Democracia direta
Por: wilsonlimafortes • 20/5/2015 • Trabalho acadêmico • 6.170 Palavras (25 Páginas) • 396 Visualizações
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WILSON DE LIMA FORTES
200710035211
2ª AVALIAÇÃO DE MTPJ
Sumário
Sumário..................................................................3
Introdução...............................................................4
Breves considerações sobre a democracia............5
Conceito de democracia.........................................7
Histórico..................................................................9
Democracia direta...................................................11
Islândia....................................................................12
Tunísia.....................................................................14
Egito.........................................................................16
Primavera Árabe.......................................................17
Espanha....................................................................18
EUA...........................................................................19
Brasil: é por R$ 0,25..................................................20
Angola........................................................................22
Concretização da democracia direta..........................23
Breve crítica................................................................24
Introdução
Este trabalho tem como objeto o livro “Redes de indignação e esperança”, do autor Manuel Castells e tem como escopo investigar as novas formas de manifestações políticas populares possibilitadas pelas mídias modernas e o desenvolvimento científico, e como estas podem servir de base para a implementação efetiva da, até então utópica, democracia direta.
Nos últimos três ou quatro anos o mundo presenciou uma verdadeira revolução popular. Que, é claro, foi causada por fatores anteriores. A crise econômica mundial de 2008, precedida de outras crises, deixou claro os males que o capitalismo financeiro pode causar à sociedade, principalmente quando se aliam à corrupção e à especulação financeira ambiciosa e cruel.
Um misto de desconfiança, euforia, indignação e esperança tomou o homem comum que assistiu aos movimentos de protesto, muitas vezes a ele se juntando, outras vezes contemplando através da, muitas vezes destorcida, imprensa formal.
Islândia, Tunísia, Egito, Mundo Árabe, Espanha, Eua, Brasil e tantas cidades pelo mundo demonstraram o que então conhecíamos dos livros: a força popular! Essa força que costumamos ver nos livros de história, em sala de aula, nos filmes. Uma força que desafiou impérios, derrubou tiranias, revolucionou tantas vezes a cultura e as formas políticas. Da fuga dos hebreus do Egito à Queda da Bastilha; das invasões bárbaras ao Quilombo dos palmares; da queda de Kadaf à insurreição de Canudos; é sempre impressionante ver a força do oprimido ao tentar se libertar do jugo de quem o oprime. Enfim a reação. Como um espirro desopilante. Como tirar a pedra do sapato. Chega uma hora em que os homens não mais podem suportar o insuportável.
Breves considerações sobre a democracia
A ideia central da democracia é a do governo do povo, pelo povo, para o povo. Repousa sobre princípios que são muito caros à cultura política ocidental atual, quais sejam o da igualdade e liberdade. O termo é de uso vulgar e recorrente, sendo muitas vezes usado pelas chamadas potências ocidentais para justificar atos de imperialismo colonial em pleno século XXI. Em nome da democracia desrespeita-se o direito à autodeterminação e à soberania dos Estados. Muitas das vezes o termo é usado para caracterizar a democracia representativa, mas não seria a democracia representativa uma aristocracia? A final, a democracia é a melhor forma de governo? Hoje é naturalizada a idéia de que sim. Mas é razoável haver uma reflexão a respeito.
Pouco sabemos sobre essa curta aventura que é a existência. De onde viemos? Para onde vamos? Por que estamos? A postura do homem com relação a essas questões é, muitas vezes, cínica. Simplesmente o homem não quer falar sobre isso. Prefere viver com a atitude de um imortal, mesmo tendo plena consciência de suas limitações. As respostas “científicas”, racionais às questões mais fundamentais sobre a nossa existência pouco têm de científica (no sentido de não ser certa) mas são conjecturas imprecisas. O que sabemos é que existimos, e não é sem razão que há o instinto da sobrevivência. Se não existimos nada faz sentido. Dentro dessa óptica sobre aquilo que sabemos com certeza sobre nossa existência podemos fazer uma classificação dual: existir x não existir. Se a existência é a única certeza e o instinto de sobrevivência o mais confiável, então tudo aquilo que proporciona uma ampliação da nossa experiência existencial têm que ser cultivado e identificado como “bom”: a bondade, a saúde e a vida. Do contrário tudo que concorre para a não existência, ou seja, para uma diminuição da nossa experiência existencial classificamos como “mal”: a maldade, a doença e a morte. A morte é natural. Tão natural como a vida. E a doença é tão natural como a saúde. Nem por isso deixamos de tomar remédio quando estamos doentes ou defender nossa sobrevivência. Então existe um grupo de coisas que, embora sejam naturais e, provavelmente sempre existirão, devem ser combatidas com todas as nossas forças, da mesma forma que lutamos contra a morte mesmo tendo-a como certa. A inveja, a ganância, a cobiça, a dominação, a tirania, todas entidades fenomênicas inerentes à natureza humana, assim como qualquer doença, que reduz a experiência existencial humana, assim como a doença, e que devem ser sempre combatidas e extirpadas, assim como a doença. No esteio desse raciocínio podemos indagar qual a melhor forma de organização política. Qual tende a um aumento qualitativo e quantitativo da experiência humana em maior proporção? O que permite o controle decisório a um? O que permite o controle decisório a alguns? Ou o que o proporciona a todos? Os homens são diferentes e o conceito de justiça é dar a cada um o que é seu dando poder ao forte? Ou os homens são iguais sendo justo combater a dominação e opressão baseadas na violência, covardia, e outras formas de manifestação do que há de ser combatido na natureza humana?
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