TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS

Por:   •  10/12/2020  •  Dissertação  •  1.833 Palavras (8 Páginas)  •  325 Visualizações

Página 1 de 8

NEXO DE CAUSALIDADE

1.        CONCEITO

Trata-se  da  ligação        (relação        de  causa  e  feito)        entre  a  conduta  e  o        resultado

naturalístico.

=> Existe em todo tipo de crime?

Apenas nos materiais.

  1. TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS (CONDITIO SINE QUA NON: SEM ANTECEDENTE, NÃO HÁ RESULTADO)

=> O que é?

  • Adotada pelo CP (Art. 13).

  • Causa é a ação ou a omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

Todas as condutas anteriores sem as quais o resultado não teria ocorrido são equivalentes.

[pic 1]

PROCESSO HIPOTÉTICO DE ELIMINAÇÃO DE THYRÉN

Causa é todo antecedente que não pode ser suprimido in mente, sem afetar o resultado.

2.1. Limites ao regresso ad infinitum ou complemento à teoria conditio sine qua non

  1. Análise do dolo ou da culpa

  • Sem elemento subjetivo não há que se falar em responsabilidade.

=> O nexo causal é puramente naturalístico? 1° - Sim

  • O nexo causal é limitado a dados físicos;

  • O elemento subjetivo será analisado na tipicidade.

2° - Não

  • Não há nexo causal, pois deve haver relação subjetiva além da relação causal.

B) Teoria da Imputação Objetiva

2.2. Crítica à teoria da conditio sine qua non

  • A principal crítica feita diz respeito ao regresso ad infinitum.

2.3. Espécies de causas

2.3.1. Causas absolutamente independentes (rompem o nexo causal)

=> O que são?

São aquelas causas (independentes) que causariam o resultado naturalístico independentemente da conduta praticada pelo agente.

  • Segundo Masson, constituem a chamada “causalidade antecipadora”, pois rompem o nexo causal.

=> ESPÉCIES - ABSOLUTAMENTE

  1. Causa preexistente absolutamente independente

  • A causa que produz o resultado existia antes da conduta do agente.

Ex.: Encontro meu desafeto na rua; dou-lhe um tiro. Laudo pericial constata que a morte ocorreu em razão de veneno outrora ingerido.

  1. Causa concomitante absolutamente independente

  • É aquela que ocorre numa relação de simultaneidade com a conduta do agente.

[pic 2]

Ex.: Encontro meu desafeto na rua; dou-lhe uma facada; Vitor chega, sem me perceber, e lhe dá um tiro na cabeça.

  1. Causa superveniente absolutamente independente

  • É posterior à conduta praticada pelo agente.

Ex.: Dou ao meu desafeto dose letal de veneno sem ele perceber; Vitor chega e lhe dá um tiro fatal.

[pic 3]

CONSEQUÊNCIA

[pic 4]

Respondo        pelos        atos        praticados,        observando-se        o        dolo        para        evitar        uma

responsabilidade penal objetiva.

Ex.: Vou para matar; o nexo causal é rompido. Responderei por tentativa de

homicídio.

2.3.1. Causas relativamente independentes

=> O que são?

Duas causas interligadas que produzem o resultado.

=> ESPÉCIES - RELATIVAMENTE

A) Causa preexistente relativamente independente

Há a conjugação de uma causa preexistente à conduta do agente com uma conduta, causando o resultado.

Ex.: Hemofilia.

[pic 5]

HEMOFILIA

  • Dolo de matar + consciência da hemofilia: homicídio doloso.

  • Dolo de lesionar + consciência da hemofilia: lesão corporal seguida de morte (se assumiu o risco de produzir o resultado, é dolo eventual de homicídio).
  • Dolo de lesionar + desconhece a hemofilia: lesão corporal simples (caso não tenha entrado na esfera de previsibilidade).
  • Dolo de matar + desconhece a hemofilia: tentativa de homicídio (evitar a resp. objetiva)
  1. Causa concomitante relativamente independente

Duas causas ocasionam o resultado ao mesmo tempo.

Ex.: Joaquim desfecha um tiro em Magno no exato instante em que este está sofrendo um colapso cardíaco, provando-se que a lesão contribuiu para a eclosão do êxito letal.

=> Qual a responsabilidade?

Responde pela consumação (resultado naturalístico), pois não rompeu o nexo causal.

  1. Causa superveniente que NÃO causa, POR SI SÓ, o resultado

CAUSA 1 + CAUSA SUPERVENIENTE: RESULTADO

Ex.: Tício atira em Barney para matar; Barney é alvejado, momento em que alguém impede A de prosseguir. Barney é levado a um hospital, lá contraindo infecção hospitalar, vindo a morrer.

[pic 6]

RESPONSABILIDADE

O agente responderá pela consumação, pois, entende parcela considerável da doutrina, que não há rompimento do nexo causal nesse caso.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (12.7 Kb)   pdf (224.3 Kb)   docx (28 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com