A Maquiavel: A Essência do pragmatismo político
Por: PedroMatias13 • 12/12/2017 • Trabalho acadêmico • 2.458 Palavras (10 Páginas) • 299 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB
CENTRO DE HUMANIDADES - CAMPUS III – GUARABIRA
BACHARELADO EM DIREITO
COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIA POLÍTICA
PROFESSOR: DR. VINÍCIUS SOARES DE CAMPOS BARROS
TURMA: 2017.1 MATUTINO
PEDRO MARCOS GOMES MATIAS
Maquiavel: A essência do pragmatismo político
(resumos da quinta, sexta, e décima lição do livro, As 10 lições sobre Maquiavel)
GUARABIRA - PB
2017
INTRODUÇÃO
Diante da obra “As 10 lições sobre Maquiavel”, cumpriu-se o que foi posto, através do resumo das lições as quais nos chamou atenção, vale salientar a dificuldade enfrentada, tendo em vista, o vasto conteúdo apresentado pelo autor. Todavia, registra-se de bom grado que de várias obras que lemos, esta se destacou, ao tratar com muita clareza os ensinamentos da prática política que o Chanceler transmitiu à sua geração e consequentemente à posterioridade, pois, como diz o famoso provérbio em latim, “verba volant, escripta manent”, o qual traduzido para o português significa, “as palavras voam, os escritos ficam”.
É necessario colocar em destaque, a importante atuação do Diplomata Florentino, como um mestre na atuação e teoria política, deste modo, é correto afirmar que, toda a obra baseia-se na vivência que o Secretário teve à frente da Segunda Chancelaria de Florença. Com um inquestionável espírito pragmático, Maquiavel defende em “O Príncipe” uma ditadura que, em outras obras do Segundo Chanceler como “Discuros da Primeira Década de Tito Lívio”, leva-se a interpretação de uma Ditadura transitória para se chegar ao modelo republicano.
HABILIDADE NO CAMPO POLÍTICO
(resumo da quinta lição)
A política, como um universo que sempre está em movimento, pode guardar surpresas a cada minuto, principalmente, para os agentes que atuam nesse campo. Maquiavel, quando trata da relação entre fortuna e virtù, transmite seus conhecimentos empíricos, sobre os acontecimentos que são imprevisiveis na realidade política, e que atingem diretamente os seus operadores.
A fortuna, segundo o pensamento maquiaveliano, seria as coisas indeterminadas do espaço político, as ações que surgem no acaso, a boa ou a má sorte. Na antiga Roma, a fortuna era representada por uma deusa que possuia o mesmo nome, esta divindade, deixava seduzir-se por homens corajosos e valorosos, logo, reconhecendo esses atributos, ela lhes presenteava de virtú. Vinicius Barros em sua obra, fala que, “para o secretário florentino, virtù vincula-se a valor, capacidade, determinação, engenhosidade e proeza...” (BARROS, V.S.C. As 10 lições sobre Maquiavel, 2014, p.55).
Façamos a seguinte analogia, a fortuna pode ser comparada a uma forte chuva, que quando cai, alaga toda a cidade, entretanto, aquele que tem virtù, quando esta chuva passar. saberá tomar as medidas necessarias, pois, se porventura esta tempestade voltar, sua força impetuosa seja detida, e sua cidade não retorne ao alagamento.
Para o Segundo Chanceler, a virtù será convergente a necessidade política, só um homem que possui um espírito pragmático pode resistir e dominar as ações da fortuna, se adaptando as diversas conjunturas da orbe política, para salvaguardar os intereresses do Estado. Esta capacidade de renovação, ao analisar as mudanças temporais,e através delas, saber como tomar as determinadas decisões e procedimentos é considerada virtù.
A POLÍTICA ALÉM DAS NORMAS ÉTICAS E MORAIS
(resumo da sexta lição)
Maquiavel, como um dos grandes legados que a Renascença trouxe à humanidade, decreta o fim da ótica normativa que regia a política sob o olhar ético e moralista, a partir do nosso chanceler, a prática política se sobrepõe as abordagens idealistas pregadas por filosofos, como Platão, que prescreviam a administração do aparelho estatal com intervenções utópicas, ao tratar a condução da polis norteado pelo normativismo moral.
Com a fundação do Cristianismo e aparelhamento ao Estado, os princípios da moralidade na administração estatal, permanecem, desta feita, as diretrizes da doutrina Cristã coordenada pelos doutores da Igreja, norteiam o governo. Deste modo, o bom governante, deve primar a moralidade, justiça, e a magnanimidade em suas ações, mesmo que seja prejucial aos interesses estatais, como a liberdade e soberania.
O Diplomata Florentino, rompe com esta realidade, quando traz a visão que o cosmos político deve ser dirigido com autonomia, o analisa como um campo sujeito as suas próprias leis e lógica, um universo que não deve sofrer a intervenção da moral, ética e do Direito. Assim, o bom político segundo o ensino maquiaveliano, terá sucesso por possuir a habilidade de reconhecer os procedimentos próprios do espaço político, não por portar um comportamento ético, moral e implacável.
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