A METAMORFOSE
Por: José Antonio Lopes Pereira • 11/6/2016 • Relatório de pesquisa • 744 Palavras (3 Páginas) • 420 Visualizações
A METAMORFOSE
Franz Kafka nasceu em Praga (1883-1924). Filho de um comerciante judeu cresceu sob as influências de três culturas: judia, tcheca e alemã. É considerado um dos principais escritores da literatura moderna. Formou-se em Direito no ano de 1906 na cidade de Praga. Após sua formatura passou a trabalhar em Companhias de Seguro e, ao mesmo tempo a dedicar-se à literatura. Suas obras passaram a retratar as ansiedades e a alienação do homem do século XX. Em 1917, viu-se obrigado a afastar-se do trabalho devido à tuberculose. A maioria de suas obras foram publicadas postumamente. Juntamente com outros escritores da época, participou da chamada Escola de Praga, que consistia em um movimento de criação artística embasado no realismo com uma inclinação à metafísica e uma síntese entre uma racional lucidez e um forte traço irônico. Em suas obras é freqüente o embate entre os personagens e o poder das instituições, explicitando assim, a impotência e a fragilidade do ser humano. Dentre suas obras destacam-se: A Metamorfose, O Processo, O Castelo, Aforismos, Carta ao pai, etc.
A Metamorfose a mais famosa obra de Franz Kafka, é uma novela escrita em 1912, e impressa em 1915, porém permanece atual, pois aborda temas que afligem a sociedade contemporânea. A obra não trata apenas da história de um homem, Gregório Samsa, caixeiro viajante, que se transforma em um inseto, é além desse fator, uma história de alerta à sociedade inclusive em relação ao comportamento humano, pois a metamorfose do personagem, em outras palavras, apresenta uma alteração de comportamentos, atitudes, sentimentos e opiniões. Além disso, o drama do personagem se equipara a vida de um trabalhador comum que luta para se impor perante as imposições da sociedade. O autor ao longo da trama consegue, através de personificação, contextualizar parte dos fatores que evidenciam a condição humana e os infortúnios da sociedade. Sendo assim, nos remete a uma infinidade de questionamentos tais como: a solidão humana, a necessidade de isolamento e de libertação, a ingratidão, entre outros.
A obra é dividida em três capítulos. No primeiro capítulo Gregório é metamorfoseado e temos uma visão de sua “relação” com a família e patrão. No segundo acompanhamos seu sofrimento com a rejeição e isolamento e no terceiro capítulo nos deparamos com um Gregório abalado psicologicamente e fisicamente, pois não se alimentava adequadamente e ainda possuía ferimentos devido às condições em que era tratado e vivia em seu quartinho refugiado.
No tocante a valorização e respeito ao próximo a obra contrasta com a obra de Magui Guimarães- Liderança Baseada em Valores Humanos.
A história começa pelo clímax, contrapondo-se as regras ditadas por Aristóteles em sua obra Poética com início, meio e fim. “Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregório Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto.”
Gregório Samsa após anos sendo o responsável pelo sustento da família composta pela irmã Grete Samsa e seus pais se vê na condição de parasita a margem das discussões e decisões da família. Por um tempo conta com o apoio de sua irmã, que mesmo receosa entra no quarto para dar-lhe alimento, mas com o passar do tempo a mesma se cansa, por outro lado fica explícita a esperança perdida de que o irmão voltasse à forma humana tornando- se útil novamente aos interesses da família.
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