As Lutas de classe na França de 1848 a 1850
Por: FernandaV15 • 21/6/2018 • Trabalho acadêmico • 370 Palavras (2 Páginas) • 184 Visualizações
Primeiro Capítulo do livro "As lutas de classe na França de 1848 a 1850"
O capítulo inicial da obra de Marx se refere ao período de fevereiro de 1848 até junho do mesmo ano.
É neste ano que, em fevereiro, o “povo”, motivado pelo sentimento geral de insatisfação que rondava
a França dos não abastados, uniu as camadas não dominantes da burguesia às forças do proletariado
parisiense, a fim de terminar o domínio da alta burguesia financeira sobre o Estado francês e expulsar
a Monarquia de Julho da direção do Estado, proclamando o que viria a ser a Segunda República
Francesa.
A Revolução ocorrida em Fevereiro, expulsou o exército de Paris, acarretando na formação da Guarda
Nacional pela burguesia, a mesma era a única força presente que se refugiou na ideia de contrapor
uma porção dos proletariados à outra, por não se julgarem capazes de enfrentar todo o proletariado.
Posteriormente, os trabalhadores se reuniram para organizar eleições para o estado-maior da Guarda
Nacional, entretanto, por um conflito criado por boatos não foi possível entregar ao governo
provisório o recolhimento patriótico que haviam reunido. Assim, foi necessário a convocação do
exército de volta à Paris. Com isso, travou-se uma nova batalha simbolizando a separação entre a
república dominante das concessões socialistas.
Como consequências da derrota proletária em junho de 1848, a burguesia francesa se viu isolada no
cenário político, dado o breve afastamento do operariado a consolidação de sua ditadura do capital.
Sem adversários ideológicos capazes de frear o avanço do domínio do capital, essa ditadura burguesa,
aos poucos, foi se tornando um terrorismo burguês.
A derrota de junho escancarou aos trabalhadores europeus a necessidade de implementação de uma
luta generalizada e internacional da massa proletária contra o capital burguês como um todo. A luta
na França reverberou a necessidade de união de todos os partidos dos trabalhadores de todas as
regiões para a superação da exploração do trabalho pelo capital, constatando que a vitória só seria
atingida com a extinção da dominação e da exploração em todos os cantos do mundo. É dessa forma
que a derrota de junho constitui, de forma imprescindível, a base ideológica e temporal para as lutas
de classe que estavam por vir, tanto em território francês, como em nível internacional. Somente com
a derrota de junho é que foi possível à França colocar-se na dianteira
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