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A POBREZA CONTEMPORÂNEA E A CRIMINALIDADE

Por:   •  28/6/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.278 Palavras (10 Páginas)  •  110 Visualizações

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POBREZA CONTEMPORANEA E A CRIMINALIDADE

CONCEITOS

Pobreza:

A pobreza é entendida em função da riqueza e dos recursos de que dispõe uma sociedade para reproduzir e viver. A pobreza existe quando se imagina que os bens provenientes da natureza e do trabalho não são suficientes para satisfazer as necessidades vitais e sociais de todos.

Só existe a pobreza em relação a riqueza, isto é, só existe carência de alimentos, moradia, saúde, quando parte da população tem pouco ou nenhum acesso aos bens que a sociedade efetivamente produz ou pode produzir.

Refere-se as condições de produção material de cada sociedade, seus recursos, bens, necessidades sociais, é a maneira pela qual se estabelece os indivíduos na distribuição do produto social. Existe  sociedade que apesar de contarem com recursos limitados, organizam formas mais igualitárias de distribuição dos bens sociais e não poderá ser considerada pobres, num sentido absoluto.

A pobreza contemporânea

A pobreza  só existe em relação a uma sociedade determinada, está vinculada ás formas de distribuição dos bens sociais e a participação dos membros de uma sociedade nas atividades por ela valorizadas. A distribuição desigual desses bens e configurada pobreza, assim se faça presente em todas as épocas e nas mais diversas sociedades, jamais alcançou  a proporção em que se apresenta na sociedade industrial. Antes da sociedade industrial , nunca se conheceu tão vasta quantidade de bens em circulação ao lado de tão desigual distribuição.

Ao longo da história podemos verificar que nunca a pobreza adquiriu caráter tão agudo como na época contemporânea.

O acumulo de bens produzidos, aos quais os indivíduos aspiram, e o numero de seres que tem pouca ou nenhuma possibilidade de acesso a tais bens, é um contrate alarmante. Esse estado de carência e pobreza é agravado por toda a ideologia da sociedade industrial capitalista, baseada num desenfreado apelo ao consumismo, ao desfrute do conforto, do bem-estar e da sofisticação pela vida moderna.

Essa contradição e a questão contemporânea e, nesse sentido, nova historia humana: uma crescente pobreza em meio a uma incalculável acumulação de bens. A sociedade de fartura, as quais são convidados todos os possíveis consumidores, a pobreza da maioria se torna uma contradição gritante, concreta e intolerável.

A responsabilidade do estado

A pobreza não é vista como resultado da ganância ou dos privilégios de que desfrutam os ricos, mas como consequência da má administração do Estado.

No século XX, após a Primeira Gerra Mundial, a cobrança de impostos, o poder crescente do Estado e a ampliação de suas funções da classe enriquecida pelo comercio,

 pela industria  e pelas atividades financeiras a responsabilidade para com a pobreza e a indigência. O Estado se transformou em empresa, em empregador, financiador, responsável pela saúde publica, promotor de bem-estar social, encarregado do estabelecimento de preços e salários da administração do capital que arrecada impostos.  E se passou a atribuir a responsabilidade pelas condições de vida da população.

A responsabilidade do sistema

As teorias econômicas, políticas e sociais também se preocupavam com a pobreza a não só a má administração do Estado como ao  de sistema capitalista de produção.

Essas teorias tinham um caráter de denuncia, espalhando-se o pessimismo e a revolta, levando uma desconfiança e a um ceticismo diante do desenvolvimento industrial, asssim tirando do próprios indivíduos a responsabilidade pela desigualdade sociais.

O Estado, agora é o sistema produtivo, funcionando por princípios pessoais, o responsável pela pobreza da maioria e pela riqueza de alguns.

Há historias das ideias da sociedade moderna e contemporanea a constante tendência de eximir de responsabilidade os indivíduos diretamente implicados nas relações desiguais da sociedade. Na idade média, o lucro e a usura eram considerados pecados de responsabilidade única e exclusiva de quem os praticava o calvinismo.

As atuais teorias, condenando o Estado e o capitalismo, também eximem de responsabilidade, apesar de seu caráter de denuncia, os indivíduos implicados nas relações sociais concretas.

A pobreza e a capacidade individual

O problema da pobreza foi camuflado com a tendência à crescente burocracia. A industrialização criou, no interior das empresas diversos cargos hierarquizados desde mais alto escalões, estão os trabalhadores responsáveis pela administração que são os executivos e que recebem altos salários, e que aumentam à medida que a produção aumenta.

Esses executivos permite elevar o padrão de vida dos trabalhadores, criando assim, a impressão de tal privilégio pode ser extendido ao operariado com um todo.

Os pesquisadores defendem o sistema capitalista, a pobreza, em vista dessa ascensão social, se transforma numa questão de competência, só se mantêm em níveis salariais baixos os trabalhadores que não demonstraram adestramento adequado e qualidades pessoais relevantes.

Para alguns ideológicos, nem o Estado nem o sistema são culpados pelo padrão de vida de grande parte da população, mas a desigualdade natural entre as capacidades humanas.

A pobreza crescente e incomoda

A pobreza não deixou de aumentar e de se tornar mais evidente, principalmente nas grandes concentrações urbanas e de maneira significativa nos países de Terceiro Mundo, independendo do resultado da incompetência do Estado ou da capacidade individual.

Tem se mostrado impotente a instrução social de que maneira:

- crescendo a evasão escolar e os índices de repetência

- saúde publica: péssima qualidade de serviços, deixando de assegurar uma vida mais longa e saudável aos cidadãos

- especulação imobiliária tem jogado a população carente para as zonas periféricas e os terrenos desocupados tem sido usado por populações carentes; crescendo as favelas, o subsempregos, a criminalidade, a mendicância.

- a população: não usufrui dos confortos trazidos com a expansão da produção; não completam os estudos; não tem assistência médica e nem trabalho regular; sem saneamento básico; sem lazer; sem conta bancarias; alimentam-se precariamente; vente-se como indigentes e só consomem objetos de segunda mão que recebem da ajuda assistencial.

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