A RESENHA INTEGRADORA

A revolução tecnológica demonstrou através de suas inovações, um meio mais prático de acesso ao Poder Judiciário, que passou a ser denominado de quarta onda de acesso à justiça. A inserção de tecnologia nos processos judiciais se deu através do Processo Judicial Eletrônico, que surgiu no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, a partir da evolução de um sistema já utilizado. O CNJ em 2013, buscou implementar em todos os tribunais esse sistema de processo eletrônico, todavia, foi a Justiça do Trabalho que deu start na introdução de tecnologias digitais em seus tribunais, por meio de plataforma própria, antes do ano de 2006. O PJe foi um grande avanço no Direito Processual Eletrônico, visto que facilitou o acesso à justiça, bem como, a efetivação do processo. Em que pese toda inovação que trouxe consigo, a plataforma Pje possui limitações, e apesar de constantes atualizações, não é capaz de comportar arquivos pesados, como vídeos, a serem usados no curso do processo. Surge, então, o intercâmbio de mídias que ocorre através de textos, imagens, decisões que superam o papel e as palavras e transmissões ao vivo. Assim, em resumo, se define a intermidialidade, que se refere a troca de informações entre os variados tipos de mídia, para promover uma maior interação entre as partes do processo, e consequentemente uma maior efetivação da justiça. As mudanças tecnológicas visam propiciar uma maior celeridade, economia e acessibilidade às partes, e conduzir a comunicação entre os usuários do processo através de atos processuais. Isto posto, verifica-se que os efeitos da aplicação dos sistemas trazidos com a quarta onda de acesso à Justiça transcendem seus objetivos iniciais, vez que com a chegada da revolução tecnológica ao Direito Processual, e considerando a velocidade com que as novas tecnologias se desenvolvem, as possibilidades de contribuições ao processo são imensuráveis.

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