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DIREITA E ESQUERDA NORBERTO BOBBIO

Por:   •  27/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  9.117 Palavras (37 Páginas)  •  3.450 Visualizações

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SUMÁRIO[pic 1]

INTRODUÇÃO        3

 1 – A DISTINÇÃO CONSTESTADA        4

 2 – EXTREMISTA E MODERADOS        8

3 – A DÍADE SOBREVIVE        1

4 – EM BUSCA DE UM CRITÉRIO DE DISTINÇÃO        3

5 – OUTROS CRITÉRIOS        5

6 – IGUALDADE E DESIGUALDADE        19

7 – LIBERDADE E AUTORIDADE        22

8 – A ESTRELA POLAR        25

CONCLUSÃO        27

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA        28


[pic 2]

INTRODUÇÃO

Este trabalho trata-se de um resumo informativo da obra “Direita e Esquerda – Razões e Significados de uma distinção Política”, de autoria de Norberto Bobbio. O autor abre a discurso sobre agregação da direita com esquerda, e se realmente já foram distintas, ou coincidentes. Isso fica evidente de que dentro do contexto de esquerda e direita que não há tanta distancia entre os dois e sim um conglomerado de ideias um ajudando ou não ao outro. Embora a iniciativa de que a direita era algo da burguesia e poder autoritária quase ditadura e que esquerda fosse liberal com altruísmo para buscar a liberdade, muitos dos movimentos dito como de esquerda tivesse participantes diretamente de direita.

Para o autor tanto a luta de quem era da esquerda como quem era da direita é uma busca positiva. O Significado descritivo das palavras compõe os lados políticos e deve ser entendido de forma clara, e buscando o seu entendimento na pratica. O idealismo da esquerda veio se perdendo com o tempo, pois o próprio movimento se viu diante de manifestações e idealismos contemporâneos e novos. Juntamente vieram alguns pressupostos que caíram por terra cujo empenho politico seja movido por um profundo sentimento de insatisfação e de sofrimento perante a iniquidade, hoje também menos ofensivo, porem, muito mais visto divido a tecnologia.

Desde revolução francesa onde foi forte o desenvolvimento politico e suas divisões, tem-se hoje um movimento entendido de que o que realmente é valido é o tratamento dos problemas sociais e não os problemas dos partidos e suas diferenças, isso claro, ideologicamente. No meio da politica contemporânea surgiu uma terceira posição, podendo ser reconhecido como terceiro incluído.

Neste livro Bobbio começa mostrando que a divisão tradicional entre “Direita” e “Esquerda” que há mais de dois séculos tem sido usado para designar o contraste entre as ideologias e entre os movimentos em que se divide o universo e destaca também que por serem opostos. Além de serem exaustivos, ou seja, ao menos na acepção mais forte, um movimento só pode ser de direita ou de esquerda. A contra posição entre Direita e Esquerda representa um típico modelo de pensar por díades, a respeito do qual já foram apresentadas as mais diversas explicações, iniciemos o resumo.

        [pic 3]

1 – A DISTINÇÃO CONTESTADA

Neste capítulo o autor inicia a obra, ao dizer que direita e esquerda são termos antitéticos, ou seja oposto, e que tem sido a séculos utilizado para representar um conflito de ideologias que a muito existe a cerca de pensamentos  e ações políticas. Segundo ele o termo antitéticos são excludentes pois em nenhuma doutrina pode haver algo que seja simultaneamente direita e de esquerda , ou é um ou outro, e também é exaustivo já que uma doutrina ou movimento podem apenas ser ou de direita ou de esquerda,

No idealismo de direita e esquerda existe uma contraposição que é representado por um modo de pensar por díades, ou seja um conjunto de dois, que outrora já havia sido explicado nos mais diversos campos psicológicos, sociológicos, históricos e mesmo biológicos. Para Bobbio não disciplina que não esteja dominada por um tipo de díade, como por exemplo direito, publico-privado; filosofia transcendência-imanência; economia, mercado-plano; e na política, direita-esquerda.

Podem haver díades em que os dois termos são opostos e outros em que são complementares. Nesse caso há algumas que nascem da interpretação de um universo de entes que se opõem uns aos outros, e numa outra acepção de um universo harmonioso entre entes convergentes que se encontram e formam uma unidade superior. Neste caso o a dupla direita-esquerda pertence ao primeiro tipo, em que eles se opõe.

Direita e esquerda não representam apenas ideologias, indicam programas contrapostos com relação a inúmeros problemas que a solução pertence a uma ação política, num contraste não apenas de ideias, mas sim de jogo de interesses a respeito da direção a ser seguida pela sociedade, e contrastes que existem e simplesmente não podem desaparecer. Pode-se naturalmente replicar que os contrastes existem, mas não são os do tempo em que nasceu a distinção, modificaram-se tanto que se tornaram inadequados.

Aponta ainda que o universo político tornou-se mais complexo, com grandes sociedades democráticas, assim seria inadequado a separação a muito nítida entre duas únicas partes contrapostas, ou seja, haveria uma insuficiência a visão dicotômica da política. As sociedades democráticas são sociedades que pressupõe a existência de diversos grupos de opinião e de interesse em concorrência entre si, e que em certos casos se integram para depois separarem, em outros se aproximam, e depois dão as costas, como se estivessem num universo de dança. Em um grande universo como os o das sociedades democráticas, nas quais as partes em jogo são muitas entre si, convergências e divergências que tornam possíveis as mais variadas combinações de umas com as outras, não se pode mais colocar problemas sob a forma de antítese, ou direita ou esquerda, quem não é de direita é de esquerda, ou vice-versa.

A distinção entre direita e esquerda não exclui de modo algum, a configuração de uma linha contínua sobre a qual entre a esquerda inicial e a direita final, ou, oque é o mesmo entre a direita inicial e a esquerda final, se colocam posições intermediarias que ocupam o espaço central entre os dois extremos, normalmente designado, e bastante conhecido, como o nome centro. Assim sendo o espaço político é concebido como dividido em duas únicas partes, uma das quais exclui a outra, e nada entres elas interpõe, pode ser denominado de terceiro excluído, a visão que entre direita e esquerda existe um espaço intermediário, que não é nem esquerda e nem direita, mas esta entre o meio das duas e pode ser chamado de terceiro incluído, assim como pode existir o cinza entre o branco e o preto, o crepúsculo entre anoite e o dia, mas o cinza não elimina a diferença entre o branco e o preto, e nem o crepúsculo elimina a diferença entre o dia e a noite.

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