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Apologia de Sócrates

Por:   •  7/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.163 Palavras (5 Páginas)  •  498 Visualizações

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  1. Segundo Sócrates, qual é o papel do filósofo?

            Sócrates afirmava que um verdadeiro filósofo sabe que pouco sabe, portanto, para ele o papel do filósofo é questionar o mundo a sua volta e buscar despertar o raciocínio sobre todos e todas as coisas. É através desse pensamento que ele desenvolve a maiêutica como forma de buscar a verdade, utilizando da ironia para chegar ao parto das ideias.

  1. Como podemos entender a máxima socrática: “a vida sem reflexão não vale a pena ser vivida”?

         Com essa afirmação podemos chegar a conclusão de que, para Sócrates, um homem sábio nunca deixa de refletir sobre cada ato e decisão que irá tomar. E esse é um ato necessário para todo sábio, afinal, crendo ele que pouco sabe, deve buscar cada vez mais conhecimento e razão. Com essa reflexão diária, virão mais respostas e mais dúvidas, fazendo com que esse ciclo de reflexão e busca pela verdade nunca se encerre.

  1. Como Sócrates responde às acusações que lhe são feitas?
            Para se defender de forma concisa, Sócrates divide sua defesa em duas partes. A primeira acusação diz:
    “Sócrates comete crime e perde a sua obra, investigando as coisas  terrenas   e   as   celestes,  e   tornando   mais   forte  a   razão   mais   débil,  e ensinando isso aos outros” e contra isso ele argumenta que, em sua jornada, ele busca questionar aqueles que diziam deter conhecimento mas que, na verdade, pouco ou quase nada sabiam. E que isso despertou a raiva em seus acusadores, os quais afirmavam dizer a verdade sobre o conhecimento.
            Já a segunda acusação dizia:
    “Sócrates   comete   crime   corrompendo   os   jovens   e   não considerando como deuses os deuses que a cidade considera, porém outras divindades novas. ” E contra isso, Sócrates afirma que os jovens não eram corrompidos por ele, mas sim alguns o imitavam na análise daqueles de dizem muito saber mas pouco sabem, de fato. E isso causou uma revolta contra a figura de Sócrates. E sobre “descrer” nos deuses que a cidade considera, ele mostra a contradição na acusação com facilidade, quando argumenta: “Se, pois, creio na existência dos demônios, como dizes, se os demônios são uma espécie de deuses, isso seria propor que não acredito nos deuses, e depois, que, ao contrário, creio nos deuses, porque ao menos creio na existência dos demônios.”

  1. Por que, segundo Sócrates, é importante ouvir as leis de Atenas?

            As leis se mostravam como o espírito da
    polis, fazendo com que a boa organização fosse mantida através das leis de Atenas. Portanto, ignorar as leis seria ignorar a razão e a organização social.
  2. Qual é o argumento de Sócrates com relação a sua condenação?

            Para ele, a condenação não foi uma surpresa e também não foi
    “proceder conforme as leis”. Mas, em momento algum o mesmo implorou por sua absorção, argumentou contra seus acusadores com firmeza. Porém, Sócrates lembra que não caiu por falta de raciocínio, mas sim por falta de audácia e imprudência. Audácia por não dizer o que os juízes e acusadores queriam ouvir, e imprudência por não temer a morte e preferir morrer do que negar sua verdade.

  3. A defesa de Sócrates é pertinente e coerente? Justifique sua resposta.

            Sim, uma vez que Sócrates divide sua defesa em duas partes para que cada ponto seja contraposto e esclarecido da melhor forma possível. Com isso, ele consegue contradizer de forma firme as acusações contra ele e mostrar onde cada uma se mostra falsa. Utilizando-se da maiêutica para chegar as suas conclusões, Sócrates buscava fazer um jogo de perguntas irônicas para que seus acusadores caíssem em contradição.
  4. Qual a verdadeira acusação que se faz contra Sócrates?

         Sócrates é acusado de corromper os jovens atenienses, uma vez que o mesmo estimula a busca pela verdade e com isso, causa raiva naqueles que detêm um falso conhecimento e são expostos com os métodos socráticos. E uma segunda acusação, porém facilmente contestada, é a de que o mesmo não considera os deuses que a cidade considera, mas sim novos deuses.

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