A QUESTÃO DO PODER NAS SOCIEDADES PRIMITIVAS
Por: Izabella Macedo • 13/12/2018 • Trabalho acadêmico • 1.121 Palavras (5 Páginas) • 398 Visualizações
Fichamento referente aos textos para VP2
Aluna: Izabella Maria
A QUESTÃO DO PODER NAS SOCIEDADES PRIMITIVAS.
As sociedades primitivas são as sociedades sem estado, são aquelas sociedades que não possuem órgão separado do poder político. Se dá com a presença ou ausência do Estado que por consequência se tem uma primeira classificação das sociedades, onde são divididas em grupos. Sendo esses grupos os de sociedades sem Estado e as com Estado, as sociedades primitivas entre outras. Mas isso não significava que todas as sociedades eram iguais ao Estado. A participação social de um Estado considerado como democrático não se deve ter a comparação a um Estado tido como fascista. Todas as sociedades com Estado são divididas, de forma dominantes e dominadas, sendo que, as sociedades sem Estado ignoram essa divisão. Portanto, determinar as sociedades primitivas como sociedades sem Estado é mesmo que dizer que elas são indivisas. (Pág. 145-146)
As sociedades primitivas não podem se isolar uma esfera política distinta de uma esfera social. O social é político, e o político é o exercício de poder sendo legitimo ou não, não importava muito. Logo no século XVI, na chegada dos europeus na américa, eles encontraram uma sociedade que não se pautava sobre a égide do estado e de dominância sociais que foram os fundamentos iniciais das bases e da sociedade europeia durante séculos. Os que eram chamados de líderes eram de alguma forma desprovidos de poder. Existia a diferença entre chefe e poder, porém, isso não quer dizer que o chefe por não ter o poder de mandar não significava que o mesmo de nada servia. Lhe era obrigação assumir a sociedade como uma totalidade uma, ou seja, o líder primitivo é o homem que fala em nome da sociedade. (Pág. 147)
Mesmo que fossem dentro das tribos, existia uma chefia que não era baseada no poder, mas era uma espécie de representação, fundamentada no dever der ser um porta-voz da tribo, um líder de opinião. O líder fala em nome da sociedade, tendo a responsabilidade do diálogo com as comunidades exteriores a sua. Sendo chamadas de prestigio, que acabava sendo confundido, com o poder. (Pág.148)
O ponto de vista do líder só era escutado para que pudesse ser analisado o ponto de vista da sociedade como uma totalidade una. Logo podemos entender que o chefe não formulava ordens onde o povo não obedecia, mas também que não detinha poder conflitos entre famílias. O chefe não sancionava palavras de obediência, mas sim coisas relacionadas a sociedade. Discursos onde proclamava a comunidade como indivisa. A sociedade primitiva era, portanto, sociedade indivisa, por isso cada uma tinha sua totalidade una. Existia as sociedades sem classe que era onde estavam os ricos exploradores dos pobres. As sociedades sem divisão em dominantes e dominados, onde não existia o órgão separado do poder. (Pág.149)
A concepção tradicional existente é que as sociedades primitivas eram sociedades sem Estado. As sociedades primitivas não têm estado porque o recusam, pois recusam a divisão do corpo social em dominantes e dominados. Na sociedade primitiva não havia órgão separado do poder pois o poder não está separado da sociedade porque detém de uma totalidade una, a fim de manter seu ser indiviso com a intenção de evitar o aparecimento da desigualdade entre os senhores e súditos, e entre o chefe e a tribo. A recusa da desigualdade é a recusa de ter o poder separado. (Pág.150)
O poder que não era separado na sociedade exercia um único sentido que era manter na indivisão o ser da sociedade, e impedir que a desigualdade entre os homens se instale na divisão da sociedade. As sociedades primitivas nos ensinam que a divisão não é inerente ao de ser social, portanto, o Estado não é eterno. (Pág. 151)
TROCA E PODER: FILOSOFIA DA CHEFIA INDÍGENA.
A falta da estratificação social e de autoridade de poder que se deve reter como traço pertinente da organização política da maioria das sociedades indígenas sendo algumas as: Yagan da terra de fogo e os Ona, não possuíam a instituição da chefia. E a linguagem dos Jivaros não possuíam um vocábulo para designar o chefe. (Pág. 46)
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