Aborto: Um problema de saúde pública

ABORTO: Um problema de saúde pública Pode-se dizer que atualmente um dos temas polêmicos que mais se divide opiniões é sobre a legalização do aborto.Todos possuem um argumento para defender seu posicionamento, e dificilmente um lado irá convencer o outro, esse embate dificulta que possamos chegar a um consenso, enquanto isso mulheres vão morrendo. Mas porque, em pleno século XII? Entre as inúmeras “discussões” favoráveis e contra a legalização do aborto poucos tentam entender o que as levam fazer o aborto, as mulheres são vistas como um alvo, as julgam pelo ato antes mesmo de tentar entender o que há levou ao mesmo, mas isso não as impedem de abortar. As católicas e evangélicas abortam; as loiras; as morenas; as afrodescendentes; as pobres; as ricas; as adolescentes; as casadas; as que saem com vários parceiros; as que tiveram apenas uma relação sexual na vida e as que são mãe, também. E vão continuar abortando, porque a decisão de interromper uma gravidez é pessoa e envolve várias questões que não podemos controlar. A questão é que “Ricas pagam, pobre morrem e todas sofrem”, as que morrem ,morrem pelo fato de não ter condições de procurar ajuda médica especializada que possa realizar o procedimento sem ter que colocar em risco sua vida, por serem pressionadas pela família, pai da criança e até mesmo por não possuir condição financeira para criar a criança. Como se submeter há isso já não fosse o suficiente, ainda precisam conviver com a discriminação da sociedade e as lembranças. Legalizar ou não o aborto, não irá impedir que mulheres abortem. Legalizar só irá fazer com que mulheres pobres deixem de morrer (pelo menos parte delas),devemos considerar que medidas que ajudem a diminuir os casos de gravidez indesejáveis devem ser tomadas, além de entender também que o aborto é um problema de saúde pública no Brasil, se tratado como uma questão de saúde pública o aborto passa a atrair os efeitos do art.196 da Constituição Federal, que explicitamente dispõe que “A saúde é direito de todos e dever do estado”. Todos os dados explícitos de mortes por conta do aborto, não podem ser apenas mais um dos dados tristes dos brasileiros, algo precisa ser feito.

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