) - Direito Positivo (textos legais).
“Olhar mais detido, uma imbricação entre ciências de mesmo grau, postas logo após a Filosofia, formando, pois, o que denominamos de meta-interdisciplinaridade”.
A meta-interdisciplinaridade: uma concatenação das ciências maiores
“Toda ciência, por mais pragmática que seja há de se valer de um pórtico que lhe dê fundamento de validade. Utiliza-se de um feixe teórico que a norteie e justifique os resultados colhidos”.
Ou seja, todo o ramo da ciência tem uma parcela absolutamente teoria, isso é uma prévia antes da prática, levanta-se justificativas para medidas tomadas. É nesse momento que surge o alhures, ou seja, “ações pragmáticas, de certa forma, moldável e adaptável a ciência que originalmente não lhe pertence”, pois, toda a ciência passa antes por esse levantamento de ideias e teorias. Isso porque essa Teoria Geral aplica-se para toda e qualquer ciência que tem sobrenível, alojando-se na meta-interdisciplinaridade.
Indo além, todas as ciências que aplicam a Teoria Geral têm algo em comum, é possível formar uma faixa de interligação, uma zona de confluência entre elas, mesmo que essa seja uma parcela mínima para que não interfira no rigor lógico de cada uma. “ O que ocorre na meta-interdisciplinaridade é a interligação de elementos que servem de fundamento de validade para as ciências ali coligadas”. Em outras palavras a interligação não é por algo superior, mas sim, por algo em comum entre todas.
A meta- interdisciplinaridade mostra e justifica o caminho psíquico inconsciente que é percorrido realizado pela a linguagem.
Linguagem: “toda forma de comunicação (...) a ideia de expressão do ensinamento pela palavra, pela escrita ou por meio de sinais; o que as coisas significam dentre outras possibilidades”. Por conta disso, tudo é linguagem. Tudo é intermediado e resultado em linguagem. A ciência da linguagem é a Semiótica, essa dá sustento às futuras investigações das demais ciências, sendo assim, sem essa, não há outras.
Semiótica: “a ciência dos signos; se ocupa das representações dos objetos que estão em nossa mente; se atém aos elementos ajuizados na mente do indivíduo”. Por isso, que essa é instrumento de compreensão e interpretação das outras ciências. Hussert desenvolveu o triângulo semiótico. Onde, em cada extremidade têm um elemento. Primeiro se têm o suporte físico que é a formação do pensamento a respeito de algo; A significação é o próprio objeto. O seu significado é verbalização a respeito daquilo. “O triângulo semiótico, por ser um instrumento da Semiótica que, como já dito, é a ciência da comunicação, é aplicado para qualquer forma de linguagem, inclusive à linguagem idiomática que, por sinal, é a utilizada no direito.”
Semântica: “uma derivação do sema, concerne ao estudo do significado das palavras, buscando, com isso, exaurir todos os sentimentos do termo.” “Interpretar se afeiçoa ao ato de valor”. Não faz nada além de atribuir um valor a uma palavra
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