David Hume
Tese: David Hume. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: lilian_siqueir • 14/10/2013 • Tese • 2.249 Palavras (9 Páginas) • 634 Visualizações
Trabalho de FILOSOFIA
David Hume
David Hume nasceu em Edimburgo, na Escócia. A data de seu nascimento às vezes gera certa confusão, pois a Grã-Bretanha só adotou o calendário gregoriano em 1752. Desse modo, segundo o calendário vigente à época do seu nascimento – o calendário juliano – David Hume nasceu em 26 de abril de 1711, mas, segundo o novo calendário (o gregoriano, vigente nos países ocidentais até os dias de hoje) a data era 7 de maio de 1711. David Hume foi filho de Joseph Home de Chirnside, advogado, e de Katherine Falconer. Quando contava apenas dois anos, seu pai faleceu, deixando o pequeno David Hume, seu irmão mais velho e sua irmã sob os cuidados exclusivos de sua mãe, “uma mulher de mérito singular, que, apesar de jovem e bonita, dedicou-se ao cuidado e à criação de seus filhos.”6
Como revelava certa precocidade intelectual, Hume foi enviado para a Universidade de Edimburgo antes dos doze anos de idade.7 A família de Hume tinha expectativas de que o jovem seguisse a carreira jurídica, mas, em suas próprias palavras, ele mesmo sentia "aversão intransponível a tudo, exceto ao caminho da filosofia e do conhecimento em geral; e enquanto [minha família] achava que eu estava a perscrutar Voet e Vinnius, Cícero e Virgílio eram os autores que secretamente devorava".6 Seguindo seus próprios interesses, Hume dedicou-se à leitura de obras literárias, filosóficas e históricas, bem como ao estudo de matemática e ciências naturais. Aos dezoito anos, após um intenso programa de estudo autoimposto, pareceu-lhe que se descortinava um “Novo Cenário de Pensamento”.8 Hume nunca explicou o que seria esse “Novo Cenário”, e os comentadores têm oferecido diversas interpretações.9 De qualquer modo, essa inspiração fez com que o jovem estudante redobrasse sua dedicação aos estudos, e o excessivo esforço intelectual levou-o às raias de um colapso mental.
Após esse episódio de fadiga nervosa, Hume decidiu procurar um estilo de vida mais ativo no mundo do comércio, e empregou-se numa companhia importadora de açúcar em Bristol. É por essa época que altera a grafia de seu nome, de "Home" para "Hume", devido à dificuldade dos ingleses de pronunciá-lo à maneira escocesa.10 A experiência no ramo do comércio não durou muito, e, em 1734, buscando a tranquilidade e o isolamento que julgava necessários para prosseguir em suas investigações, parte para a França e se estabelece em La Flèche, uma pequena cidade francesa mais conhecida por abrigar um famoso colégio jesuíta. Aí Hume continua a desbravar o "Novo Cenário", apesar das limitações financeiras: "Resolvi compensar a carência de recursos com uma frugalidade bastante rígida, a fim de manter incólume a minha independência, e considerar todos os objetos desprezíveis, exceto os avanços de meus talentos na literatura."6 Durante esse período na França, Hume aprofunda seus conhecimentos sobre a filosofia francesa, especialmente sobre a obra de Malebranche, Dubos e Bayle, e entre 1734 e 1737 escreve grande parte de sua obra-prima, o Tratado da Natureza Humana.
Em 1737, Hume retorna à Inglaterra e trabalha diligentemente para publicar o seu livro. Em 1739, consegue publicar os dois primeiros volumes de seu Tratado, e em 1740 é publicado o terceiro e último volume. Apesar de ser hoje considerado a sua principal obra e um dos livros mais importantes da história da filosofia, o Tratado não causou impressão à época de sua publicação. Hume tinha esperado um ataque às ideias apresentadas no livro e preparava uma defesa apaixonada. Para sua surpresa, a Publicação do livro passou quase despercebida; e, recordando a indiferença do público, Hume escreveu que "nenhuma tentativa literária foi mais desafortunada que meu Tratado da Natureza Humana", na verdade, "saiu da gráfica natimorto, sem alcançar sequer a distinção de estimular os murmúrios dos fanáticos".6 Diante da reclamação de que o livro era "abstrato e ininteligível",11 Hume recorreu ao artifício, ainda em 1740, de publicar uma sinopse anônima, na qual apresentava de forma mais clara e direta algumas das ideias fundamentais do Tratado. No entanto, embora já permitisse antever os elegantes argumentos da Investigação sobre o Entendimento Humano,7 a sinopse de pouco serviu para mudar a consideração geral em relação ao Tratado.
JOHN STUART NILL
John Stuart Mill nasceu na casa de seu pai em Pentonville, Londres, sendo o primeiro filho do filósofo escocês radicado na Inglaterra James Mill. Mill foi educado pelo pai, com a assistência de Jeremy Bentham e Francis Place. Foi-lhe dada uma educação muito rigorosa e ele foi deliberadamente escudado de rapazes da mesma idade. O seu pai, um seguidor de Bentham e um aderente ao associativismo, tinha como objetivo explícito criar um gênio intelectual que iria assegurar a causa do utilitarismo e a sua implementação após a morte dele e de Bentham. James Mill concordava com a visão de John Locke a respeito da mente humana como uma folha em branco para o registro das experiências e por isso prometeu estabelecer quais experiências preencheriam a mente de seu filho empreendendo um rigoroso programa de aulas particulares.
Seus feitos em criança eram excepcionais; com a idade de três anos foi-lhe ensinado o alfabeto grego e longas listas de palavras gregas com os seus equivalentes em inglês. Com a idade de oito anos tinha lido as fábulas de Esopo, a Anabasis de Xenofonte, toda a obra de Heródoto, e tinha conhecimento de Lúcio, Diógenes Laërtius, Isócrates e seis diálogos de Platão (ver a sua autobiografia). Também tinha lido muito sobre a história de Inglaterra.
Um registro contemporâneo dos estudos de Mill desde os oito aos treze anos foi publicado por Bain, que sugere que a autobiografia está longe de exagerar o volume de trabalhos! Com a idade de oito começou com o latim, Euclides e álgebra e foi nomeado tutor dos membros mais jovens da família. As suas principais leituras eram ainda em história, mas ele leu também os autores em Latim e Grego lidos normalmente nas escolas e universidades do seu tempo. Com dezoito anos, descreveu a si mesmo como uma "máquina lógica" e, aos 21, sofreu uma depressão profunda. Ele levou muitos anos para recuperar a auto-estima.
A obra de seu pai "História da Índia" foi publicada em 1818, após o qual, com a idade de doze, John iniciou um estudo intenso de lógica, lendo os tratados de lógica de Aristóteles no original. Nos anos seguintes foi introduzido na economia política e estudou Adam Smith e David Ricardo com seu pai - tendo acabado por completar a teoria econômica dos fatores
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