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APS Michael Sandel

Por:   •  18/9/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  462 Palavras (2 Páginas)  •  776 Visualizações

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Ideias de Sandel

Michael J Sandel concedeu uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo, onde expõe suas ideias de forma direta, simplificada e objetiva.

A cerca da Camarotização, do pagar para ser uma classe acima dos demais, é totalmente o oposto do que ele pensa, pois a vida comum é saudável e nós que formamos uma sociedade não devemos se preocupar em misturar diferentes classes e com o surgir da expressão “Camarotização” ameaça a todos, ao espírito do bem comum de cada um.

Para Sandel, a destruição da ideia do bem comum já se inicia quando se pensa que serviços públicos são apenas para quem não tem condições de pagar por algo melhor ele posiciona a identidade em geral como consumidor, e não de cidadão, porque não criamos uma base política para defender e bem como na maioria de vários países, os espaços públicos se tornam em shoppings centers, ao invés de se investir na qualidade de uma escola pública, por exemplo.

Com relação aos dois lados da filantropia, para ele o incentivo desta é bom, mas também pode ser ruim, como por exemplo, oferecer dinheiro em troca de algo que é prazeroso de se fazer, como ler um livro, ao invés de falar sobre a importância que faz a leitura em vida, paga-se a pessoa para fazer isto quando a reflexibilidade não é presente, acontece essa situação que é corrosiva ao ser humano.

Sobre o mercado, Sandel acha que “mais mercado” é necessário ele em momento algum se torna contra isso, mas sim contra os excessos o mercado em si, é ferramenta para organizar uma economia produtiva, mas não tudo (política e saúde. por exemplo), acrescenta ainda que quando o poder é muito concentrado, abre espaço para a ineficiência e corrupção, por isso há agências governamentais que não prestam contas, eis que o mercado aí se encaixa e acaba se saindo com uma eficiência maior.

Com relação à fé no mercado no ponto de vista de Sandel, isso tem ocupado todo o discurso há um bom tempo, pois há também certo receio em trazer argumentos morais à tona, convivemos em sociedade pluralista, onde pessoas discordam de questões cujas respostas são óbvias e para evitar as então “controvérsias” os políticos não se manifestam. É isso que traz frustração e discórdia ao mundo, a falta de resposta ao que realmente interessa. A política nada mais esta que dominada pela retórica de gerenciamento, tecnocrática.

E por fim, diz que o mercado tem resposta para tudo. Para o professor há um debate que está faltando, até que ponto o mercado serve realmente para o bem comum? Ele nos deixa como “lição de casa” este tema, a fim de nos mostrar a importância da reflexão para tornarmos seres humanos melhores e sempre em busca de melhorias para promover o bem comum.

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